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terça-feira, 23 de janeiro de 2018

POKA-YOKE – EVITANDO FALHAS HUMANAS

Prof.A.Marins
Em 28 de janeiro de 1986, o Challenger Ferry sofreu um acidente fatal. Apenas 75 segundos de estar no ar, o foguete explodiu, acabando a vida de sua equipe. A comissão nomeada para investigar este evento concluiu que a causa do acidente foi a falha de um selo de borracha, que sofreu maior desgaste a baixas temperaturas.

Um "detalhe" que custou a vida de sete pessoas e que agora sabemos que poderia ter sido antecipado e evitado.

Assim como este, nas empresas há milhares de detalhes e no ambiente competitivo atual, cada erro mínimo conta. Nesta luta contínua para evitar defeitos, as empresas devem ter uma preocupação especial pela qualidade dos produtos e serviços que oferecem. O objetivo é satisfazer o cliente, gerar lucros e proteger seus funcionários. No entanto, não é apenas uma questão de impedir que os produtos defeituosos atinjam o cliente, o desafio é evitar que esses produtos sejam gerados.


Uma maneira de garantir que isso aconteça é realizar inspeções. Mas, infelizmente, estes não certificam completamente a qualidade dos produtos, a menos que 100% da produção seja revisada, o que geralmente tem um alto custo. Além disso, a inspeção não melhora o desempenho dos processos. Por esta razão, é preferível focar o controle do processo para a detecção de falhas que apresentam certa regularidade estatística, a fim de identificar onde, quando, como e o que está causando os problemas que têm o maior impacto na qualidade e produtividade.

Dr. Shigeo Shingo
O engenheiro japonês Shigeo Shingo, que ajudou a desenvolver o famoso Toyota Production System, criou e sistematizou o conceito de Controle de Qualidade Zero (ZQC: Zero Quality Control) nos anos 60. Shingo propôs que certos mecanismos e procedimentos de controle de qualidade, utilizados pelos mesmos operadores durante o processo e de baixo custo, poderiam contribuir para alcançar altos níveis de qualidade.

O objetivo deste sistema é eliminar os defeitos que ocorrem devido a erros no processo. A ideia central do ZQC ou "qualidade na fonte" é tornar cada pessoa responsável pela qualidade de seu trabalho. Desta forma, as instalações "faça isso correto da primeira vez" e "se não estiver correto, corrija-o" são incorporadasCom isso, espera-se que cada colaborador entregue produtos e serviços que atendam às especificações, além de detectar e corrigir erros. A ideia é descobrir erros que possam gerar defeitos e agir antes que isso aconteça.


POKA-YOKE é um termo japonês que significa: POKA: erro não intencional YOKE: evite. Ou seja, a expressão significa "EVITAR ERROS".

POKA YOKE é um sistema de prevenção de erros. O objetivo é projetar dispositivos e métodos de trabalho para comprovar erros. Alguns sistemas são projetados para evitar erros ao usar um produto, protegendo assim o usuário de cometer um erro (por exemplo, o plugue do cabo USB). Outros procuram evitar erros durante o processo de fabricação, relacionados à fadiga das pessoas ou à pressão ou urgência da produção.

Em um sistema à prova de erros, existem três regras básicas:
  1. Não aceite um defeito
  2. Não faça um defeito
  3. Não passe um defeito
A incorporação dos mecanismos POKA-YOKE faz parte do método JIDOKA , onde mecanismos de controle estão disponíveis para ajudar o operador a realizar autocontrole de qualidade na mesma linha de produção e onde o mesmo operador tem a responsabilidade de parar o processo de produção se detecta uma incidência.


Existem vários tipos de erros, os mais comuns são:

  • Esquecimento: devido à falta de concentração.
  • Engano: gerado por instruções mal interpretadas.
  • Erro de identificação: uma situação é identificada ou diagnosticada incorretamente, porque foi feito com muita rapidez, por exemplo.
  • Falta de experiência: novos trabalhadores são mais propensos a cometer erros.
  • Questionamentos: às vezes são cometidos erros quando se decide que é possível ignorar regras ou procedimentos estabelecidos.
  • Desconsideração: são erros que não percebemos, às vezes por distração.
  • Morosidade: quando as decisões não são feitas com rapidez suficiente, como parar uma máquina quando ela está operando mal.
  • Falta de regras / Instruções: erros são cometidos quando não há regras estabelecidas ou padrões adequados.
  • Surpresas: equipamentos ou máquinas funcionam de forma diferente do esperado.
  • Intencional: erros deliberados (sabotagem).
Para implementar a metodologia POKA YOKE durante o processo, recomenda-se que siga as seguintes etapas:

