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segunda-feira, 29 de dezembro de 2014

COMO REPENSAR A CARREIRA PARA 2015

O profissional que almeja sucesso na carreira tem duas missões fundamentais no fim de cada ano: fazer o balanço dos 365 dias que se passaram e estabelecer metas para os que virão. Especialista em gestão estratégica de pessoas e diretora-geral da Sias Educação e Consultoria, Jacqueline Rezende enfatiza que “todo profissional é um 'Você S.A', ou seja, tem balanço, planejamento e meta”. Ela explica que é preciso fazer um apanhado de tudo que se viveu, o que deu certo e o que ficou no meio do caminho, e trabalhar os próximos objetivos. Jacqueline ressalta quatro pontos para alcançar resultados positivos nesta avaliação. “O primeiro é pensar em tudo aquilo que eu quero e já tenho e que vou manter. O segundo, é tudo que não quero mais e vou eliminar. O terceiro é tudo aquilo que quero, não tenho e vou buscar. E o quarto é tudo aquilo que eu não tenho, não quero e vou continuar evitando.”

Com a ideia de que o profissional tem de ser um estrategista, precisa organizar cada passo da sua carreira, a especialista em gestão destaca a importância de cuidar de, pelo menos, cinco áreas essenciais para o crescimento pessoal dentro de uma organização. É a conhecida “roda da vida”, que, de oito áreas, ela reduz para cinco – “uma forma mais tranquila de englobar do trabalhador chão de fábrica até os gestores”.

De acordo com Jacqueline, a primeira área a ser cuidada é a espiritual. É a que
ela chama de meta egoísta, do eu. “Não envolve filho, marido e trabalho. É o individual. Preparar-se para os outros, fortalecendo as próprias competências.” A segunda é a área familiar, que não significa só os laços de sangue. “Família é toda a composição social que o faz se sentir acolhido e ter obrigações financeira, moral, física e social. Você precisa dela para alicerçar sua vida. Esse núcleo engloba a intensificação de relações como perdão, melhoria e entendimento.”

A terceira área é a social. Hora de incluir os amigos, relacionamentos dentro da empresa, enfim, o famoso network. “Eu sou quem eu conheço. E o network não é só para a carreira, mas para a vida. Se você tem uma filha doente e chega desesperado num hospital, será um alívio se conhecer um médico para, de alguma forma, dar um apoio, uma assessoria, uma palavra.” Ela diz que as metas se intensificam com o aumento do network, mas o contato não pode ficar limitado às redes sociais. “As pessoas estão cada vez mais longe do convívio e da conversa, que são preponderantes para fortalecer as relações e ter visão macro do mundo. E lembre-se, network não é só fazer parceria.”


A financeira é a quarta área que exige atenção de todo profissional, seja na hora do balanço, seja na hora de definir o futuro. “Tudo no mundo gira ou corre em cima do dinheiro, vivemos num mundo capitalista. Portanto, as diretrizes financeiras cobram equilíbrio. O que adquirir, o que economizar, são questões para analisar. Se perder, se não tiver controle desta área, o impacto será sobre todas as outras.”

Por último, e não menos importante, está a área que cuida da carreira. Aqui estão em jogo seus desejos e objetivos. Onde quer chegar? Quer mudar de emprego? Vai buscar uma promoção? O que tem feito de novo? O que está entregando fora do combinado? “É preciso criar um plano de ação, ainda que reduzido. Ter cuidado na hora de definir prazo. Se é para 2015 é preciso ser cumprido em 2015. Claro, se você for o responsável pela ação e não depender de decisão de terceiros. Na carreira é necessário o equilíbrio, porque demanda atenção maior que qualquer outra área. Por isso, planejamento é o principal.” Jacqueline enfatiza que, ainda que balanços sejam complicados, nem sempre o resultado é o esperado, e definir metas demanda coragem. O principal é ter em mente “que a felicidade é o ingrediente do sucesso profissional. O estímulo é externo, mas quem se motiva é você mesmo”.

O valor das pequenas conquistas

É fundamental a análise do que foi feito e o reconhecimento do que foi conquistado. É importante estabelecer metas a longo prazo, mas não deixe de considerar outras etapas que têm de ser vencidas, as micro conquistas, que devem ser analisadas, para não desanimar. Se quer ser diretor, valorize o tempo que passou como assistente e analista. Comemore as pequenas vitórias. Se perceber que determinado comportamento não deu o resultado desejado, atue para mudá-lo. O comportamento de hoje determina a forma como se vai estar no futuro. Por isso, todos devem analisar aquilo que foi feito e deu certo, aquilo que foi feito e pode ser melhorado e aquilo que não deve ser repetido. Somente com base nas ponderações de 2014 você vai ter condições de classificar a situação e fazer o planejamento para o ano seguinte. Como a empresa, o profissional tem de ter planejamento estratégico em benefício próprio. Não fazer o balanço é ter falta de consciência do comportamento, que se tornará repetitivo e o resultado não mudará. Será aquela história, faz, faz, faz e nada acontece, fica no mesmo lugar. Um ciclo. E o fim de ano é a época ideal, já que por natureza todos se sentem mais abertos a repensar e renovar.

Pense nisto e um Feliz Ano Novo!

Fonte: Jornal de Pernambuco

Autora: Jaqueline Rezende - CEO Sias Educação e Consultoria. Professora Fundação Getúlio Vargas

sexta-feira, 26 de dezembro de 2014

FELIZ ANO NOVO!

