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domingo, 26 de agosto de 2012

HOMEM INTEGRAL


Quais são as características que definem o homem integral?

Poderíamos dizer que o homem integral é o indivíduo que desenvolveu ao máximo as suas três faculdades essenciais:

A faculdade de pensar, a de sentir e a de querer, ou a razão, o sentimento e a vontade.

O pensar e o querer são as faculdades ativas do homem integral, o sentir é a faculdade passiva. Nesse sentido, podemos dizer que o pensar e o querer partem do homem, o sentir acontece nele.

Em geral, sempre se considerou a razão como o patrimônio maior, e talvez único, da inteligência.

Por isso, desenvolver a inteligência significava quase que exclusivamente o desenvolvimento da razão ou do pensar.

O homem inteligente é aquele que sabe pensar. É preciso ensinar a pensar, se diz frequentemente. Fomos levados a acreditar que o papel mais importante do educador é ensinar a pensar.

Nos dias atuais, entretanto, a inteligência emocional também tem sido difundida. Muito se tem falado da relevância dos aspectos emocionais no desenvolvimento da inteligência.

O ensinar a sentir passou a fazer parte do vocabulário dos educadores, embora não com a mesma força do ensinar a pensar.

Pouco, no entanto, tem sido dito da inteligência volitiva, ou inteligência associada à vontade. O papel desta inteligência na formação integral do homem precisa ser melhor explorado.

E a razão é simples. Nunca, como agora, os valores éticos e políticos se tornaram tão necessários.

A sociedade moderna, no plano nacional e mesmo internacional, reconhece a importância dos valores éticos na conquista de uma vida mais justa.

Aliás, direito e justiça resultam do uso adequado da vontade, ou do querer. Portanto, são frutos de uma inteligência volitiva bem desenvolvida.

Ousamos afirmar que a sociedade moderna padece as consequências de não ter dado a devida importância ao desenvolvimento da inteligência volitiva.

Educadores, em geral, preocupados com a construção de uma sociedade mais justa, deverão assumir, como compromisso inadiável, a tarefa de desenvolver a inteligência volitiva.

Uma educação para o desenvolvimento harmônico das inteligências racional, emocional e volitiva deve ser um dos mais importantes objetivos de uma instituição de ensino e de todo educador.

Os valores do sentimento e da moral sempre ficaram em segundo plano. Sempre foram considerados como pertencentes aos homens fracos e menos espertos.

E esse desprezo trouxe sérias consequências, pois muitas das conquistas da ciência viraram instrumento de violência e submissão.

A violência e a guerra ganharam em requinte e sofisticação. O homem atual sabe muito, mas sofre e é infeliz.

Sem o sentimento e a vontade para conduzir adequadamente a razão, o homem moderno caminha como um viajante num deserto sem oásis.

Sabe para onde ir, mas não encontra a água para matar a sede; sede de paz e de justiça; sede de amor e de liberdade.

Para reverter esse estado de coisas, é fundamental voltar nossos olhos para o desenvolvimento das inteligências emocional e volitiva. Sem as conquistas do sentimento e da vontade o homem continuará sedento.

É comum encontrar pessoas que desenvolveram muito apenas o pensar e que, dominadas pelo orgulho, tornaram-se arrogantes e presunçosas.

Carecem da virtude mais importante na caracterização do homem sábio: a humildade. Sem a humildade perdem boas oportunidades de continuar aprendendo. Pensam que já sabem tudo.

Existem indivíduos muito inteligentes e com grande habilidade de decisão, mas vingativos e perversos, verdadeiros déspotas.

Por outro lado, encontramos indivíduos com bons sentimentos, mas que não conseguem tomar decisões corretas. São, com frequência, iludidos, enganados pelos mais espertos.

O homem integral, portanto, é aquele que logrou o desenvolvimento harmônico do pensar, do sentir e do querer.

O indivíduo que é senhor do próprio pensamento, dos sentimentos e da vontade, pode ser considerado um homem virtuoso, um homem integral.

