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terça-feira, 28 de setembro de 2010

A HORA DA ISO 26000

Depois de certificar produtividade e compromisso ambiental, como forma de estimular métodos de produção que valorizem produtos e imagens das empresas, chegou a hora de estender o conceito às boas práticas nas relações de trabalho.

Para dezembro deste ano está previsto o lançamento da ISO 26000, a norma internacional de responsabilidade social construída pela ISO – International Organization Standardization que definirá parâmetros para a questão.

O Grupo de Trabalho de Responsabilidade Social da ISO (ISO/TMB WG) – responsável pela elaboração da ISO 26000 - é liderado em conjunto pelo Instituto Sueco de Normalização (SIS - Swedish Standards Institute) e pela Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). Assim, em decisão histórica o Brasil, juntamente com a Suécia, passou a presidir de maneira compartilhada o grupo de trabalho que está “colocando no forno” a norma internacional para lançamento ainda este ano.

O objetivo dessa norma é estabelecer um entendimento comum sobre o que de fato significa RESPONSABILIDADE SOCIAL, para que as confusões ou iniciativas duvidosas sobre este assunto possam ser claramente resolvidas. A norma visa também orientar as organizações de todos os tipos e tamanhos sobre os cuidados e princípios que devem ser seguidos por quem deseja ser socialmente responsável. Deve ainda trazer orientações sobre o processo de incorporação da responsabilidade social às atividades de uma organização, e indicações sobre os principais instrumentos, sistemas e entidades que atualmente tratam do tema.

Diferentemente da ISO 9001 e da ISO 14001, esta não será uma norma para certificação, ou seja – pelo menos nessa primeira versão – ela servirá apenas como um “Guia de Diretrizes”, e não como a base para obtenção de “selos” ou “certificados” de Responsabilidade Social pelas empresas e outras organizações.

Seguem abaixo as principais características desta norma:

  • Será uma norma de diretrizes, sem propósito de certificação;
  • Não terá caráter de sistema de gestão;
  • Não reduzirá a autoridade governamental;
  • Será aplicável a qualquer tipo e porte de organização (empresas, governo, Organizações não governamentais etc.);
  • Será construída com base em iniciativas já existentes (não será conflitante com tratados e convenções existentes);
  • Enfatizará os resultados e melhoria de desempenho;
  • Prescreverá maneiras de se implementar a Responsabilidade Social nas organizações;
  • Promoverá a sensibilização para a Responsabilidade Social.

Para saber mais consulte:

ISO Social Responsability - www.iso.org/sr

Instituto Ethos www.ethos.org.br - www.ethos.org.br/gtethosiso26000

Associação Brasileira de Normas Técnicas - www.abnt.org.br

domingo, 19 de setembro de 2010

O QUE É ANÁLISE SWOT?

A Análise SWOT é uma ferramenta utilizada para fazer análise de cenário (ou análise de ambiente), sendo usado como base para gestão e planejamento estratégico de uma corporação ou empresa, mas podendo, devido a sua simplicidade, ser utilizada para qualquer tipo de análise de cenário, desde a criação de um blog à gestão de uma multifuncional.

E um sistema simples para posicionar ou verificar a posição estratégica da empresa no ambiente em questão. A técnica é creditada a Albert Humphrev, que liderou um projeto de pesquisa na Universidade de Stanforf nas décadas de 1960 e 1970, usando dados da revista Fortune das 500 maiores corporações.

O termo SWOT é uma sigla oriunda do idioma inglês, e é um acrônimo de Forças (Strengths), Fraquezas (Weaknesses), Oportunidades (Opportunities) e Ameaças (Threats).

Não há registros precisos sobre a origem desse tipo de análise, segundo Públio a análise SWOT foi criada por dois professores da Harvard Business School:Kenneth Andrews e Roland Chistensen e . Por outro lado, Tarapanoff indica que a idéia da análise SWOT já era utilizada há mais de três mil anos quando cita em uma epígrafe um conselho de Sun-Tzu.: "Concentre-se nos pontos fortes, reconheça as fraquezas, agarre as oportunidades e proteja-se contra as ameaças" . Apesar de bastante divulgada e citada por autores, é difícil encontrar uma literatura que aborde diretamente esse tema.

O caminho mais indicado para entender o conceito da análise SWOT é buscar diretamente sua fonte: The concept of corporate strategy, do próprio Kenneth Andrews. Porém, uma leitura superficial dessa fonte frustra os mais afoitos por definições precisas e modelos práticos, pois o autor não faz nenhuma referência direta à análise SWOT em todo seu livro.

