O slow reading propõe um resgate ao prazer de ler, a dar uma chance exclusiva a um bom livro, com o desligamento tecnológico capaz de distrair até o mais concentrado dos mortais. Nada de computador ligado, muito menos de barulhinhos de alerta com a chegada de e-mails, nada de twitter, nada de celular, televisão ou qualquer outro aparelho famoso por roubar espaço do tão conhecido livro.
“Se você quiser entender o que um texto diz verdadeiramente, se quiser interiorizá-lo, se quiser sentir dentro de você a voz do escritor, deve lê-lo lentamente”, afirma John Miedena, autor de “Slow reading”, o livro que contribuiu para lançar o movimento. “Não se pode sucumbir à ‘twitterização’ da literatura, ao ‘curto é bonito’ a todo o custo”. Ou seja, seria com essa imersão mais intensa em um texto que teríamos o verdadeiro acesso ao raciocínio do escritor.
Nem todos concordam plenamente com essa ideia, como o professor de literatura francesa, Pierre Bayard, autor do livro intitulado (provocativamente) “Como falar dos livros que não lemos”, em que comenta que é absolutamente possível ter uma conversa apaixonada sobre um livro em que tenha se lido apenas algumas resenhas ou dado alguma passada de olhos.
Já a professora da San Francisco University, Tracy Selley, objeta: “Para bater um papo no ônibus, talvez é possível. Mas para o gênero de leitura que eu peço aos meus estudante, as palavras contam, e é preciso ler todas”.
Outros parecem concordar com ambos os professores acima, e compartilham da opinião de Francis Bacon, em que alguns livros podem e devem ser saboreados, lidos com a maior calma do mundo, outros devem ser mastigados para então digeri-los e outros ainda devem apenas ser engolidos.
Fonte: LIRO - http://www.liro.com.br/blog/livros/slow-reading/
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