  1. Obtenha um diagrama de fluxo do processo e reveja cada passo, tentando descobrir onde e quando um erro humano pode ocorrer;
  2. Para cada erro potencial, identifique as possíveis causas. Um diagrama de Ishikawa poderia ser útil nesta etapa;
  3. Para cada erro possível, pense em como você poderia tornar sua ocorrência impossível. Considere: elimine o passo / estágio que causa o erro;
  4. Substitua o passo por um que seja "seguro";
  5. Projete uma ação corretiva muito mais fácil e menos onerosa do que um erro;
  6. Se você não pode evitar que o erro aconteça, tente descobrir maneiras de detectá-lo, o mais rápido possível e minimizar seus efeitos.
É importante que os dispositivos POKA YOKE sejam simples, de baixo custo e não exigem atenção constante do operador. Se o seu objetivo é evitar erros no uso, é conveniente incorporá-los no produto, como as luzes dos carros que alertam para a falta de gasolina ou óleo. Se eles se destinam a controlar um processo, eles devem estar localizados onde o problema ocorre.


Exemplos de dispositivos deste tipo são modelos, contadores, sensores ópticos, sinos, entre outros.

Segundo os especialistas, o POKA YOKE não é recomendado para todas as realidades produtivas, mas funciona muito bem nos seguintes casos:

  • Operações manuais para as quais o monitoramento constante pelo operador é necessário.
  • Operações em que ajustes são necessários.
  • Operações para as quais o treinamento ou treinamento teria um alto custo.
  • Trabalhos onde há uma alta taxa de mudança e, portanto, dos trabalhadores.
  • Esta abordagem atinge: tornar as pessoas diretamente responsáveis ​​pela qualidade; eliminar a rivalidade que muitas vezes existe entre inspetores de qualidade e pessoal e motiva os colaboradores, uma vez que lhes dá controle sobre seu trabalho.
A implementação de sistemas a prova de falhas ajuda a alcançar:

  • Vantagens competitivas: uma vez que a prevenção tem um custo menor do que a correção.
  • Pessoal com habilidades maiores e melhores: quando um operador entende o que significa evitar erros, ele pode detectá-los com mais facilidade e encontrar maneiras de evitá-los.
  • Redução das variações: ao eliminar uma parte significativa dos erros, ele também elimina os defeitos que causam. 
Pense nisto e tenha uma ótima semana!


Fonte: Cristian Perez Rodriguez – Gestão da Qualidade/Melhoria Contínua – http://www.rediie.com/

quarta-feira, 17 de janeiro de 2018

O QUE É UM KPI E COMO PODE AJUDAR A SUA EMPRESA

Key Performance Indicators (KPI), ou Indicadores-Chave de Desempenho (na tradução do inglês), são métricas empresariais utilizadas para avaliar fatores cruciais para o sucesso de um negócio. Esses indicadores medem o sucesso de uma empresa em atingir objetivos pré-definidos.

Os KPI’s variam de organização por organização, dependendo da prioridade ou dos critérios utilizados para analisar resultados. Por exemplo, para um comércio, os indicadores podem ser o faturamento total ou uma métrica de fidelidade da clientela, enquanto para uma organização governamental o principal indicador pode ser a taxa de desemprego.


Para que servem os KPI’s

KPI’s são aplicados a empresas para avaliar tendências e indicar um caminho de ação para o negócio. As métricas auxiliam a organização a avaliar o progresso em relação aos objetivos declarados.

KPI’s são indicadores que ajudam a empresa a avaliar os fatores cruciais para o cumprimento dos objetivos do negócio.

Para empresas, objetivos podem envolver produzir produtos ou serviços da maior qualidade possível, o que tem como consequência o lucro. Nesse caso, os KPI’s podem incluir resultados de vendas, satisfação dos clientes, percentual de clientes que retornam e o percentual de produtos devolvidos ou fabricados com defeito.