Aplicação prática

Estas análise de cenário se divide em:

  • Ambiente interno (Forças e Fraquezas) - Principais aspectos, que diferencia a empresa dos seus concorrentes (decisões e níveis de performance que se pode gerir).
  • Ambiente externo (Oportunidades e Ameaças)- Corresponde às perspectivas de evolução de mercado; Fatores provenientes de mercado e meio envolvente (decisões e circunstâncias externas ao poder de decisão da empresa). As forças e fraquezas são determinadas pela posição atual da empresa e se relacionam, quase sempre, a fatores internos. Já as oportunidades e ameaças são antecipações do futuro e estão relacionadas a fatores externos.

Ambiente Interno

  • Strenghts - Vantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes.
  • Weaknesses - Desvantagens internas da empresa em relação às empresas concorrentes.

Ambiente Externo

  • Opportunities - Aspectos positivos da envolvente com potencial de fazer crescer a vantagem competitiva da empresa.
  • Threats - Aspectos negativos da envolvente com potencial de comprometer a vantagem competitiva da empresa.

O ambiente interno pode ser controlado pelos dirigentes da empresa, uma vez que ele é resultado das estratégias de atuação definidas pelos próprios membros da organização. Desta forma, durante a análise, quando for percebido um ponto forte, ele deve ser ressaltado ao máximo; e quando for percebido um ponto fraco, a organização deve agir para controlá-lo ou, pelo menos, minimizar seu efeito.


Já o ambiente externo está totalmente fora do controle da organização. Mas, apesar de não poder controlá-lo, a empresa deve conhecê-lo e monitorá-lo com freqüência de forma a aproveitar as oportunidades e evitar as ameaças. Evitar ameaças nem sempre é possível, no entanto pode-se fazer um planejamento para enfrentá-las, minimizando seus efeitos.


A combinação destes dois ambientes, interno e externo, e das suas variáveis,Forças e Fraquezas; Oportunidades e Ameaças. Vão facilitar a análise e a procura para tomada de decisões na definição das estratégias de negócios da empresa.

  • Forças e Oportunidades - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para aproveitar ao máximo as oportunidades detectadas.
  • Forças e Ameaças - Tirar o máximo partido dos pontos fortes para minimizar os efeitos das ameaças detectadas.
  • Fraquezas e Oportunidades - Desenvolver estratégias que minimizem os efeitos negativos dos pontos fracos e que em simultâneo aproveitem as oportunidades detectadas.
  • Fraquezas e Ameaças - As estratégias a adotar devem minimizar ou ultrapassar os pontos fracos e, tanto quanto possível, fazer face às ameaças.

Como podemos verificar a matriz SWOT ajuda a empresa na tomada de decisão ao nível de poder maximizar as oportunidades do ambiente em torno dos pontos fortes da empresa e minimizar os pontos fracos e redução dos efeitos dos pontos fracos das ameaças.


Devendo esta análise ser complementada com um quadro que ajude a identificar qual o impacto (elevado, médio e fraco) que os fatores podem ter no negócio e qual a tendência (melhorar, manter e piorar) futura que estes fatores têm no negócio.


A Matriz SWOT deve ser utilizada entre o diagnóstico e a formulação estratégica propriamente dita.

A aplicação da Análise SWOT num processo de planejamento pode representar um impulso para a mudança cultural da organização.

Referências:

ANDREWS, Kenneth –The concept of corporate strategy, http://www.library.hbs.edu/hc/nd/intellectual-ANDREWS, Kenneth –The concept of corporate strategy, http://www.library.hbs.edu/hc/nd/intellectual-capital/kenneth-andrews-papers/

ISABEL A., MOREIRA J., PINHO C., COUTO J. – Decisões de Investimento - Análise financeira de projectos. Edições Silabo, lda

NUNES J., CAVIQUE L. – Plano de marketing, estratégia em Acção, Dom Quixote, Lisboa.

PÚBLIO, Marcelo A. – Como Planejar e Executar uma CAMPANHA DE PROPAGANDA. São Paulo, Atlas.

SILVA, Antomar Marins e – Gestão Estratégica de Negócios: Pensamentos e Reflexões, Rio de Janeiro, RJ, Grifo.

SILVA, Antomar Marins e – Sonhar é para Estrategistas, Rio de Janeiro, RJ, Ciência Moderna.