Pensemos nisso, e acionemos a vontade para conquistar essa meta.

Autor: Prof. Cosme Bastos Massi - Educação Integral  disponível no site: Http://www.educacional.com.br/

domingo, 19 de agosto de 2012

O QUE AS ESCOLAS NÃO ENSINAM...


Sabendo que tenho questionado o modelo adotado pelas nossas escolas, isto é, aceitarem o baixo rendimento de alunos, trocado textos baseados na nossa literatura, por outros importados e que não representam a nossa realidade, acabarem com a hierarquia e com a disciplina etc., recebi o texto que ora apresento, solicitando que cada pai, educador, empresário reflete sobre o tema.

Aqui estão alguns conselhos, que Bill Gates, recentemente ditou em uma conferência, numa escola secundária sobre 11 coisas, que estudantes não aprendem na escola. Ele fala sobre, como a política educacional de vida fácil para as crianças, tem criado uma geração sem conceitos da realidade, e como esta política tem levado as pessoas a falharem, em suas vidas posteriores à escola.

Regra 1: A vida não é fácil, acostume-se com isso.

Regra 2: O mundo não está preocupado com a sua autoestima. O mundo espera que você faça alguma coisa útil para ele, antes de sentir-se bem com você mesmo.

Regra 3: Você não ganhará R$ 20.000 por mês, assim que sair da escola. Você não será vice-presidente de uma empresa com carro e telefone à disposição, antes que você tenha conseguido comprar seu próprio carro e telefone.

Regra 4: Se você acha seu professor rude, espera até ter um chefe. Ele não terá pena de você!

Regra 5: Vender jornal velho ou trabalhar durante as férias, não está abaixo de sua posição social. Seus avós, têm uma palavra diferente para isso: eles chamam de “oportunidade”.

Regra 6: Se você fracassar, não é culpa de seus pais, estão não lamente seus erros, aprenda com eles.

Regra 7: Antes de você nascer, seus pais não eram tão críticos como agora. Eles só ficaram assim, por pagar as suas contas, lavar suas roupas e ouvir você dizer que eles são “ridículos”. Então, antes de salvar o planeta para a próxima geração, querendo consertar os erros da geração dos seus pais, tente limpar seu próprio quarto!

Regra 8: Sua escola, poder ter eliminado a distinção entre vencedores e perdedores, mas a vida não é assim. Em algumas escolas, você não repete mais de um ano e tem quantas chances até precisar acertar... Isto não se parece com absolutamente nada na vida real! Se pisar na bola, está despedido: Rua!!! Faça certo da primeira vez!

Regra 9: A vida não é dividida em semestres! Você não terá sempre os verões livres e é pouco provável, que outros empregados o ajudem a cumprir suas tarefas no final de cada período...

Regra 10: Televisão não é vida real, Na vida real, as pessoas têm que deixar o barzinho ou a boate e ir trabalhar!

Regra 11: Seja legal com os “CDFs,” (aqueles estudantes que os demais julgam que são uns bobos). Existe uma grande probabilidade de você vir a trabalhar para um deles.

Autor: Willian (Bill) H. Gates III - http://www.gatesfoundation.org/

sexta-feira, 17 de agosto de 2012

OS TIPOS DE ANALFABETISMO


Segundo o IBGE, no Brasil existem, atualmente, em torno de 14 milhões de analfabetos. Esses analfabetos são aquelas pessoas que não sabem ler e escrever coisa alguma e essas estatísticas, quando divulgada, passam a ideia que se conseguirmos fazer com que toda a população aprenda a ler e escrever, estaremos livre do analfabetismo .

Se formos analisar de maneira mais profunda, iremos notar que a coisa não é bem assim. Eu costumo classificar o analfabetismo em quatro categorias, que são: o Analfabeto Total, o Analfabeto Funcional, o Analfabeto de Conteúdo e o Analfabeto de Cidadania (ou político).