Você pode utilizar esses indicadores como uma ferramenta de gerenciamento de desempenho. KPI’s dão a toda a equipe uma visão clara do que é importante e do que precisam fazer. De posse deles, garanta que cada funcionário fará o necessário para cumprir ou exceder sua meta. Uma boa divulgação do avanço dessas métricas pode servir como um forte elemento motivacional para a sua equipe.

Como definir um KPI

Um KPI só tem valor pela ação que inspira. Com frequência, muitas empresas adotam indicadores utilizados por outras organizações e acabam se surpreendendo porque eles não trazem resultados positivos.


Um aspecto importante dos KPI’s, mas usualmente negligenciado, é que eles são uma forma de comunicação. Logo, quanto mais sucinta, clara e relevante for a informação, mais facilmente será absorvida e terá a maior probabilidade de gerar uma ação.

Para desenvolver estas métricas, a empresa deve começar com a tarefa básica de definir quais são os objetivos da organização, como pretende atingi-los e quem pode agir. Esse deve ser um processo interativo que envolve o feedback de toda a equipe.


Para serem efetivos, esses indicadores-chave devem ser quantificáveis e tangíveis. Por exemplo, a moral dos trabalhadores pode ser importante para a empresa, mas como é muito difícil de mensurar este elemento em números, ele não pode ser considerado um KPI. Da mesma forma, gerar mais retorno de clientes é um indicador pouco útil se a sua empresa não tiver como distinguir clientes novos e repetidos.

Seus indicadores são eficientes?

Uma forma de avaliar a relevância de um KPI é testá-lo com as seguintes perguntas: Seu objetivo é específico? O progresso pode ser mensurável em relação ao objetivo? A meta é realisticamente atingível? Quão relevante é o objetivo para a sua organização? Qual é o período de tempo estipulado para que o objetivo seja cumprido?

Além disso, os indicadores devem ser constantemente avaliados e reavaliados. Por exemplo, se a empresa excedeu a meta de faturamento do ano antes do previsto, cabe analisar se ela era muito baixa ou se existe outro fator que impactou no resultado.

Pense nisto e tenha uma ótima semana!


segunda-feira, 8 de janeiro de 2018

REFLEXÃO SOBRE ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO

A organização do trabalho atua precisamente para conseguir um objetivo que se define como qualidade. Organizar qualquer tipo de trabalho é tarefa para técnicos preparados e que tem como função determinar um nível qualificativo para qualquer tipo de tarefa.

Na realidade o verdadeiro motivo da organização do trabalho é para que tudo funcione como um relógio de precisão.

Se prestarmos atenção no funcionamento de um relógio, todas as peças unidas dão uma informação preciosa que resulta naquilo que precisamos para guiar-nos no tempo. Cada peça tem sua função a desenvolver-se. E depois de tudo o que realmente nos dá a indicação final são peças que estão em perfeito funcionamento interligadas entre si: os ponteiros.


Porém, a organização do trabalho depende da união de todas as peças. Os ponteiros não podem funcionar sem uma máquina precisa e esta, por sua vez, não se move sem uma fonte de energia. Isso se chama organização do trabalho; cada peça funcionando em conformidade com as demais, formando um grupo organizado e conseguindo o objetivo ao qual nos referimos: organização do trabalho.

Se um trabalho é organizado, possivelmente todos os objetivos propostos obterão aquilo o que se propuseram o objetivo final que é nada mais nada menos que cumprir todas as metas propostas por uma empresa, associação, organização, etc.


Ter organização do trabalho leva à borda da perfeição gerando confiança a todas as pessoas que fazem parte de uma organização. Organização do trabalho é simplesmente o fator preciso pelo qual uma empresa consegue todos os seus objetivos, no caso contrário, sem organização do trabalho, os objetivos longe de serem cumpridos, vagariam num limbo desorganizado e causariam todos os tipos de problemas que, na realidade, são o terror de uma organização.

Como dissemos no princípio, a organização do trabalho é uma engrenagem perfeita para realizar todos os tipos de tarefas as quais nos propomos com uma realização final mais satisfatória. A organização no trabalho é uma janela aberta para o sucesso daquilo que se dispõe a fazer. A verdadeira via, sem a qual não se realiza plenamente bem um trabalho. Quem organiza, rentabiliza; quem organiza, tem resultados satisfatórios.

Pense nisto e tenha uma ótima semana!


Fonte: Que Conceito - http://queconceito.com.br/