A atividade de criar significa produzir algo de
onde antes não havia nada e por isso muitos autores consideram a criatividade
como a capacidade de lidar com o desconhecido, produzindo resultados a partir
da convivência com o imponderável. Para as empresas, criar é uma condição básica
para sua própria sobrevivência, pois a criatividade trás inovações nos produtos
e serviços.
Thomas Edison dizia que a invenção é 99%
transpiração e 1% inspiração e que, por isso mesmo, as organizações deveriam
trabalhar bastante uma determinada ideia para alcançar a inovação.
Mas, ainda existem pessoas que acreditam ser a
criatividade uma característica nata; ou seja, para elas os seres humanos
nascem criativos ou não. Porém, a realidade é que para serem bem sucedidas as
organizações devem se esforçar bastante para serem criativas e, as empresas com
muitas ideias inovadoras, acabam forçando essas ideias nas suas equipes. Na
verdade, os fracassos são vistos como oportunidade para o aprendizado.
Dessa forma, o primeiro passo é estimular as
pessoas na empresa a darem ideias e sugestões, não como uma atividade passiva
ou com uma caixa de sugestão. Na verdade, uma das técnicas mais utilizadas nas
organizações para gerar novas ideias é o “Brainstorming”, o qual dá liberdade
às pessoas para contribuírem de forma significativa sem serem criticadas pelos
demais participantes. Alguns estudiosos acreditam que são necessários três
ingredientes para dotar uma empresa de ideias criativas:
- Uma liderança que apoie as sugestões de todos.
- Uma estrutura que funcione – envolvendo secretários – a fim de tomarem nota dessas sugestões e permitirem compartilhar essas ideias com toda organização.
- Supervisores a fim de promover as sugestões.
Barreiras à Criatividade
- Barreiras de Percepção: Dificuldades em isolar o problema; Tendência para delimitar o problema; Incapacidade de enxergar o problema de vários ângulos; Ver o que se espera ver; Saturação; Dificuldade em utilizar todos os estímulos sensoriais.
- Barreiras Culturais e Ambientais: (Culturais: Tabus – como pensar que a fantasia e a reflexão são uma perda de tempo, que o divertimento é só para crianças, que a tradição é preferível à mudança e que todos os problemas podem ser resolvidos de maneira científica e com muito dinheiro) (Ambientais: Falta de cooperação entre colegas, um chefe autocrático que só valoriza suas próprias ideias e a falta de aceitação de sugestões).
- Barreiras Emocionais: Às vezes, algumas pessoas não compartilham suas ideias com medo do ridículo. Sendo assim, as barreiras emocionais incluem o medo de cometer erros e a preferência em julgar, em vez de gerar ideias.
- Barreiras Intelectuais e de Expressão: Resultam numa escolha ineficiente de táticas mentais ou numa falta de munições intelectuais. As de expressão inibem a nossa capacidade de comunicar ideias a nós e aos outros.
Além disso, observa-se que muitos Líderes não são
“antenados” com os tempos modernos e muitos deles ainda afirmam os seguintes
absurdos:
- “Você aqui não é pago para pensar; você é pago para fazer!”.
- “Isso não é hora para ter ideias, nós estamos no meio de uma crise!”
É impressionante como algumas empresas, justo em um
momento de crise perdem completamente o senso de direção e tentam moldar o
mundo ao seu modelo; e não ao contrário. Porém, uma das principais tarefas de
um Líder “antenado” com o seu tempo é justamente criar um ambiente favorável à
geração de ideias e soluções criativas. Ou seja, fazer o seu colaborador
pensar.
Mas, para isso, a primeira providência seria abolir
toda e qualquer formalidade, pois é exatamente em um ambiente informal que a
imaginação se liberta e o trânsito das boas ideias descongestiona.
Dessa forma, deve-se acabar de vez com a reverência
às pessoas com cargos mais elevados que, na maioria das vezes, é pura perda de
tempo – e tempo é o bem mais precioso de uma organização. Na verdade, um
ambiente irreverente desafia as normas, a lógica e a autoridade, mas é assim
que surgem as soluções de maior valor para as empresas.
A alegria, o sorriso e o bom humor desinfetam o
ambiente das velhas ideias, dos preconceitos e torna a empresa “viva”. Um pouco
mais barulhenta, é claro, mas ao mesmo tempo mais inovadora. A inquietude de um
Líder em não aceitar o mundo como ele é promove um ambiente inquieto, muito
parecido como uma oficina de criação artística, mas desbloqueia os dons artísticos
de cada um de nós. Sendo assim, o Líder deve desafiar os processos perguntando:
- “Por que fazemos desse jeito?”
- “Por que não fazer de forma completamente diferente?”
Diante disso, o Líder deve estipular metas
desafiadoras, energizando os membros da sua equipe e remunerando as pessoas
para pensar, imaginar e sonhar com uma empresa e produtos melhores.
Pense nisto e tenha uma ótima semana.
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