Agradeço a todos leitores do meu blog a sua participação e os comentários que sempre me enviam, desejando que 2015 seja um ano de muitos sonhos alcançados e realizações.
Feliz 2015 para todos!


terça-feira, 16 de dezembro de 2014

DESAPRENDER PARA APRENDER

Certa vez fomos convidados pelo principal executivo de uma organização para participarmos de uma reunião onde seriam discutidas as principais mudanças que precisavam ser implantadas na empresa. Seu maior problema era encontrar uma forma de romper as resistências das próprias pessoas daquela organização.

Para alguns membros da reunião era “simplesmente implantar” e “quem não estivesse satisfeito que pedisse demissão”. Afinal, “manda quem pode e obedece quem tem juízo”. Para outros, a implantação feita através de imposição não seria a melhor solução. Corria o risco de perder alguns membros da equipe, sem se falar no “clima pesado” que se criaria.

Essa era nossa missão: mudar a organização através das pessoas para implementar as mudanças. Afinal, é com isso que trabalhamos: usar novos métodos e ferramentas para ajudar as empresas a serem mais efetivas, sem desconsiderar as pessoas.


Neste caso foram usados os modelos de Aprendizagem Organizacional, que primam pela formação dos recursos pessoais da empresa, através da transmissão de novas habilidades específicas, adequadas ao contexto a ser desejado. Em outras palavras, preparar os colaboradores da empresa para que entendessem as mudanças necessárias e ajudassem a implantá-las.

Cabe aqui um parêntesis para explicarmos o porquê da escolha da Aprendizagem Organizacional.

Antigamente, exigia-se que os profissionais tivessem uma grande gama de conhecimentos próprios para exercer determinada função. Atualmente esta exigência não é tão crítica, pois o importante não é só o que uma pessoa sabe, mas o que essa pessoa é capaz de aprender.

Aprender é uma das primeiras habilidades que as pessoas desenvolvem, tanto no meio dos conhecimentos, como das condutas e atitudes para adaptar-se ao meio ambiente. Assim, a tarefa de Aprendizagem Organizacional, como toda função, depende das pessoas, pois existem várias metodologias para chegar-se à pratica.

O sucesso de aprendizagem requer um elemento básico: o desaprender, isto é, romper seus paradigmas, conhecimentos ou hábitos de conduta que limitem os processos de mudança, ou de novas respostas.

Isto requer das pessoas envolvidas com os processos que tenham uma atitude aberta e franca e, principalmente, que estejam comprometidas com o processo.

Para isso se deve associar a Administração à Psicologia Organizacional, para que não se aborde somente aspectos técnicos, mas também as atitudes, emoções e condutas do grupo da empresa.


Uma vez realizadas tais ações, é importante definir qual metodologia é mais adequada a empresa. Deve-se, ainda, aplicar ao perfil dos grupos e das pessoas que a integram. Lembre-se que produtos “enlatados” normalmente não atende a organização.

Voltando para o nosso caso, a empresa concordou e decidiu aceitar a nossa recomendação e realizou, com a nossa ajuda, um Fórum de Melhoria dos Negócios da Empresa, com a presença do principal executivo, diretores, gerentes e representantes de diversas áreas.

As pessoas convidadas tiveram a missão de montar um Documento de Premissas da Empresa, com objetivos de até dois anos, para implantar os diversos projetos de melhoria e estabelecerem os Indicadores para medir e aprimorar.

Nem sempre é assim, mas neste caso teve um final feliz, pois a empresa acabou por criar um amplo programa para atender toda a empresa, além, é claro, de fazer mudanças e melhorias através de seus colaboradores.

Pense nisto e uma ótima semana.

sexta-feira, 12 de dezembro de 2014

VOCÊ CONHECE A TERAPIA DO ELOGIO?

Ao ler texto sobre a “Terapia do Elogio”, enviado por um amigo, lembrei-me de uma grande empresa multinacional que durante vários anos prestei consultoria a sua diretoria e gerência.

Certa vez, preocupado com a desmotivação e tristeza de determinado grupo de gerentes, o vice-presidente pediu-me que identificasse o que estava acontecendo. Através de minha equipe consegui identificar que apesar dos bons salários que recebiam, férias pagas no exterior, cursos nas melhores escolas e universidades, prêmios etc. pagos pela organização, eles não eram reconhecidos. Isto mesmo, simplesmente o que eles sentiam falta no seu trabalho era receber um simples: “seu trabalho ficou muito bom”...

O assunto é tão importante que escrevi um artigo sobre o tema na Administradores – http://www.administradores.com.br/u/amarins/ – intitulado “Você Sabe Recompensar e Reconhecer a sua Equipe?”. E pelo mesmo motivo resolvi reproduzir o texto do psicólogo Arthur Nogueira. Ele, como sempre, é muito oportuno, principalmente para empreendedores e gestores das organizações. Diz o texto:


Renomados terapeutas que trabalham com famílias, divulgaram uma recente pesquisa onde Nota-se que os membros das famílias brasileiras estão cada vez mais frios, não existe mais carinho, não valorizam mais as qualidades, só se ouvem críticas.

As pessoas estão cada vez mais intolerantes e se desgastam valorizando... os defeitos dos outros. Por isso, os relacionamentos de hoje não duram.

A ausência de elogio está cada vez mais presente nas famílias de média e alta renda. Não vemos mais homens elogiando suas mulheres ou vice-versa, não vemos chefes elogiando o trabalho de seus subordinados, não vemos mais pais e filhos se elogiando, amigos, etc.

Só vemos pessoas fúteis valorizando artistas, cantores, pessoas que usam a imagem para ganhar dinheiro e que, por consequência, são pessoas que têm a obrigação de cuidar do corpo e do rosto. Essa ausência de elogio tem afetado muito as famílias.

