Gestão (ou gerenciamento) de Riscos preocupa-se em
identificar os riscos os quais um projeto está exposto e prover ações que visam
fazer com eles não se tornem eventos ou, caso aconteça, que seus impactos sejam
os mínimos possíveis. Com o tratamento adequado dos riscos é possível reduzir
os incidentes de falhas em projetos de software. Se usado como instrumento, no
processo de desenvolvimento de software, permite a redução da exposição ao
risco possibilitando aumentar a qualidade do produto e melhorar o processo de
desenvolvimento. Pode-se caracterizar como risco ou incerteza qualquer aspecto
que de alguma forma impacta o projeto, considerando as dimensões prazo, custo e
qualidade. Em outras palavras, é a possibilidade de algum evento adverso
ocorrer.
Com o tratamento adequado dos riscos analisados é
possível reduzir os incidentes em projetos de software. A pressão
por prazos, curtos custos baixos e alta qualidade, bem como o mercado
altamente competitivo, aumentam os riscos inerentes aos projetos. Assim, devem
ser utilizados métodos e técnicas específicas que permitam gerenciar os riscos
de forma que o projeto aumente suas chances de sucesso.
Processo Tradicional
O processo de gerenciamento de risco deve ser
adaptado de maneira a se adequar ao projeto em questão. O processo é composto
de quatro fases.
- Identificação - Nesta fase deve-se identificar os riscos de projeto, de produto e de negócio, criando uma lista de riscos em potencial. Procurar sistematicamente por ameaças aos recursos valiosos do sistema e quantificar a perda caso o risco se torne um evento.
- Análise - Deve-se avaliar a probabilidade de ocorrência e as consequências destes riscos, em ordem de prioridade ou efeito. A análise de risco consiste em um processo de identificação e avaliação dos fatores de risco presentes e de forma antecipada no Ambiente Organizacional, possibilitando uma visão do impacto negativo causado aos negócios. É feita para concretização efetiva dos planos de desenvolvimento e deve acontecer periodicamente.
- Planejamento - Nesta parte é estabelecido um plano para evitar a ocorrência ou minimizar os efeitos dos riscos, considerando a metodologia aplicada e as linguagens ou softwares utilizados no desenvolvimento. Tudo que foi analisado deve ser considerado e trabalhado dentro das prioridades ou efeitos no produto final. Pode ser mantido um histórico com as ações e decisões tomadas, pois alguns riscos e erros são constantes e comuns em diversos projetos.
- Monitoração - Consiste na análise e avaliação constante do projeto, mantendo dessa forma uma observação completa durante todo o processo de desenvolvimento.
Métodos Ágeis
Os métodos ágeis dividem o processo em janelas
curtas de tempo, permitindo que a avaliação de desempenho seja feita de forma
frequente, ao fim de cada iteração. Ao final de cada iteração, há uma
reavaliação das prioridades do projeto e um possível planejamento. Como os períodos
são curtos, problemas são detectados o mais rápido possível o que colabora para
reduzir os riscos.
No que diz respeito ao monitoramento e controle dos riscos, uma reavaliação ocorre durante as reuniões, onde os riscos são revistos e ações que minimizem a probabilidade de ocorrência dos mesmos nas próximas iterações. Shore e Warden (2007) sugere um exemplo de como isto pode ser realizado.
No que diz respeito ao monitoramento e controle dos riscos, uma reavaliação ocorre durante as reuniões, onde os riscos são revistos e ações que minimizem a probabilidade de ocorrência dos mesmos nas próximas iterações. Shore e Warden (2007) sugere um exemplo de como isto pode ser realizado.
É feito um censo, onde a equipe pensa negativamente
sobre o problema e em quais áreas o projeto pode falhar. Aplicam perguntas
como:
Quais as possíveis falhas da esquipe?
Quais as possíveis falhas do cliente?
Quais fatores poderiam trazer falhas ao projeto?
Quais as possíveis falhas da esquipe?
Quais as possíveis falhas do cliente?
Quais fatores poderiam trazer falhas ao projeto?
As respostas são discutidas em grupo ou escritas em
cartões individuais analisados posteriormente. Essas possibilidades serão a
base do gerenciamento dos possíveis riscos do sistema. A questão de prioridade
pode ser tratada, por exemplo:
Probabilidade — Alta, média e baixa
Impacto — valor perdido; dias perdidos
Probabilidade — Alta, média e baixa
Impacto — valor perdido; dias perdidos
Esse tipo de exercício pode ser feito apenas no
início do projeto ou a cada nova iteração, e é uma forma mais consciente e rápida
de conhecer os possíveis riscos. O gerenciamento de risco é uma parte de
qualquer projeto ágil, assim como nos projetos tradicionais. A chave é dar o
foco desejado e de forma eficientemente guiar o desenvolvimento da melhor
forma, com menos riscos e maior qualidade.
Conclusões
A gestão dos riscos deve buscar a crítica
constante, pensar em todas as variáveis da forma mais pessimista possível,
considerar as perspectivas e tudo o que pode acontecer. Considerar influências
internas e externas, além de utilizar um histórico de ações. Dessa forma o
software pode ser protegido de falhas agregando valor. O gerenciamento de
risco, mais do que estabelecer margens de risco, deve influenciar as decisões e
planejamento do projeto, principalmente para aumentar sua qualidade.
Referências: SHORE, J.;
WARDEN, S. The Art of Agile Development. New York: Addison-Wesley,
2007.
Nenhum comentário:
Postar um comentário