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quarta-feira, 29 de abril de 2015

QUANTO MAIS VAZIA, MAIS BARULHO FAZ!

Durante o ano recebo muitos textos de amigos, alunos e de pessoas que não conheço mas que leem os meus artigos. Alguns publico no meu blog, outros apenas guardo para uma oportunidade. Certa vez um amigo sugeriu que eu criasse um novo blog só para publicar os textos recebidos, mas ainda não fiz isso. Outros ainda, como esta preciosidade que me foi enviada pelo amigo e irmão Antônio Carlos Tora, não resisto e trato de conta-los para meus leitores. 

Diz o amigo Tora:

Certa manha, meu pai, muito sábio, convidou-me a dar um passeio no bosque e eu aceitei com prazer. Ele se deteve numa clareira e depois de um pequeno silencio me perguntou: Além do cantar dos pássaros, você esta ouvindo mais alguma coisa?

Apurei os ouvidos alguns segundos e respondi: – Estou ouvindo um barulho de carroça.

– Isso mesmo, disse meu pai, é uma carroça vazia.

Perguntei ao meu pai:

– Como pode saber que a carroça esta vazia, se ainda não a vimos?


– Ora, respondeu meu pai. É muito fácil saber que uma carroça está vazia; por causa do barulho. Quanto mais vazia a carroça maior é o barulho que faz.

Tornei-me adulto, e ate hoje, quando vejo uma pessoa falando demais, gritando (no sentido de intimidar), tratando o próximo com grosseria inoportuna, prepotente, interrompendo a conversa de todo mundo e, querendo demonstrar que é a dona da razão e da verdade absoluta, tenho a impressão de ouvir a voz do meu pai dizendo: “Quanto mais vazia a carroça, mais barulho ela faz…”


Fonte: Antonio Carlos Tora

domingo, 26 de abril de 2015

GESTÃO DE RISCO: UMA COMPETÊNCIA ESSENCIAL

Quando você perguntar a um gestor em qualquer organização como ele ou ela definiria risco, a resposta mais comum será: “a possibilidade de que ocorra um evento que cause perdas humanas ou materiais anormais”. Essa é uma tendência rotineira, associar imediatamente risco a algo negativo.  Risco, visto dessa forma, é o prenúncio de um acidente ou de uma ruptura indesejada com o passado. A versão técnica dessa definição é famosa: “risco é a combinação da probabilidade de um evento com sua consequência”. 

Entretanto, se pudéssemos, em um passe de mágica, zerar imediatamente o risco de uma organização, com idêntica rapidez cessaria sua criação de valor. Seria a comprovação do dogma dos investidores: quanto maior o risco, maior é a remuneração. Ou ainda: sem risco, sem retorno. Por isso, as definições acima não são equivocadas, mas são incompletas.


De acordo com os padrões internacionais sobre o tema, risco é o efeito da incerteza sobre os objetivos de uma organização. Sendo assim, a essência da Gestão de Risco é apoiar a organização a conviver com a incerteza e não, necessariamente, eliminá-la, até porque o efeito pode ser positivo.

Isso ficou muito claro para mim quando eu era responsável pelo sistema de auditorias internas da Embraer e recebi, em 2004, a incumbência de implantar a área de Gestão de Risco. Você deve estar questionando: pombas, como poderia uma empresa daquele porte, naquele setor de atuação e com aquele histórico brilhante, não ter Gestão de Risco? É óbvio que isso não era verdade: qualquer organização pratica o conceito de Gestão de Risco, da padaria da esquina à megatransnacional, queira ou não queira, já que as incertezas estão sempre presentes. A existência ou não de uma área dedicada é uma opção organizacional. O que a direção da Embraer desejava, naquela ocasião, era estruturar melhor o processo gerencial de Gestão de Risco, de forma que ele ficasse visível e tangível para entidades externas à empresa. 


O ser humano aprende a lidar com incertezas desde muito cedo. Qualquer criança pequena entende o conceito de relação custo-benefício, mesmo que ainda não saiba expressá-lo. O projeto da Embraer me evidenciou é que uma coisa é sermos capazes de administrar nosso risco individual e pessoal, outra é uma organização ser capaz de administrar seu risco agregado e coletivo, uma competência que não é adquirida espontaneamente. Ficou muito claro para mim que meu papel não era detectar risco, tal como um cavaleiro solitário, mas lutar para que a empresa adquirisse maiores quantidades dessa competência.

Essa experiência foi muito enriquecedora para alguém como eu, um originário da Qualidade, e abriu-me os olhos para o imenso inter-relacionamento entre as duas disciplinas e delas com a Gestão de Processos. O aprofundamento na Gestão de Risco tornou-me um apóstolo da integração dessas áreas e me fez sonhar com o dia em que usaremos o termo Gestão da Incerteza, que me soa mais apropriado.