A falta de diálogo em seus lares, o excesso de orgulho impede que as pessoas digam o que sentem e levam essa carência para dentro dos consultórios. Destroem seus casamentos, e acabam procurando em outras pessoas o que não conseguem dentro de casa.

Comecemos a valorizar nossas famílias, amigos, alunos, subordinados. Vamos elogiar o bom profissional, a boa atitude, a ética, a beleza de nossos parceiros ou nossas parceiras, o comportamento de nossos filhos.

Vamos observar o que as pessoas gostam. O bom profissional, o bom filho, o bom pai ou a boa mãe, o bom amigo, a boa dona de casa. A mulher e o homem que se cuidam, enfim vivemos numa sociedade em que um precisa do outro, é impossível se viver sozinho, e os elogios são a motivação na vida de qualquer pessoa.

Quantas pessoas você poderá fazer feliz hoje elogiando de alguma forma? Então elogie alguém hoje!

Eu começo! Amigo leitor. Para mim você é muito importante, pois é você que lê os meus artigos, os critica ou elogia e me motiva a continuar a escrever. Muito obrigado por estar comigo todo este ano. Conto com vocês no próximo ano. Feliz Natal e Ano Novo!

Pense nisto e uma ótima semana!

Autor: Arthur Nogueira - psicólogo


sábado, 6 de dezembro de 2014

COMO DEFINIR METAS INTELIGENTES

Definir e escrever metas são os passos mais importantes que você deve fazer para melhorar o negócio e situações pessoais. Por isto, antes de você ler este artigo, gostaria de fazer-lhe uma pergunta: Você estaria disposto a fazer algumas mudanças para melhorar o seu negócio, carreira ou vida pessoal? Se sua resposta for “sim”, parabéns você já deu o primeiro passo para o sucesso.


Em primeiro lugar vamos entender o “porquê” metas devem ser estabelecidas e por escrito para que possamos mudar. 


Os objetivos são o seu destino 

Você já tirou férias sem saber para onde iria? Na maioria das vezes no meio das suas férias não sabe mais o que fazer e pensa até em voltar a trabalhar. Tenho certeza que só umas férias não é a coisa mais importante da sua vida, mas programá-las para ser memoráveis, vale a pena. Assumindo que você concorda comigo, então também concordará que não faz sentido gastar energia em coisas menores e colocar muita energia no que você quer da vida, escrevendo num papel e discutir o assunto com as pessoas próximas. Fazendo isso você aumentará suas chances de mudar para melhor.


Andar a deriva pode ser divertido e pode ter alguns benefícios possíveis, se feitos por um período muito breve, como num período de férias. Talvez você se conheça melhor, tenha oportunidade de "recarregar as baterias", mas fazer isto sem definição, você vai perder seu tempo e outras oportunidades. Aprender a ficar focado e "no momento" irá beneficiá-lo.

Por que é importante a definir metas?

Escrever seus fatores-chave significa:
  1. Saber o que você realmente deseja;
  2. Saber para onde você quer ir;
  3. Mapear o seu curso, por escrito;
  4. Dispor os recursos necessários para ter sucesso em toda “jornada”;
  5. Discutir seu “planejamento” com, pelo menos uma pessoa de sua confiança, de preferência que esta pessoa seja experiente em planejamento e execução. 
Estabelecimento de Metas Atividades: 

Aqui está um processo de sete etapas que você pode usar:

·   PASSO 1 - Pergunte-se: O que você quer mudar? 
Perder peso? Ganhar mais dinheiro? Fazer um novo curso? Socializar mais?

·   PASSO 2 - Trace objetivos práticos :
Seus objetivos devem estar de acordo com o que você está desejando alcançar. Se seus objetivos não são práticos (muito difícil, muito demorado, muito caro etc.), você vai parar antes de alcançá-los.

·    PASSO 3 - Dê um primeiro passo:
Se o estabelecimento de metas é novidade para você, basta pensar em coisas que você gosta ou que você faz bem. Começar por aí vai lhe dar mais segurança para criar coisas mais complexas. E não se esqueça de anotar o que estabeleceu e as coisas que conseguiu alcançar assim como as que não atingiu. Analise os motivos e reprograme seu planejamento.

·   PASSO 4 – Estime quanto tempo e recursos irão lhe dar retorno?
Lembre-se que você precisa equilibrar o retorno com os custos prováveis. Algumas metas poderiam lhe dar um retorno dentro de um ano, outras em um mês ou dois anos!

·   PASSO 5 - Priorize seus objetivos:
Você não pode fazer tudo de uma só vez. Colocá-los em uma ordem lógica, dar-lhes “uma prioridade", identificar metas devem ser feita primeiro. Identifique os mais importantes: eles podem ter o maior retorno para o esforço necessário, ou pode ser algo que você tem que fazer de imediato!

·   PASSO 6 - Descobrir datas de conclusão realista:
Escrever as datas de conclusão previstas vai reduzir a tentação de procrastinar.

·   PASSO 7 - Revise suas metas mais frequentes:
Seus objetivos vão evoluir ao longo do tempo. Você completa alguns e cria novos! Metas de alta prioridade que não se completaram, não foram bem planejadas ou você está procrastinando. Reveja e replaneje!

Tire os óculos cor de rosa. Não pense que você pode completar todos seus objetivos em um período de tempo irrealisticamente curta. Espere ter contratempos. Por outra lado, não defina seus objetivos com prazos muito longo “deixando o tempo correr” completá-los.