TARAPANOFF, K. – Inteligência Organizacional e Competitiva. Brasília, Editora UNB.

TZU, Sun – A Arte da Guerra, 500 a.C

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

SEJA EFICIENTE COM O PARETO

Você sabia que 20% das coisas que você faz lhe darão 80% de ganhos? Os 80% restantes do seu tempo é ocupado por coisas que não acrescentam muito valor. Isto não é valido somente para empresas, mas também para todas as outras áreas de sua vida. Portanto, o ideal é descobrir como usar os 20% do nosso tempo para que ele trabalhe em nosso favor.

Surge ai a primeira questão: como podemos diferenciar as atividades que fazemos e que são valiosas daquelas que nos fazem perder somente tempo? Não é muito fácil. O importante é encontrar 10 tipos de atividades que devem fazer com que você perca seu tempo e 10 coisas que você normalmente adiciona muito valor.

Você não gostaria de fazer mais em menos tempo?

Eficiência e produtividade são as qualidades que adquirimos em todas as áreas de nossas vidas. Em um mundo cada vez mais pessoas têm percebido que acelerar esse tempo é um trunfo a seu favor. Cada dia que passa é um dia a menos. Por conseguinte, é importante questionar as suas atividades diárias, a fim de determinar quais são aqueles que realmente agregam valor para aquilo que você faz. Mas de todas as milhares de coisas que fazemos todos os dias, como é que podemos diferenciar aqueles que são valiosos daqueles que nos fazem perder tempo?

Para fazer isso você deve começar a pensar em termos do princípio de 80/20.

O que é o princípio 80/20?

Quem nunca ouviu falar da lei do menor esforço, deturpada pela cultura popular como sinônimo de preguiça e má-vontade para o trabalho? A lei baseia-se na verdade no Princípio 80/20, descoberto em 1897 pelo economista italiano Vilfredo Pareto (1848-1923), segundo o qual 80% do que uma pessoa realiza no trabalho vêm de 20% do tempo gasto nesta realização. Logo, 80% do esforço consumido para todas as finalidades práticas são irrelevantes. Da mesma forma, 80% das nossas atividades que geram apenas 20% dos prazeres na vida.
Uma constatação surpreendente!

Ele é um princípio amplamente reconhecido no campo dos negócios. O diagrama de Pareto tem muitas aplicações em uma empresa, entre outras funções, é usado para controle de qualidade para determinar a fonte mais comum de defeitos em um produto, o motivo mais freqüente de reclamações de clientes etc.

No entanto, a sua aplicação na vida privada de cada pessoa é menos conhecida.

Por que me preocupar-se com o princípio?

Porque se aplica a todas as áreas de sua vida e lhe dar uma melhor compreensão do que realmente está acontecendo no mundo ao seu redor.

Se você pode pensar de acordo com este princípio, uma pessoa será mais eficaz, produtivo e competitivo, feliz e satisfeito. Seus negócios também seria mais rentável, exige menos investimento de tempo, dinheiro e esforço para obter melhores resultados.

Se você aprender a pensar e funcionar de acordo com este princípio, logo determinar quais atividades são valiosas em suas vidas e os que não estão trazendo-lhe mais. Poderia se livrar do que é supérfluo e se tornar uma pessoa produtiva.

O objetivo é não necessariamente render ao máximo e ainda acabar esgotado, mas se livrar do desnecessário e viver uma vida mais tranqüila e, ao mesmo tempo, mais produtivo e eficiente.

A importância do princípio de Pareto

A razão é tão importante para entender o princípio, porque mostra uma realidade que muitas vezes não são conscientes.

Assumimos que todos os nossos esforços têm mais ou menos a mesma importância:

  • Todos os clientes são igualmente valiosos.
  • Todos os produtos e as receitas provenientes das vendas são bons.
  • Todos os funcionários da mesma área têm o mesmo valor.
  • Todos os alunos do curso são culpados da desordem generalizada.
  • Todas as nossas atividades diárias são necessárias e nós lhe damos o mesmo valor.

Nós temos a tendência de pensar que 50% da nossa contribuição gera 50% dos resultados. Achamos que há um equilíbrio lógico entre a causa e o efeito. No entanto, essas suposições são incorretas e podem causar grandes danos às nossas vidas, especialmente porque eles são tão profundamente enraizadas nas nossas mentes.

Como aplicar o princípio de Pareto em nossas vidas?

O segredo do sucesso está na determinação do que é de 20% das nossas atividades que vão gerar 80% dos lucros.

