O
papel da empresa no novo contexto brasileiro, onde dinheiro é um produto escasso,
é orquestrar comercialmente todas as áreas da empresa. Para mim, orquestrar comercialmente
é fazer com que cada colaborador se sinta como membro de um time; e que esse
time seja energizado de forma a que cada componente seja um elemento de
marketing da empresa. Que eles sejam os olhos e os ouvidos da organização.
Desde
o surgimento do conceito de marketing há setenta anos, as empresas têm sido
impulsionadas a produzir o que claramente desejavam e não vender o que resolviam
fabricar. E o mundo ocidental trabalhou nessa direção sem muito se preocupar,
até se deparar com o êxito das empresas japonesas, que operam quase sem
departamento de marketing e sem pesquisa de mercado.
Certa
vez eu li um comentário de John F. Welch Jr., presidente da General Electric,
que dizia: Os japoneses, vindos de uma
pequena cadeia de ilhas pobres em recursos, do outro lado do globo, de uma
cultura totalmente alienígena, com uma língua complexa, decifraram o código dos
mercados ocidentais. E eles o fizeram não olhando com minúcia mecanicista como
os mercados e clientes diferem, mas antes, como Copérnico, procurando o sentido
das coisas com uma sabedoria mais profunda. Isso os levou a descobrir a única
coisa grande que todos os mercados importantes têm em comum: o desejo
avassalador de modernismo confiável e padrão mundial em todas as coisas, a
preços agressivamente baixos, "baixos" até mesmo nas categorias mais
caras de produtos.
Peter
Drucker diz que o propósito de uma
empresa é criar e manter clientes. Ao que eu acrescento: para manter
clientes hoje em dia, são necessários que os produtos tenham qualidade e que
sejam confiáveis e inovadores, que os preços sejam exequíveis, que a equipe
seja automotivada e que haja antecipação em suas ações.
As
empresas que sobreviverão a esta onda de falta de recursos financeiros, serão
aquelas que oferecerem preços agressivamente baixos, agregados a qualidade e
confiabilidade. Até parece que as palavras de Levitt foram escritas hoje: Dado o objetivo universal das empresas, a
corporação global, moldará os vetores de tecnologia e globalização em uma
grande e única fecundidade estratégica para si própria. Forçará
sistematicamente esses vetores para um centro de convergência, onde a
otimização da padronização global de alta qualidade produz custos otimamente baixos,
preços otimamente baixos e, portanto, em combinação, ótima clientela e ótimos
lucros para si. Reciprocamente, isso significa que as empresas que não se
adaptarem às novas realidades se tornarão vítimas das que o fazem e prosperam.
Verão
aquelas que aprenderem a lição e sobreviverem!
Um comentário:
Grande Marins! Como vai? Já voltou a ativa? Pois então, quem tem a virtude da dinâmica não chafurda na inércia. Não copiei. Criei. E o fiz para citar o exemplo de pessoas como você qua alia a experiência à busca do auto-desenvolvimento. Em tempos de crise as empresas precisam, assim como nós na vida pessoal, se reinventarem! Lidar com cenários incertos, formações de cartéis, oligopólios, monopólios e outros pólios exige sobretudo perseverança, firmeza de propósitos e autodeterminação! Peter Drucker continua tão atual como antes! Abraço! Alex Tavares
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