Não se esqueça de seus obstáculos

Depois de concluir suas atividades a fixação de metas, o próximo passo é avaliar os obstáculos que ficaram no caminho. Os analise, reveja, identifique seus erros e acertos. Eles deixam muitas lições a serem aprendidas.

Conclusões

Estas sugestões para estabelecimento de metas, provavelmente, irá ajudá-lo a obter coisas que você nunca pensou ser capaz de fazer ou possível de ser realizada. Não há limite para o que você pode conseguir. Saber o que quer, geralmente vem em primeiro lugar.

Pense nisto e tenha uma ótima semana!

segunda-feira, 1 de dezembro de 2014

VOCÊ CONHECE A VACINA ANTIPROPINA – FUTURA ISO 37001?

Segundo o Banco Mundial, mais de 1 trilhão de dólares de propinas são pagos anualmente em todo o globo. O problema da corrupção, portanto, não existe apenas no país. A mesma fonte confirma números mundiais impressionantes: até 50% das empresas pagam propinas; nos países em que o nível de corrupção é baixo os negócios crescem 3% mais rapidamente. A ONU estima que a corrupção adiciona 10% aos custos dos negócios.

Com os recentes acontecimentos, é bastante provável que o Brasil, que já havia caído do 69º. lugar em 2012 para o 77º. em 2013 entre 177 países, certamente despencará no ranking da Transparência Internacional. Dinamarca e Nova Zelândia disputam o primeiro lugar.

Estão em segundo lugar a Finlândia e a Suécia, também empatadas, seguidas de Noruega, Cingapura, Suíça, Holanda, Austrália, Canadá e Luxemburgo. Os Estados Unidos ficaram em 19º lugar. Nas Américas, Venezuela e Paraguai continuam sendo os piores, e Uruguai e Chile são vistos como os líderes em transparência. A tabela de honestidade da região tem o Uruguai no topo, com índice de 73. Em seguida, vêm Chile (71), Porto Rico (62) e Costa Rica (53), seguidos por Cuba (46), Brasil (42) e El Salvador (38).


Por outro lado, por apenas 38 francos suíços as empresas brasileiras poderão se vacinar contra a corrupção, adquirindo a norma em nível de minuta do Comitê ISO CD 37001 pela internet no endereço http://www.iso.org/iso/catalogue_detail.htm?csnumber=65034. O documento descreve um sistema de gestão antipropina que pode ser implementado por qualquer organização interessada. Sua edição final está prevista para 2016, mas no estágio atual já é possível a adoção de uma série de ações preventivas. A norma é redigida sob forma de requisitos, o que permite a certificação, fato que tem gerado controvérsias.

Implementando a citada ISO, baseada na norma britânica BS 10500, será possível reverter esse quadro, cumprindo requisitos sobre: política antipropina; comprometimento e postura da alta direção; avaliação de riscos; procedimentos compatíveis com os riscos envolvidos; monitoramento, análise crítica, auditoria interna e melhoria; comunicação interna e externa das políticas antipropina, e seu entendimento por todos os envolvidos por meio de educação, treinamento e orientação; due diligence; definição de atribuições e responsabilidades pelo cumprimento da política; poder de decisão delegado; recursos para combater a propina; política de brindes, hospitalidade e doações; procedimento dos colaboradores; controles contratuais; controles financeiros; controle de compras, incluindo a cadeia de suprimentos; controles comerciais; procedimento para denúncias; procedimentos investigatórios e disciplinares; e suborno de servidor público.

Em conclusão, podemos dizer que a promulgação recente de legislação anticorrupção punindo empresas e executivos com crescente rigor exige das empresas ações rápidas para evitar sua infringência, com todas as consequências financeiras e especialmente quanto à sua imagem e reputação. A ISO 37001 se constituirá numa ferramenta de capital importância para que as empresas estruturem seu sistema de gestão antipropina de forma a evitar danos irreparáveis aos seus negócios.


Autor: B.V.Dagnino - Administrador de Empresas, com extensão em Engenharia Econômica e Garantia da Qualidade NuclearPrimeiro Gerente Técnico da então FPNQ - http://qualidadeonline.wordpress.com/2014/11/19/brasil-devera-ser-rebaixado-no-indice-de-corrupcao/

sexta-feira, 21 de novembro de 2014

COMO É QUE SE DIZ A ALGUÉM QUE ELA CHEIRA MAL?

Uma consultora amiga minha conta que estava trabalhando numa empresa, cujo funcionário, da área financeira, tinha um odor demasiado intenso, nos dias quentes, insuportável, mas ele era um dos melhores funcionários e um “gênio” em finanças, só que não tinha o hábito de tomar banho.

Falar isso para uma pessoa não é coisa fácil nem bonita, mesmo quando toda área financeira preferia abrir a janela do que ficar perto dele, mesmo quando a temperatura lá fora estava perto dos 40 graus.

Nos dias de inverno era mais suportável, mas no verão...

O pior é que não era só a área financeira a "sofrer" com isso. Os colegas no refeitório, produção, gerência etc. foram à direção se queixar do cheiro. Claro que ninguém queria dizer-lhe nada diretamente temendo uma interpretação  descriminatória, como é moda agora em nosso país, tudo virou descriminação. Claro que não tem nada a haver com descriminação, tem a haver com o cheiro, e o jeito encontrado pela direção – que não queria perder tão valoroso colaborador – foi coloca-lo num “aquário”.


O negócio ficou pior quando um dos principais clientes disse numa reunião: “– Seu escritório cheira como um ginásio de futebol depois de uma partida!”

