A
meta da maioria das organizações é reunir informações para que os colaboradores
possam usar para gerenciar os seus esforços e, assim, satisfazer melhor os
desejos e necessidades dos seus clientes. Quando o sistema de coleta dessas
informações ou feedback não funciona,
principalmente porque a organização nada faz com ela ou está sendo
incorretamente utilizada, ele deixou de ser um trabalho que faz a empresa
crescer e agradável, para transformar-se numa ameaça, ou melhor, num “pesadelo”.
A
Dra. Karen Brethower, uma psicóloga industrial, coloca seis perguntas para
qualquer sistema de avaliação e de qualquer empresa que pretenda ajudar seus
colaboradores a melhorar seu desempenho:
- As informações estão sendo usadas para prejudicar, punir ou repreender seus colaboradores?
Caso
estejam, isto pode ser contraproducente de várias maneiras
inesperadas. Uma empresa
costumava dar um prêmio de “Porco Sujo” ao representante de atendimento que tivesse
as avaliações mais baixas sobre satisfação dos clientes. Não demorou muito para
que todos os funcionários estivessem competindo por ele. “Porco Sujo” havia se
tornado um símbolo de honra. “Vamos lá, Henry! Não deixe os FDPs o forçarem!”
foi o espírito inspirado pelo prêmio. A maioria dos sistema concebidos para
punir fracassam.- As informações são a respeito de algo que não dá retorno às pessoas que as recebem?
O
pessoal da linha de frente pode estar “interessado” no volume de vendas, contas
abertas, bônus e assim por diante, mas se as informações não lhe parecem
relevantes, eles as juntam a outros comunicados, informativos e informes sem
importância da empresa e as arquivam como “não essenciais”.
- As informações chegam tarde demais para que os colaboradores possam agir a respeito?
Em
julho, o feedback sobre o desempenho da equipe do centro de atendimento em
abril está tão distante das ações que o resultaram que se tornou inútil. Muitas
coisas mudaram nesse ínterim, para que os colaboradores se preocupem, ou mesmo
se lembrem dos detalhes de “não sei há quanto tempo”.
- O feedback é a respeito de algo que as pessoas que o recebem não podem mudar ou influenciar?
Você
pode dizer a uma pessoa de que um metro e meio de altura que ela é baixa, mas
isto não lhe trará benefício algum. Contar aos mecânicos como os clientes percebem
as atitudes dos vendedores na loja também não ajudará em nada. Mas dizer-lhes
que os clientes percebem a área de serviço como suja e tumultuada, e o
comportamento deles como sendo não profissionais, poderá inspirar alguma
mudança.
- O feedback é a respeito de coisas erradas?
Os
vendedores não podem fazer nada se os clientes pensam que a loja está mal localizada,
ou que ela não está decorada de forma acolhedora. Porém, a informação que lhes
disser que eles estão fechando 70% das vendas com as pessoas que os percebem
como fáceis de encontrar, ou cordiais e solícitos, contra somente a 25%
daquelas que os vêem como frios e indiferentes – está indo diretamente ao alvo.
- As informações são difíceis de coletar e registrar?
Coletar
e registrar dados podem ser uma forma positiva de envolver os colaboradores da
linha de frente – os gerentes também – nos aspectos centrais do negócio. Mas
eles não o farão, caso os procedimentos sejam muito difíceis. Somar e divulgar
o volume de chamadas recebidas e resolvidas, de cartões de feedback de
clientes, ou as vendas feitas a partir das propostas apresentadas são
oportunidades administráveis de auto-acompanhamento, desde que sejam relevantes
e não intrusas.
Pense
nisto e adapte às necessidades de sua empresa. Como certa vez disse George
Bernard Shaw: "Se você tem uma maçã e eu tenho uma maçã e
nós trocamos as maçãs, então você e eu ainda vamos ter uma maçã. Mas se você
tem uma ideia e eu tenho uma idéia e nós trocamos idéias, então nós dois temos
duas idéias".
Boa
semana!
Fonte: Karen
Brethower
- Presidente da Executiva Consulta LLC uma eficácia-empresa de consultoria de
organização de liderança.
Nenhum comentário:
Postar um comentário