Mas como é possível diferenciar quais são as atividades que nos proporcionem maiores benefícios e quais são aqueles que nos afligem, estressem, sem deixar de fruto algum?

Como dissemos no início deste artigo, nem sempre é fácil separar as coisas que realmente aumentar a nossa eficiência daquelas atividades que nós só nos toma tempo, sem fazer uma contribuição significativa para nossas vidas.

A seguir apresentaremos vários exemplos de como podemos determinar os 20% para nos livrar do desnecessário e explorar as mais eficazes:

O princípio de 80/20 pode ser aplicado de duas maneiras:

A primeira e mais conhecida, tem sido utilizada como um método quantitativo de análise que estuda a relação entre os dados de uma causa versus seu efeito: o Diagrama de Pareto.

O segundo é um método menos conhecido de pensar de acordo com o princípio de 80/20. Ela nos ajuda a sempre fazer uma análise profunda das nossas decisões, ações e relacionamentos. Para isso precisamos aprender a distinguir as coisas que são valiosas daqueles que são desnecessários.

Richard Koch, em seu livro "O Princípio 80/20" (R. Koch, O Princípio 80/20. Doubleday, E.U.A., 1998. P. 161-162), descreve maneiras bastante precisas de determinar as atividades supérfluas de nossa vidas.

Dez exemplos de atividades que fazem você perder tempo:

  1. Fazer coisas que os outros querem que você faça.
  2. As coisas sempre foram feitas da mesma forma.
  3. Fazer coisas que você não tem muita habilidade ou competência.
  4. Coisas que você não gosta.
  5. Consertar coisas que estão sempre quebradas.
  6. Coisas de interesse de algumas pessoas e não de seu interesse.
  7. As coisas já adiadas duas vezes desde que você esperava.
  8. Coisas em que seus colaboradores não têm capacidade ou não confiam.
  9. Coisas que têm um ciclo previsível.
  10. Atender ao telefone e escrever e-mails.

Dez coisas que normalmente agregam muito valor:

  1. Coisas para promover o propósito para sua vida.
  2. Coisas que você sempre quis fazer.
  3. As coisas já estão em 20% o que dá 80%.
  4. Inovações que lhe permitirá ser mais eficiente.
  5. Coisas que os outros dizem que você não pode fazer.
  6. Coisas que outros têm feito com sucesso em uma área diferente.
  7. Coisas para usar sua própria criatividade.
  8. Coisas que os outros podem fazer por você com um investimento de pouco tempo de sua parte.
  9. Coisas que seus parceiros são especialistas e trabalham com excelência.
  10. Coisas para fazer agora ou nunca..

Analise todas suas atividades e determine quais aquelas que fazem você perder tempo. Também descubra aquelas que o transformarão numa pessoa mais eficiente, produtiva e competitiva.

Tradução e adaptação: Prof. A. Marins – marins@antomarmarins.com.brWWW.antomarmarins.com.br

Autora: Dra. Bettina Langerfeldt – Médica veterinária, porém com verdadeira paixão pela educação. Atualmente tem uma página na web – WWW.educacionparaelexito.com – que funciona como um centro de educação para pais e filhos que desejam desenvolver suas habilidades empreendedoras para ganhar dinheiro com negócios na Internet.

sábado, 11 de setembro de 2010

QUALIDADE NA EDUCAÇÃO

Muita gente não conhece ou ignora a importância de implementar-se um sistema de Gestão da Qualidade em organizações educacionais, com o objetivo de otimizar os processos de gestão e garantir melhores práticas relacionadas à qualidade dos serviços prestados.

Para facilitar este processo foi criada, com a participação de eminentes educadores, a norma ABNT NBR 15419:2006 – Sistemas de gestão da qualidade – Diretrizes, é para aplicação da ISO 9001 nas organizações educacionais.

A norma mantém o conteúdo da ISO 9001, mas contempla o cotidiano da educação, ou seja, não altera o documento original, apenas acrescenta como as organizações podem aplicar a Gestão da Qualidade nas instituições educacionais, desde universidades e cursos de pós-graduação a escolas de educação infantil e cursos livres.

Ela especifica os requisitos para um sistema de gestão da qualidade, quando uma organização necessita demonstrar sua capacidade para fornecer de forma coerente produtos que atendam aos requisitos do cliente e requisitos regulamentares aplicáveis, e pretende aumentar a satisfação do cliente por meio da efetiva aplicação do sistema, incluindo processos para melhoria contínua do sistema e a garantia da conformidade com requisitos do cliente e requisitos regulamentares aplicáveis.