Como todo mundo pensa que consultor tem uma “varinha mágica”, pediram a minha amiga que sugerisse uma solução para o caso.

Fim de semana complicado. Como resolver o problema? O jeito é apelar para “São Magayver”, o santo protetor da criatividade, pois ele sempre nos ajuda a encontrar uma forma de sair destas situações e desta vez também não falhou: fazer uma série de palestras na organização, sobre Saúde e Higiene. Nela, obviamente, se abordaria a importância da higiene do próprio corpo, principalmente num país tropical.

A diretoria adorou e aprovou a sugestão e, contratados os palestrantes, em uma semana estava no ar a série de palestras...

Por incrível que pareça, o “mal cheiroso” na semana seguinte chegou de banho tomado, roupa nova, cabelos e unhas cortados...

Não há necessidade de se ofender ou magoar ninguém. Existem “meios e meios”. Neste caso, funcionou, na sua empresa talvez seja necessário que alguém mais próximo da pessoa converse com ele. Não é descriminação, é verdade e a verdade sempre vence!

Pense nisto e uma boa semana!

Visite o site do Prof.A.Marins – www.profantomarmarins.com

domingo, 16 de novembro de 2014

VOCÊ É MAIS INTELIGENTE DO QUE PENSA

Para ilustrar o texto de hoje, eu tenho um exemplo muito interessante. Uma pessoa foi ao oftalmologista. Ao final do exame, o médico retirou o seu óculos e entregou-o ao paciente. Disse: "Aqui está, pode usar". O paciente, surpreso, pegou os óculos, colocou-o. Como era de se esperar, não enxergou nada. Retrucou então: "Mas Doutor, este óculos não servem para mim". O médico, indignado, gritou: "Mas como não servem, eu o uso há vários anos e nunca tive problema algum".

Assim é a nossa educação. O mesmo enfoque é dado a todos os alunos. Porém cada aluno é um ser único, com habilidades e percepções diferentes do mundo. Garrincha era um gênio do futebol. Porém em uma sala de aula certamente não receberia a mesma denominação. Qualquer um de nós, entretanto, por mais que estude ou treine, não conseguirá chegar aos seus pés.

Como então prescrever uma receita igual para trinta alunos ou mais, que é a média de estudantes nas escolas atualmente? Alguns se sobressaem, outros vão seguindo, muitos não conseguem acompanhar os demais. Os que ficam para trás, sofrem com a redução de sua autoestima. São prejudicados e carregam, por muitos anos, os efeitos trágicos de sua crença em sua capacidade inferior.


Os professores, por sua vez, para manter a ordem, são forçados a impor a disciplina, sufocando a criatividade e direcionando os alunos para o que os livros, os pais, a sociedade e o programa escolar pedem.

O professor Howard Gardner, da universidade de Harvard, afirma em seu livro chamado "Frames of Mind", que possuímos 7 tipos de inteligência. São elas:

  • Inteligência Linguística
  • Inteligência Lógica
  • Inteligência Musical
  • Inteligência Cinestética
  • Inteligência Visual
  • Inteligência Espacial
  • Inteligência Intrapessoal
  • Inteligência Interpessoal
A educação formal privilegia a inteligência linguística e a inteligência lógica ou matemática. A inteligência linguística revela nossa capacidade de ler, de escrever e de comunicar por palavras. A inteligência lógica mede a nossa capacidade de cálculo e de raciocínio.

Muitos de nós nos surpreendemos, muitos anos após deixarmos a escola, ao constatarmos que o pior aluno da classe foi o que foi se deu melhor na vida. O primeiro da turma muitas vezes não chegou a lugar nenhum. A inteligência interpessoal, que é a capacidade que temos de nos relacionar com os demais, é tremendamente importante para o sucesso na vida. Se o primeiro da turma só sabe fazer contas é melhor se precaver.

O resultado perverso deste sistema escolar, que privilegia algumas habilidades apenas, resulta na diminuição da autoestima daqueles que não conseguem se encaixar.

Muitos saem da escola acreditando piamente em sua incapacidade de aprender. Este preconceito criado por nós mesmos nos prejudica em diversos aspectos de nossas vidas.


Uma professora conta: "Eu tive uma aluna, em um de meus cursos de inglês, que possuía uma tremenda dificuldade de aprender. A pronúncia era terrível, não conseguia se lembrar de nada, enfim, um caso perdido. Um dia, em uma de nossas aulas, ela teve uma performance brilhante. Conseguia estabelecer diálogos com frases perfeitas, a pronúncia excelente, uma total revelação. Fui observando a performance dela, muito surpreso. Perto do final da aula, cometi o erro fatal: fiz um elogio. Neste momento, ela se deu conta de que estava fazendo algo que conscientemente ela nunca poderia fazer. Falar bem o inglês. Quando ela se deu conta disto, voltou a ser como era antes, terrível."

Vejam só, este é um caso típico de alguém que construiu barreiras altas ao seu redor. Por qual razão estas barreiras foram criadas? Um curso de inglês tradicional, onde a receita única para todos não deu certo para ela? Possivelmente.

Estas barreiras não se restringem a áreas específicas. O efeito se estende para todos os aspectos de nossas vidas.

Tudo isto é absolutamente desnecessário. Todos nós, em maior ou menor grau, somos muito mais inteligentes do que pensamos. Precisamos apenas acreditar nisto. Não somos iguais. Cada um de nós é único. Possuímos habilidades que nos tornam imprescindíveis e importantes. Precisamos apenas acreditar em nosso potencial. Se a aluna tivesse, naquele momento mágico, tomado consciência de seu potencial, certamente teria resolvido o seu problema da língua inglesa (e talvez de muitos outros). Ao acreditar em suas limitações, deixou de abrir um enorme campo de oportunidades para si mesma.

