A mudança
é, nos dias de hoje, fator determinante na sobrevivência e permanência das
organizações no mercado. Mudar representa adaptar-se rapidamente às novas
exigências do mercado. Representa, ainda,
inovar, não só produtos e serviços como também a forma de gerir o negócio.
Mas se mudar representa um benefício para a empresa, por que as pessoas
oferecem tanta resistência às mudanças? A resposta é bastante simples: por medo
de um novo estado de coisas que elas ainda não dominam ou, em outras palavras,
medo do desconhecido.
É oportuno observar que a grande responsável por esse estado de coisas
na maioria das empresas é a gerência, pois dificilmente promove mudanças de
forma planejada.
Sobre o assunto escreveu F. G. Matos: “A resistência das pessoas nasce da dúvida, das incertezas, sendo a
mudança então interpretada como ameaça. Habitualmente
não é uma reação de natureza cognitiva, porém emocional (sensação de perda). Daí
afirma-se que a causa fundamental de agravamento das resistências reside no introdutor (diretor, gerente, chefe,
supervisor) e não nos envolvidos (o
pessoal da empresa)”.
Por tanto, para que o processo de mudança seja feito de “forma natural,”
sem problemas para a empresa, ele deve ser planejado e implementado através
pessoas. É como fazer isso que comentaremos em nosso trabalho.
Indicadores
da Necessidade de Mudança
É comum em nosso país se ver empresas fazendo mudanças simplesmente por
modismo: elas acreditam estar fazendo “reengenharia” ou algo parecido. Por estarmos vivendo no mundo um ambiente em
que é necessário ajustar-se a ele, não quer dizer que a minha empresa precise
mudar radicalmente. Talvez ela necessite
apenas de alguns “retoques” em uma de suas áreas ou, quem sabe, na estrutura de
trabalho...
Mas como identificar se é chegado o momento
de mudar para a empresa? J. S. Morgan aponta três momentos que a mudança na
organização se faz necessária.
Mudança
para Atender a Eficácia nos Resultados
Se a eficiência da organização não é traduzida em
resultados compensadores, então faz-se necessária uma reforma.
Mudança
para Atualizar a Organização
A medida que o mercado se desenvolve e que surgem
novas tecnologias, medidas urgentes contra o obsoletismo organizacional devem ser
tomadas.
Mudança
para Crescer
Implantação
de estruturas mais flexíveis, que permitam que as “coisas aconteçam.”
Mais adiante, escreve o autor: “A
necessidade de mudança pode passar desapercebida pelas melhores lideranças da
empresa, limitadas que estão pela cultura
da organização - neste caso consultores
externos podem dar valiosa contribuição por estarem isentos da contaminação
do ambiente interno.”
Ele aponta seis indicadores de
situações críticas a serem observados pelas empresas. São eles:
Demora e
Prazos Sistematicamente Vencidos
A eterna corrida contra o tempo para cumprir
prazos, com forte risco de comprometer a qualidade dos produtos e serviços e
desgaste da imagem corporativa.
Pouca
Flexibilidade
A manutenção de estruturas formais - na maioria das
vezes herança de administrações anteriores - impede as atualizações necessárias
pela desmotivação que acarreta.. A
inércia leva a que a organização formal se perpetue,
independente de critérios de
eficácia. Estruturas inalteradas,
por mais de dois anos, podem refletir inadequações que explicam a ocorrência de
insucesso.
Objetivos
Imprecisos
Os objetivos não são convenientemente comunicados a
equipe que leva aos costumeiros equívocos de interpretação.
Objetivos
Conflitantes
A falta de objetivos
claros ou de conscientização leva
a ações isoladas e ao individualismo, inevitáveis geradores de conflitos.
Falta de
Equilíbrio Organizacional
Áreas sobrecarregadas da empresa em confronto com
outras semi-ociosas, gerando desequilíbrios prejudiciais à interação, além de
abalos no moral da equipe.
6.
Sucesso
do Passado como Mito
Crença nos métodos e processos que foram êxito em
outras épocas e que são considerados intocáveis, pois o executivo identifica-se
com as técnicas bem sucedidas que introduziu.
Em artigo publicado na ADN – Administração de Negócios escrevi que
“muitas pessoas vivem eternamente os louros
do passado. Por ter obtido sucesso em qualquer atividade, não significa que
ele será perene. Ter consciência de até que ponto o passado contamina o seu presente é o primeiro passo para se remover
barreiras e aprimorar-se. O Sansei do Zen propõe aos seus discípulos: O presente é só que importa, mas o passado
não pode ser esquecido e o futuro deve ser construído.”
Pense
nisto e tenha uma ótima semana!
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o site www.profantomarmarins.com
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