A não ser pessoas mais próximas e
que conviveram comigo na vida profissional, sabem que eu sou Publicitário,
Relações Publicas e Jornalista. Durante muitos anos exerci exatamente estas
profissões. No inicio da década de 90 me convidaram para dar aulas de
Planejamento de Marketing na ESPM Escola Superior de Propaganda e Marketing do
Rio de Janeiro.
Como já dizia Lavoisier que “nada se
cria, nada se perde, tudo se transforma” acabei sendo convidado por diversas empresas
a fazer assessoria ou consultoria de Gestão Estratégica e mais adiante,
Qualidade de Gestão de Negócios.
Dei uma volta danada para falar da
“Velhinha”.
No início de minha carreira – vão se
ai 60 anos de profissão – que conversando com amigo meu, jornalista do Diário
de Noticias, perguntei como eles sabiam o que era ou não notícia. Ele deu um
sorriso aberto e disse: – Muito fácil. Se um cachorro morder uma velhinha, não
é notícia, porém, se a velhinha morder o cachorro, ai é notícia e vira ate manchete!
Nunca mais me esqueci disto.
Pois é. Comecei a pensar no
cachorro. Como a velhinha mordeu o cachorro? Por quê? Onde? Ele sobreviveu?
Melhorou e hoje passeia com uma coleira brilhante no calçadão do Recreio de
Bandeirantes?
É isto que a imprensa vem fazendo
com a gente. Nós sabemos que o Coronavírus é sério, contagia e que muitas vezes
nos mata. Que um número alto de pessoas que são contaminadas, outros numero de
internados e outros, ainda, de gente que morreu. Isto é a velhinha!
E o cachorro? O pobrezinho do “vira
lata” somos nós. Não temos o direito de saber quantas pessoas estão melhorando
e saíram dos CTIs e quantas ficaram boas. Isto é um mistério ou não se quer
divulgar. Afinal, isto é o cachorro que mordeu a velhinha e não merece espaço na
mídia.
Pense nisto e fique em casa... enquanto aguentar!
Nenhum comentário:
Postar um comentário