Mais adiante ela relata: "Nos meus cursos de inglês instrumental, eu emprego a maior parte do tempo explicando às pessoas como o aprendizado se processa, como o nosso cérebro absorve informação, e me esforçando por restaurar a autoestima dos alunos. O aprendizado do inglês é, para muitos, uma experiência traumática. É importante para a maior parte das profissões e muitos não conseguem aprender. Por incrível que pareça, no tocante a metodologia do ensino do inglês para leitura, tudo o que é preciso ser dito, é transmitido na primeira aula. Todas as outras aulas são empregadas reforçando os conceitos e principalmente, tentando convencê-las de que são capazes de aprender qualquer coisa que queiram."

Tony Buzan, o criador do método de aprendizado chamado "Mind Mapping", ou "Mapas Mentais", afirma:

"Na escola, passei milhares de horas aprendendo matemática. Milhares de horas aprendendo linguagem e literatura. Milhares de horas em ciências, geografia, e história. Então me perguntei: quantas horas passei aprendendo como minha memória funciona? Quantas horas passei aprendendo como meus olhos funcionam? Quantas horas aprendendo como aprender? Quantas horas aprendendo como o meu cérebro funciona? Quantas horas aprendendo sobre a natureza de meu pensamento e como ele afeta meu corpo? E a resposta foi: nenhuma, nenhuma, nenhuma, nenhuma."


Para reforçar o título deste artigo, veja o que Tony Buzan tem a dizer a respeito de nosso cérebro:

"Seu cérebro constitui-se de um trilhão de células. Cada célula cerebral assemelha-se ao menor e fenomenalmente mais complexo polvo. Ele possui um centro, tem várias seções e cada seção possui muitos pontos de conexão. E cada uma dessas bilhões de células cerebrais é, muitas vezes, mais potente e sofisticada do que a maioria dos computadores atualmente existentes no planeta. Cada uma dessas células cerebrais conecta ou abraça, em um certo sentido, dezenas de milhares a centenas de milhares de outras células. E elas emitem informação nos dois sentidos. O cérebro também já foi chamado de tear encantado, o objeto mais extraordinariamente complexo e bonito que existe. E cada pessoa possui um."

Existem no mundo inteiro, diversas iniciativas bem sucedidas e comprovadas de aumento da capacidade humana de aprender. O que estas iniciativas têm em comum é um olhar interno para o ser humano, entendendo suas motivações, os fatores que nos levam a ter um melhor desempenho e tudo o que tradicionalmente não nos ensinam na escola, universidade ou onde quer que seja.

Pense nisto e uma boa semana. 

Referências:
Revolucionando o Aprendizado - Gordon Dryden e Jeannette Vos - Editora Makron
Revista Vencer, Ano III, nº 27 - http://www.vencer.com.br

segunda-feira, 10 de novembro de 2014

O QUE OS CHIMPANZÉS PODEM NOS ENSINAR SOBRE SUCESSO E FRACASSO?

As nossas posturas corporais influenciam não só a forma como as outras pessoas nos vêem, mas a maneira que nós mesmos sentimos o sucesso ou o fracasso

Todos nós queremos nos sentir poderosos. Mas existe um atalho que podemos tomar para chegar lá? Nós todos sabemos que alguns papéis são mais poderosos do que outros. Gerentes, CEOs e líderes costumam se sentir mais poderosos do que os seus funcionários ou os seus seguidores, uma vez que são os que controlam as promoções, salários, contratação e demissão de seus subordinados menos potentes.

Estudos têm mostrado que quando uma pessoa se sente poderosa ela ativa certos comportamentos e cognições. Por exemplo, apenas recordando uma experiência de poder fez com que as pessoas tomassem decisões mais frequentes, façam uma primeira oferta em negociações e assumam mais riscos.

Mas há outros fatores que influenciam o quão poderosos ou impotentes nos sentimos e, consequentemente, influenciam o nosso comportamento. Em seu livro, "Sensation: The New Science of Intelligence Física (Atria 2014)", Thalma Lobel discute vários fatores que influenciam o quão poderosos e confiantes nos sentimos e dois grandes fatores são a linguagem do corpo e as posturas corporais.


Ambos, animais e seres humanos apresentam posturas poderosas e impotentes, quer por ocupar mais espaço ou ocupando um menor espaço. Por exemplo, o baiacu bombeia água em seu estômago e triplica de tamanho para se defender contra predadores. O pássaro jay na defesa dos seus filhotes posiciona o ninho de uma forma que aumenta muito o seu corpo, com penas, asas ou cauda. Chimpanzés que desejam transmitir a sua posição dominante levantam os braços, estufam peito e levantam-se, a fim de parecerem maiores, balançam seus braços, saltam para cima e para baixo repetidamente. Ao encontrar um chimpanzé dominante, chimpanzés submissos baixam os seus corpos, contraem-se, ocupam menos espaço, e fazendo assim parecem menores e não ameaçadores, de modo a não provocar um ataque.

Isto também é verdade para os seres humanos. Indivíduos poderosos levantam-se e ocupam o máximo de espaço possível. Em contraste, uma pessoa submissa pode sentar-se com a cabeça baixa, mãos estendidas junto ao corpo e as pernas juntas como fazem as crianças abusadas e prisioneiros de guerra. Vários estudos têm mostrado que as pessoas que se sentam em poses poderosas e se expandem no espaço são percebidos pelos outros como sendo mais poderosos. É possível, no entanto, que as nossas posturas corporais influenciem não só a forma como as outras pessoas nos vêem, mas a maneira que nós mesmos sentimos?


