– Todo mundo
participou do workshop?
– Menos o Jéferson, que ficou de stand by.
– Anderson, você
pode dar um briefing pra gente?
– Bom, na nossa
área, analisamos os altos índices de turn
over, sete pontos dois no último semestre, houve propostas de adotarmos um
programa de downsizing,
redimensionarmos os fringe benefits,
criamos uma linkagem dos trainees com o pessoal de management, e de implantarmos o outplacement para quem não se adaptou a joint-venture. O Francis voltou à carga
com o just in time e o kanban. Mas o Kleyton, do marketing,
participou de um brainstorm ao qual
eu não pude ir.
– É, foi
interessante. Só que eu esperava conversar sobre o market share do produto líder, tinha umas idéias sobre public relations, ia propor uma mudança
do low profile. Mas o pessoal era de
finanças, estava mais interessado em discutir budget, cash flow, commodities, a influência da Prime e da Libor, aplicações do floating
no black e no over night e checar
a remuneração do hot money e do factoring.
– Deve ter sido
complicado.
– Até que não.
Aprendi muita coisa. Só fiquei mesmo sem saber do que se tratava quando começou
a falar o pessoal high-tech. Eles
querem instalar um mainframe em real time, mas então enfrentando um
problema do software, que eu não sei
bem qual é.
– Talvez a Jane
possa nos contar.
– Pra falar a
verdade, quase não participei das atividades.
– Por quê?
– Eu assisti à
primeira palestra, que falava da adaptação das nossas técnicas gerenciais à cultura
brasileira.
– E então?
– Achei que era
melhor dar um giro pela cidade, fazer shopping,
sei lá.
– Depois do coffee-break a gente volta ao assunto, OK?
Autora:
Rachel Regis
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