Quando um
helicóptero tragicamente cai no mar, os passageiros precisam realizar procedimentos
para evitar que eliminem a única chance real de sobreviver a tamanho desafio.
Precisa-se
esperar a hélice parar de funcionar, soltar os cintos de segurança, destravar
as portas, para então sair da aeronave para o mar. Este é o momento crucial.
Muitos pensam que ao sair estão, parcialmente, salvos e nadam desesperadamente
em busca da superfície, mas esquecem que o impacto os deixaram desnorteados.
Assim, enquanto pensam que nadam em direção da superfície, na verdade, rumam
ainda mais para o fundo do mar. Não sabem que o procedimento correto é usar o
pouco ar que ainda resta para soprar debaixo d’água e observar para onde as
bolhas de ar se dirigem, pois, inevitavelmente, deslocam-se para a
superfície.
Fazendo uma
analogia com o mundo corporativo, as organizações estão expostas a
todo o tipo de risco e, principalmente, às situações desfavoráveis de diversas
naturezas. O que acontece é que, como muitas vezes não se têm uma experiência
anterior de determinadas falhas, não se conhece o procedimento de correção e,
na busca incansável de acertar, acabam por esgotar seu fôlego com uma tentativa
ineficaz.
Quando se
trata do comportamento humano, existem mais incógnitas ainda. O topo do desafio
é o relacionamento interpessoal, em que a sobrevivência dos passageiros do
helicóptero, por exemplo, assemelha-se à sobrevivência no próprio emprego e das
empresas.
Os
treinamentos têm por objetivo principal simular situações adversas e preparar
as pessoas para enfrentá-las e superar as dificuldades de comunicação, de
entrosamento e de performance. Treino é treino e jogo é jogo. Quanto
maior a capacidade de simulação e maior o improviso para testar soluções, maior
a probabilidade de acertos.
Um líder
oriental disse que 60% do sucesso está na capacidade de organizar
antecipadamente nosso contra-ataque, 20% em conseguir revisar antecipadamente o
contra-ataque, 10 % em conseguir “re-revisar” o mesmo contra-ataque e,
finalmente, 10% em conseguir realizar o contra-ataque.
Resumindo:
é impossível prever tudo, porém, conhecendo o procedimento e aprendendo com as
falhas alheias ou falhas anteriores, é possível maximizar as chances de
sucesso.
Guardar o
fôlego é essencial quando não se sabe para onde ir. Afinal, o velho ditado
continua valendo: não há caminho certo para quem não sabe aonde quer chegar!
Sucesso e
bom treino!
Autora: Abbadhia Vieira – Atriz e executiva em finanças. No momento, atua
na TEM Soluções, empresa que utiliza as técnicas teatrais para o mercado
corporativo, o Teatro Business – www.tem.art.br
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