Dana Carney e Andy Yap, da Universidade de Columbia e Amy Cuddy da Universidade de Harvard analisaram estas questões. Eles pediram a um grupo de participantes para ficarem de pé e depois sentar-se com as suas mãos estendidas sobre a mesa e as pernas separadas (uma posição de poder), e perguntou a outro grupo de participantes, o grupo de "baixa potência" para se sentar e depois ficar com a sua mãos em volta de seus corpos ou entre os joelhos, as pernas juntas, membros fechados. Os pesquisadores se basearam em vários critérios para quantificar o quão poderosos os participantes se sentiram.

Eles descobriram que aqueles que apresentaram poses de alta potência relataram sentir-se mais poderosos, predispostos a mais riscos e mais arrojados do que aqueles no grupo de baixa potência. Surpreendentemente, essa diferença foi evidenciada em um nível fisiológico também. Aqueles que assumiram posturas poderosas apresentaram aumento dos níveis de testosterona e uma diminuição do nível de cortisol. A testosterona está associada com o comportamento dominante, enquanto o cortisol é um hormônio do estresse. Pessoas que se sentem poderosas tendem a ter níveis mais baixos de cortisol do que aqueles que se sentem impotentes. Em outras palavras, simplesmente estar de pé em uma postura expandido, representam influências como o poder que sentimos e, consequentemente, como nos comportamos e também reduz o estresse.

Nossas posturas corporais influenciam não só a forma como as outras pessoas nos vêem, mas a maneira que nós mesmos nos sentimos.

Outros estudos descobriram que, quando as pessoas assumiam posturas poderosas e pensamento de forma mais abstrata, seus comportamentos estavam associados com um sentimento de poder. Curiosamente, isso aconteceu, independentemente de terem sido atribuídos um papel poderoso ou impotente. O que importava era a sua postura.

Em conjunto, estes resultados sugerem fortemente que os sentimentos e comportamentos são poderosos e relacionados com as nossas posturas corporais. Você não precisa necessariamente estar em um papel de poder para se sentir poderoso. Ter uma postura expandida irá fazer uma grande diferença para todos aqueles que desejam reforçar a sua confiança em uma variedade de situações.

Ao ajustar a sua postura, movimentos e maneirismos, você poderá não apenas transferir poder ao seus projetos, mas também aumentar o seu sentimento de confiança e eficácia. Se você está se sentindo tímido ou inseguro, em pé ou sentado, sua postura de "poder" poderá reforçar seu estado mental. Se você quiser aumentar a sua confiança em uma entrevista de emprego, quando se reunir com um novo grupo, estiver sozinho em uma festa onde você não conhece ninguém, ou antecipando uma conversa difícil com seu chefe ou com os seus colaboradores, apenas fique em uma postura ereta por alguns minutos antes de você entrar em uma sala (e, se necessário, durante a interação real). Você pode mudar a forma como você se sente sobre si mesmo, bem como o seu consequente comportamento e a forma como os outros o percebem.

Quando nossos pais ou nossos professores nos dizem para nos sentarmos em linha reta, a maioria de nós não os leva muito a sério, mas verifica-se que eles estavam certos. Sentado ou em pé em linha reta não é bom apenas para a parte de trás é bom para a alma.

Pense nisto e uma ótima semana.


Autor: Ricardo Bellino – Responsável por trazer para o Brasil a mega agência de modelos Elite Models, fundada por John Casablancas, de quem se tornou sócio aos 21 anos. Lançou no país também a famosa campanha das camisetas do câncer de mama, que engajou milhões de pessoas. Bellino é ainda autor dos livros “O Poder das Ideias”, “Sopa de Pedra”, “3 Minutos para o Sucesso”, “Midas e Sadim” e “Escola da Vida”. Este último leva o mesmo nome do seu mais novo projeto, que se dedica a levar ao público as lições e os conhecimentos adquiridos por aqueles que aprenderam na prática. Seu site: www.ricardobellino.com.br/

quarta-feira, 29 de outubro de 2014

MODELO DE FLUXO: FERRAMENTA PARA EQUILIBRAR DESAFIOS E HABILIDADES

Você já esteve tão envolvido em fazer algo que você perdeu a noção do tempo? Tudo ao seu redor - o toque de telefones, as pessoas que passam nos corredores e o ruído da rua pareciam desaparecer. Sua atenção estava voltada inteiramente para o que você estava fazendo, e estava tão envolvido que até perdeu o almoço.

Você se sentiu energizado, mesmo alegre com o que você estava fazendo.

A maioria de nós já teve essa experiência num momento ou outro. Os psicólogos chamam isso de "fluxo". Quando isso acontece esquecemos nós mesmos e seguimos em frente por instinto, completamente dedicados à tarefa diante de nós.

Neste artigo, vamos examinar em detalhes o fluxo olhando para um modelo. Vamos rever a forma como o modelo pode nos ajudar a entender por que encontramos algumas tarefas muito mais fáceis do que outras. Também vamos ver como você pode usar as idéias por trás do modelo de fluxo e o experimentar com mais frequência para produtivo.

O Modelo de Fluxo

O modelo de fluxo (ver Figura 1) foi introduzido pela primeira vez pelo psicólogo Mihaly Csikszentmihalyi. Ele escreveu sobre o processo de fluxo em seu livro "Flow:. The Psychology of Optimal Experience" em 1990, mas somente publico esta versão do modelo em 1997.


