Segundo o
IBGE, no Brasil existem, atualmente, em torno de 14 milhões de analfabetos.
Esses analfabetos são aquelas pessoas que não sabem ler e escrever coisa alguma
e essas estatísticas, quando divulgada, passam a ideia que se conseguirmos
fazer com que toda a população aprenda a ler e escrever, estaremos livre do
analfabetismo .
Se formos
analisar de maneira mais profunda, iremos notar que a coisa não é bem assim. Eu
costumo classificar o analfabetismo em quatro categorias, que são: o Analfabeto
Total, o Analfabeto Funcional, o Analfabeto de Conteúdo e o Analfabeto de
Cidadania (ou político).
O Analfabeto
Total
Esse é o
tipo de analfabetismo mais fácil de se diagnosticar e é também o mais fácil de
se mensurar e quantificar efetuando estatísticas. É claro que se deve tomar o
cuidado ao analisar e efetuar essas pesquisas. Costuma-se classificar as
pessoas que sabem ler e escrever o próprio nome como alfabetizadas e não é bem
assim. Tem algumas pessoas que conseguem desenhar o próprio nome com certa
facilidade e não sabem ler e escrever ou no máximo conseguem soletrar algumas
palavras o suficiente para identificar o próprio nome.
O Analfabeto
Funcional
Em termos de
pesquisa quantitativa, não é possível mensurar este tipo de analfabetismo. O
problema consiste que este tipo de analfabeto sabe ler e escrever, não consegue
interpretar e consequentemente não entende o que está lendo. O problema do Analfabeto
Funcional está aumentando a cada dia e hoje é comum se encontrar até mesmo nas
universidades. O que ocorre na realidade é que estão conseguindo com que as pessoas
analfabetas total aprenda a ler e escrever mas, não aprendem a interpretar uma
leitura ou mesmo redigir uma simples carta (redação).
O Analfabeto
de Conteúdo
É muito
comum está se discutindo um determinado assunto com determinadas pessoas (até
mesmo universitários) e se percebe que a mesmo está se colocando, sobre o assunto,
fora do contexto simplesmente por não conhecer do assunto. Esse tipo de analfabeto
costuma escrever bem e falar bem e sente a sabedoria em pessoa, por tal motivo
mas, quando se começa argumentar sobre determinado assunto se percebe que ele
só escreve bem e fala bem e falta conteúdo.
Quando
entrei na Universidade uma das primeiras frase que os professores deixaram bem
claro foi: “procurar não discutir e criticar aquilo que não tem conhecimento” e
que isso não demonstrar ignorância simplesmente pelo fato que a pessoa não é
obrigado e não consegue saber de tudo na vida. Tentar mostrar habilidade e
argumentar algum assunto que não conhece é que é ser ignorante. Só que esse
tipo de analfabeto, que é muito raro, costuma esconder a falta de conhecimento
criticando os seus erros de português e sua falta de conhecimento de
vocabulário e deixa o conteúdo do que se está discutindo de lado. Você vai
encontrar muito desse tipo escrevendo e falando muita coisa bonita que não
serve pra nada.
O Analfabeto
Político
Este tipo de
analfabeto eu considero uma variante do Analfabeto de Conteúdo. A diferença é que
o analfabetismo político é aquele cidadão que deveria ter conhecimento de como
funciona o seu estado, a forma de fazer política em sua sociedade e os direitos
e deveres de cada cidadão (geralmente a pessoas só procuram aprender os
direitos). A grande maioria das pessoas, inclusive as de formação
universitária, não tem noção do que seja Estado (só fui entender a noção de
Estado quando estava na Universidade!!!) e propriedade e os interesses na sua
formação e controle por parte das camadas sociais. Não tem como uma pessoa
entender de todos os assuntos mas, pelo menos deveria saber dos assuntos
pertinentes a sua sociedade e do lugar onde vive.
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