O Analfabeto Total

Esse é o tipo de analfabetismo mais fácil de se diagnosticar e é também o mais fácil de se mensurar e quantificar efetuando estatísticas. É claro que se deve tomar o cuidado ao analisar e efetuar essas pesquisas. Costuma-se classificar as pessoas que sabem ler e escrever o próprio nome como alfabetizadas e não é bem assim. Tem algumas pessoas que conseguem desenhar o próprio nome com certa facilidade e não sabem ler e escrever ou no máximo conseguem soletrar algumas palavras o suficiente para identificar o próprio nome.

O Analfabeto Funcional

Em termos de pesquisa quantitativa, não é possível mensurar este tipo de analfabetismo. O problema consiste que este tipo de analfabeto sabe ler e escrever, não consegue interpretar e consequentemente não entende o que está lendo. O problema do Analfabeto Funcional está aumentando a cada dia e hoje é comum se encontrar até mesmo nas universidades. O que ocorre na realidade é que estão conseguindo com que as pessoas analfabetas total aprenda a ler e escrever mas, não aprendem a interpretar uma leitura ou mesmo redigir uma simples carta (redação).

O Analfabeto de Conteúdo

É muito comum está se discutindo um determinado assunto com determinadas pessoas (até mesmo universitários) e se percebe que a mesmo está se colocando, sobre o assunto, fora do contexto simplesmente por não conhecer do assunto. Esse tipo de analfabeto costuma escrever bem e falar bem e sente a sabedoria em pessoa, por tal motivo mas, quando se começa argumentar sobre determinado assunto se percebe que ele só escreve bem e fala bem e falta conteúdo.

Quando entrei na Universidade uma das primeiras frase que os professores deixaram bem claro foi: “procurar não discutir e criticar aquilo que não tem conhecimento” e que isso não demonstrar ignorância simplesmente pelo fato que a pessoa não é obrigado e não consegue saber de tudo na vida. Tentar mostrar habilidade e argumentar algum assunto que não conhece é que é ser ignorante. Só que esse tipo de analfabeto, que é muito raro, costuma esconder a falta de conhecimento criticando os seus erros de português e sua falta de conhecimento de vocabulário e deixa o conteúdo do que se está discutindo de lado. Você vai encontrar muito desse tipo escrevendo e falando muita coisa bonita que não serve pra nada.

O Analfabeto Político

Este tipo de analfabeto eu considero uma variante do Analfabeto de Conteúdo. A diferença é que o analfabetismo político é aquele cidadão que deveria ter conhecimento de como funciona o seu estado, a forma de fazer política em sua sociedade e os direitos e deveres de cada cidadão (geralmente a pessoas só procuram aprender os direitos). A grande maioria das pessoas, inclusive as de formação universitária, não tem noção do que seja Estado (só fui entender a noção de Estado quando estava na Universidade!!!) e propriedade e os interesses na sua formação e controle por parte das camadas sociais. Não tem como uma pessoa entender de todos os assuntos mas, pelo menos deveria saber dos assuntos pertinentes a sua sociedade e do lugar onde vive.

Autor: Prof. Antônio Carlos Vieira - Formado em Licenciatura Plena : Geografia ( UFS - Universidade Federal de Sergipe). pós-graduado em Didática do Ensino Superior (Faculdade Pio Décimo). Atualmente trabalho na Secretaria de Estado da Educação (SE-Brasil) e também trabalho como desenvolvedor de sistemas Web utilizando JSP + MySQL - http://debatendo-a-educacao.blogspot.com.br/

terça-feira, 7 de agosto de 2012

A BAIXA QUALIDADE DO GESTOR NO BRASIL


Em sua opinião, o gestor brasileiro faz uma gestão eficiente do time? Faço essa pergunta, pois tenho a oportunidade de estar muito próximo a inúmeros gestores, já que trabalho diretamente com o corpo de liderança de pequenas, médias e grandes empresas.