O modelo mostra os estados emocionais que estamos propensos a experimentar ao tentar completar uma tarefa, dependendo da dificuldade percebida do desafio, e nossas percepções de nossos níveis de habilidade.

Por exemplo, se a tarefa não é difícil e não requer muita habilidade, estamos propensos a sentir apatia em relação a ele. Mas diante de uma tarefa desafiadora, sem as habilidades necessárias poderia facilmente resultar em preocupação e ansiedade.

Para encontrar um equilíbrio, e para darmos o nosso melhor, temos que ter um desafio que é significativo e interessante. Além disso, nós precisamos de habilidades bem desenvolvidas para que estejamos confiantes para podemos enfrentar o desafio. Isso nos leva a uma posição em que podemos experimentar o "fluxo" (sendo totalmente envolvida e engajada na atividade).

Este estado de fluxo é frequentemente observado em pessoas que dominam os seus negócios, arte, esporte ou hobby. Eles fazem tudo o que eles estão fazendo parecer fácil, e eles estão totalmente envolvidos com ele.

10 Componentes de Fluxo

Como você sabe quando você está experimentando o fluxo? Csikszentmihalyi identificou 10 sensações que mudarão de acordo com o estado de estar no fluxo:

  1. Ter uma compreensão clara do que você deseja alcançar.
  2. Ser capaz de se concentrar por um período sustentado de tempo.
  3. Perder o sentimento de consciência de si mesmo.
  4. Constatação de que o tempo passa rapidamente.
  5. Obter um feedback direto e imediato.
  6. Experimentar um equilíbrio entre os seus níveis de habilidade, e o desafio.
  7. Ter um senso de controle pessoal sobre a situação.
  8. Sentir que a atividade é intrinsecamente gratificante.
  9. Falta de consciência das necessidades corporais.
  10. Estar completamente absorvido pela própria atividade.

Lembre-se que todos esses fatores e experiências não têm necessariamente de estar no lugar para o fluxo acontecer. Mas é provável que você experimentar muitos deles quando ocorre fluxo.

Três Condições

Csikszentmihalyi também identificou três coisas que devem estar presentes, se você quiser entrar em um estado de fluxo:

  1. Metas - Objetivos adicionar motivação e estrutura para o que você está fazendo. Se você está aprendendo uma nova peça de música ou criar uma apresentação, você deve estar trabalhando para um objetivo a experiência de fluxo.
  2. Equilíbrio - Deve haver um bom equilíbrio entre a sua habilidade percebida e o desafio percebido da tarefa. Se um destes fatores pesar mais do que o outro, o fluxo provavelmente não ira ocorrer.
  3. Comentários - Você deve ter uma visão clara, imediata, de modo que você possa fazer mudanças e melhorar o seu desempenho. Isso pode ser um feedback de outras pessoas, ou a consciência de que você está fazendo progresso com a tarefa. 
Usando o Modelo de Fluxo

Para melhorar suas chances de experimentar o fluxo, tente o seguinte:

  • Estabeleça e defina metas – É importante experimentar o fluxo. Aprender a estabelecer metas eficazes podem ajuda-lo a atingir o foco que você precisa.
  • Melhore a sua concentração - Muitas coisas podem distraí-lo de seu trabalho, e alcançar o fluxo é mais difícil quando o seu foco é interrompido. Use estratégias para melhorar a sua concentração, de modo que seja mais produtivo e focado durante todo tempo.
  • Construir autoconfiança - Se você não tem confiança em suas habilidades, as tarefas podem parecer muito mais difícil do que realmente são. 
  • Obter feedback - Lembre-se, o feedback é um requisito importante para o fluxo. Certifique-se de que os sistemas de feedback e técnicas adequadas estão em vigor. Aprender a dar e receber feedback pode ajuda-lo e os outros para melhorar.
  • Faça o seu trabalho mais desafiador - Considerar estratégias e explorar formas de criar mais satisfação no trabalho.
  • Melhore suas habilidades - Fazendo uma “análise SWOT pessoal”, pode ajuda-lo a identificar as habilidades que você precisa para trabalhar e para ser bem sucedido. Você por exemplo, desenvolver um plano para melhorar suas habilidades para a completar as tarefas mais desafiadoras.
  • Treine-se - Se você não tem um mentor ou coach para ajudá-lo através de tarefas desafiantes, aprenda a treinar-se. 
Conclusão

Fluxo é um estado que atingimos quando nossas habilidades percebidas correspondem ao desafio percebido da tarefa que estamos fazendo. Quando estamos em um estado de fluxo, parece que esquecemos o tempo. O trabalho que fazemos pode nos encher de alegria, e perdemos a noção de tempo e concentramos totalmente na tarefa. Este é o estado que estamos, quando fazemos o nosso melhor trabalho, e estamos mais produtivos.
O modelo de fluxo mostra a relação entre a complexidade de tarefas e seu nível de habilidade percebida. Você pode usar o modelo para descobrir por que você não está conseguindo atingir determinada meta ou objetivo. Ela também pode ajudá-lo a descobrir se você está precisando melhorar suas habilidades ou aumentar o desafio ou determinadas tarefas.

Pense nisto e uma boa semana.

Fontes:
CSIKSZENTMIHALYI, Mihaly, A Descoberta do Fluxo, Editora Rocco, SP
SILVA, Antomar Marins e – Gestão Estratégica de Negócios: Pensamentos e Reflexões – http://profamarins.blogspot.com
SILVA, Antomar Marins e – Sonhar é para Estrategistas, Editora Ciência Moderna, Rio de Janeiro, RJ