Nesse projeto da Embraer e em tantos outros subsequentes de que participei como consultor, aprendi que a Gestão de Risco não tem como missão principal salvaguardar a empresa de eventos desastrosos, até porque é óbvio que isso é inviável - haja vista os inúmeros casos recentes de desatres empresariais nos quais a Gestão de Risco ficou vendida. Quem cuida para que a organização não sofra reveses de grande monta é uma única equipe interfuncional: aquela formada por todas as pessoas da organização, a quem cabe tomar a decisão, dia após dia, de quais riscos podem e devem ser aceitos e de quais riscos queremos estar a uma distância segura.

Ou seja, a missão nobre da Gestão de Risco é “evangélica”: educar as pessoas a lidar com as incertezas, em todos os seus aspectos, provendo a linguagem comum para que isso ocorra naturalmente, de forma compatível à cultura da organização. 

Em um mundo em que há novas incertezas surgindo a cada instante, saber como tratá-las é uma competência essencial para qualquer organização e não somente a atribuição de uma área especializada que se esconde sinistramente em um canto do escritório. Em organizações que buscam a excelência, o processo (e não obrigatoriamente a área) de Gestão de Risco estará sempre incorporado aos processos decisórios, ao desenvolvimento de produtos, sistemas e processos da cadeia de valor e a qualquer iniciativa de mudança. Quanto às organizações que não buscam a excelência, bem... desejo-lhes boa sorte, pois vão precisar.


Autor: Marco Nutini, instrutor do curso Gestão de Risco – Aprendizado com base em casos históricos – Conheça o curso Gestão de Risco da FNQ: clique aqui.

sábado, 11 de abril de 2015

O QUE É UMA FORÇA-TAREFA?

Uma força-tarefa é um grupo de pessoas que estão temporariamente designados para trabalhar em conjunto para alcançar algo específico e com objetivos claramente definidos. Por exemplo, uma força-tarefa de qualidade funciona independentemente de um departamento para abordar questões de melhoria relativas à produção, venda, administração, marketing etc. 

Embora o conceito de uma força-tarefa é de origem militar, hoje, forças-tarefas são freqüentemente encontrados além dos limites das forças armadas, aparecendo no mundo dos negócios e outros.


O que leva uma empresa optar por usar esta ferramenta? O primeiro é tipicamente um sentimento de autonomia, uma força-tarefa é comandada por alguém de alto escalão suficiente para que ele ou ela não precisa consultar constantemente superiores para tomar decisões. Isso faz com que uma força-tarefa extremamente móvel, flexível e eficaz, permitindo que os membros para usar suas habilidades de forma muito eficiente. Uma força-tarefa típica é multifuncional. Ela contém um vasto leque de pessoas, integrando uma variedade de habilidades em uma única unidade.


Quando uma força-tarefa é formada, o prazo e os objetivos da força-tarefa são claramente definidos, e o “líder” geralmente indica o tipo de pessoal e de os recursos que seriam necessários. Quando o objetivo desejado seja alcançado, a força-tarefa é dividida novamente, com os membros de retornar às suas posições normais.

Enquanto a maioria das forças tarefa foco em metas de curto prazo, como desenvolvimento de novas tecnologias ou resolver um problema específico, uma força-tarefa também pode levar a mais desafiadora questões de longo prazo, como a reestruturação ou construção de uma nova linha de produção. Em alguns casos, essas forças-tarefa, em última instância evoluir para unidades regulares, refletindo o fato de que sua missão nunca será realmente feito, embora possam fazer grandes avanços na direção certa.

Pense nisto e uma boa semana!


Autor: Prof.A.Marins – Força-Tarefa: Fazendo Acontecer na Empresa, ADN – Administração de Negócios, Rio de Janeiro, RJ, COAD.

quarta-feira, 8 de abril de 2015

SALA DE GUERRA E TOMADA DE DECISÃO

A Sala de Guerra (War Room em inglês), é um local dentro da companhia onde os indivíduos podem examinar e analisar informações competitivas para tomar decisões táticas e estratégias.

Claro que não se trata de jogo e muito menos de guerra, mas uma sala de demonstrações. Pode ser um lugar onde os profissionais de vendas, marketing, comunicação, assistência técnica, pós-venda, atendimento ao cliente, entre outros, podem estudar os produtos (ou serviços) de seus concorrentes e, muitas vezes, em comparação aos seus.


As melhores salas de demonstrações ou Salas de Guerra permitem que os colaboradores efetivamente usem os produtos para, por exemplo, senti-los melhor.

Nesta sala o processo de tomada de decisão pode ser acelerado. Falar do produto ou serviço do concorrente é uma das dimensões da compreensão para uma decisão, mostrar para que todos possam ver (e bem na sua frente) é outra dimensão e outro efeito na tomada de decisão.

Ah, mas minha empresa é de prestação de serviços e, portanto, não tem um produto "físico" para ser mostrado? 

Você pode mostrar e manter materiais para comparação, como: folhetos, anúncios veiculados em revistas especializadas, anúncios promocionais, catálogos, relatórios anuais, entre outras possibilidades.

E a sua empresa? Já tem uma Sala de Guerra?



Fonte: Prof. A. Marins – Você sabe o que é War Room – www.profantomarmarins.com