E a conclusão, com base na minha experiência, infelizmente, é que o líder no Brasil não faz gestão eficiente do time. Essa é uma regra quase que constante nas empresas. Para termos uma ideia, de cada dez gestores observados, apenas dois possuíam interesses genuínos em desenvolver o time. E esse interesse está baseado em dois pilares:

  1. O gestor deve reconhecer que as pessoas precisam de desenvolvimento.
  2. É necessário uma sinalização sistemática por meio de feedbacks claros e objetivos.
Porém, é preciso entender melhor como funciona um time e há um estudo do professor John Katzenbach (The discipline of teams) que ajuda muitos gestores. Katzenbach define que o time, para chegar a uma alta performance, passa por alguns estágios de desenvolvimento. O estudo afirma ainda que o desempenho do time é função direta do comportamento, ou seja, sem alinhamento comportamental, o desempenho estará sempre limitado. E, ao evoluir o estilo de comportamento, o time irá evoluir a capacidade de potencializar o desempenho.

Assim, o time começa como um grupo, evoluindo para um time em maturação, um time potencial, um time real e finalmente um time de alto rendimento. No grupo, o desempenho é regular, pois os integrantes do time estão trabalhando de forma independente. Já em um time de alto rendimento, os resultados são extraordinariamente superiores, acima das expectativas inicialmente previstas, pois são resultados de um comportamento individual totalmente alinhado ao comportamento do time.

Dessa forma, sem o envolvimento autêntico do time, os resultados serão, no máximo, medianos. O líder deve brilhar com o lampejo individual de cada integrante do time, já que o brilho individual do líder ofusca e não gera resultados extraordinários. E, de maneira alguma, não existe ameaça no fato de o time brilhar em conjunto, pelo contrário, é a única forma de chegar ao alto rendimento.

Então, como promover uma melhor qualidade de gestão aos nossos líderes?

  1. O líder precisa estar consciente de que operando no conceito de grupo (baixo alinhamento comportamental do time), o desempenho dele estará sempre comprometido.
  2. O líder precisa estar determinado a evoluir o time para o alto rendimento, pois somente nesse estágio de evolução os resultados serão extraordinários.
  3. O líder precisa conhecer em profundidade e individualmente os integrantes do time, quais são os motivadores, quais são os medos básicos, o que gostam de fazer, o que os deixam desmotivados, etc.
  4. O líder precisa compartilhar com o time, de forma clara e objetiva, as metas a serem atingidas, comunicar de forma eficaz a importância de cada um e o que ele espera de cada integrante do time para atingir os resultados.
  5. O líder precisa dar feedbacks sistemáticos ao time, de forma racional, tanto sobre os resultados atingidos quanto em relação ao comportamento observado de cada integrante. A emotividade, característica marcante do povo brasileiro, acaba atrapalhando o gestor na hora do feedback, pois, na maioria das vezes, o que deveria ser dito de forma direta acaba se transformando em um erro de mensagem, na qual a emoção se impõe sobre a razão.
  6. O líder, ao dar feedbacks, precisa estruturar a comunicação, atentando para a construção da fala em três partes: destacar o positivo; identificar a limitação; e, por fim, sugerir uma iniciativa de melhoria. Este é um exemplo de construção de um bom feedback: “Você é muito determinada, porém necessita trabalhar a impulsividade. Ouvir mais antes de tomar decisões é um bom caminho”.
  7. O líder precisa dizer ao time, claramente, que os talentos individuais transformam o time em grupo, e que somente a soma coordenada dos talentos pode transformá-lo em um time com alto rendimento.
  8. O líder precisa estar consciente de que a capacitação técnica é um pré-requisito. Sem competência técnica não há entrega. Porém, o diferencial é comportamental, ou seja, será a qualidade do comportamento do time que fará a diferença, fazendo resultados medianos se transformarem em resultados espetaculares.
 Autor: Rubens Gustavo Gurevich – CEO da Your Life do Brasil (www.yourlife.com.br