Independente do estágio e porte que a organização vinculada ao segmento da educação esteja e ande buscando a melhor forma de aprimorar o que faz, o melhor caminho a ser seguido é este.

E sua organização está pronta para isso?

Fonte: ABNT

sexta-feira, 3 de setembro de 2010

COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

Conversava com um grupo de alunos de pós-graduação em Gestão Estratégica, da importância da comunicação para a tomada de decisões do gerente. Para tanto, ele deve conhecer o comportamento humano.

Para quem não atua nesta área, há uma explicação sobre o assunto escrito por R. Nogueira que eu considero uma das melhores. Escreve o autor:

De grosso modo podemos caracterizar o comportamento humano como verbal e não verbal. Chamaremos de comunicação, um episódio verbal, e ação, um não verbal. Por ação englobaríamos tudo aquilo que se refere à postura, ao movimento, e ao comportamento não anunciado pela pessoa. Comunicação se refere a tornar público para outro indivíduo, nossos pensamentos, desejos, intenções, pensamentos, que de algum modo vão interferir no comportamento dele.

Como a divisão sugerida é imprecisa, há ação que pode ser comunicação, por exemplo, quando se faz uma expressão facial, num contexto que pode ser entendida como desaprovação por quem observa.


Basicamente as relações entre os indivíduos se dão entre ação e comunicação. A comunicação tem um papel fundamental, a ponto de estabelecer as condições apropriadas para a ocorrência das ações. Por meio dela eu vendo, solicito produto, aponto necessidades, levanto expectativas, antecipo necessidades, ou seja, estou influenciando o comportamento de outras pessoas.


Voltando ao nosso assunto, senti que o grupo discordava sobre a “melhor” forma de o gerente comunicar-se com a sua equipe. Um disse que deveria ser enérgico, outro, paternal e outro, ainda, direta e clara.


Quem lê meus textos sabe que gosto de deixar as pessoas pensarem sobre o que escrevo e que tomem suas próprias conclusões. Como diz o provérbio chinês há sempre três verdades: a minha, a sua e a verdadeira. Assim, fui buscar num conto árabe a solução para o caso. Conta ele:


Certa vez um sultão sonhou que havia perdido todos os dentes. Logo que despertou, mandou chamar um adivinho para que interpretasse seu sonho.

– Que desgraça, senhor! - Exclamou o adivinho. - Cada dente caído representa a perda de um parente de vossa majestade.

– Mas que insolente - gritou o sultão, enfurecido. - Como te atreves a dizer-me semelhante coisa? Fora daqui!

Chamou os guardas e ordenou que lhe dessem cem açoites. Mandou que trouxesse outro adivinho e lhe contou sobre o sonho. Este, após ouvir o sultão com atenção, disse-lhe:

– Excelso senhor! Grande felicidade vos está reservada. O sonho significa que haveis de sobreviver a todos os vossos parentes.

A fisionomia do sultão iluminou-se num sorriso, e ele mandou dar cem moedas de ouro ao segundo adivinho. E quando este saía do palácio, um dos cortesãos lhe disse admirado:

– Não é possível! A interpretação que você fez foi a mesma que o seu colega havia feito. Não entendo porque ao primeiro ele pagou com cem açoites e a você com cem moedas de ouro.

– Lembra-te meu amigo - respondeu o adivinho - que tudo depende da maneira de dizer... Um dos grandes desafios da humanidade é aprender a arte de comunicar-se. Da comunicação depende, muitas vezes, a felicidade ou a desgraça, a paz ou a guerra. Que a verdade deve ser dita em qualquer situação, não resta dúvida. Mas a forma com que ela é comunicada é que tem provocado, em alguns casos, grandes problemas.

A verdade pode ser comparada a uma pedra preciosa. Se a lançarmos no rosto de alguém pode ferir, provocando dor e revolta. Mas se a envolvemos em delicada em balagem e a oferecemos com ternura, certamente será aceite com facilidade.

Autor:

Antomar Marins e Silva – Professor, Consultor de Gestão Estratégica de Negócio e Autor de diversos livros e artigos. – Marins@antomarmarins.com.br

Rommel Nogueira – Graduação e Mestrado em Psicologia - http://www.inpaonline.com.br/

Nota do Autor:

Em árabe ilustrando o texto está escrito "amor".