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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

COMO REDUZIR A PRESSÃO E O STRESS NO TRABALHO


Um retrospecto das pesquisas da ISMA realizadas em nosso país nos últimos cinco anos mostra os efeitos da pressão corporativa sobre o comportamento e a saúde dos brasileiros das mais diversas carreiras profissionais.
Apresento aqui alguns números alarmantes:
·         82% dos profissionais pesquisados apresentavam traços de ansiedade em diversos graus.
·         78% sentem-se angustiados em relação ao trabalho
·         52% momentos de agressividade em casa oriundo do stress na empresas
·         32% têm problemas gastrointestinais
Esses dados apenas ilustram o que sentimos, isto é, está cada vez mais difícil lidar com as pressões no trabalho. Não quero parecer pessimista, nem bancar o cavaleiro do apocalipse corporativo, mas, para ser bem franco, não acredito que a situação vá melhorar. Você acredita? Acho que também não. Tudo indica que, pelo menos nos próximos anos, a velocidade das mudanças continuará acelerada, a competitividade prosseguirá se intensificando e as empresas continuarão perseguindo resultados cada vez mais ambiciosos, afinal precisam sobreviver.
Agora vamos ao que é mais importante: Como suportar estas crescentes pressões no trabalho? Como enfrentar problemas e crises sem ficar tão desgastado? Como lidar com as incertezas e instabilidades do mundo atual sem se deixar dominar pela preocupação?
Infelizmente não há uma única resposta para estas questões, na verdade são várias. Mas se você me colocasse na parede e exigisse uma resposta direta e certeira ela seria a célebre frase de Dale Carnigie: “As pressões e dificuldades na vida se dissipam a luz do conhecimento”.
Uma das formas de reduzir os problemas e adversidades no ambiente de trabalho é conjugar o verbo aprender, isto mesmo, a letra “A” no começo de algumas palavras têm o sentido de negação, no caso da palavra “aprender” o resultado seria mais ou menos assim: NÃO se PRENDER a conceitos e atitudes antigas, que talvez não funcionem mais nos dias turbulentos de hoje e se PRENDER a novas formas de fazer as mesmas coisas e quem sabe o resultado venha de forma diferente.
A coisa funciona mais ou menos assim: Caso você tenha um problema com o tempo, isto é, 24 horas não são mais suficientes para você, leia o livro “Os 12 mandamentos da administração do tempo”, eu garanto que se você colocar em prática pelo menos três dos mandamentos do livro você ganha 20% a mais de produtividade.

Talvez o seu problema não seja com o tempo e sim a sua relação com o seu chefe complicado ou com os seus colegas de trabalho, neste caso faça um treinamento de gestão de conflitos, para conquistar competências de como agir assertivamente com estas pessoas.
Se você trabalha na área de vendas e o seu resultado não está bom, talvez seja hora de ler sobre como persuadir e influenciar pessoas, pois existem técnicas que podem auxiliar muito este processo.
Quer outro exemplo? Talvez você seja um líder e não está conseguindo fazer a sua equipe produzir com eficácia, leia livros de como liderar melhor, faça um treinamento, converse com líderes que conseguem resultados, veja o que eles fazem e o que você não faz.
Pressões por resultados melhores, dificuldades nos relacionamentos e instabilidade na empresa são coisas comuns hoje em dia e como falamos tendem a ficar mais intensas com esta explosão de crescimento que o nosso país está passando. A diferença entre suportar e superar tudo isto está na forma de lidar com estas questões e talvez esteja na hora de você aprender e desenvolver formas diferentes para resolver velhos problemas.
Autor: Ricardo Piovan é consultor organizacional, palestrante e diretor do Portal Fox – http://www.ricardopiovan.com.br

terça-feira, 20 de dezembro de 2011

PALAVRAS DO DONO


Discurso de Sam Walton, fundador do WAL MART, na abertura de um
programa de treinamento para seus funcionários.

Eu sou o homem que vai a um restaurante, senta-se à mesa e
pacientemente espera, enquanto o garçom faz tudo, menos o meu pedido.

Eu sou o homem que vai a uma loja e espera calado, enquanto os
vendedores terminam suas conversas particulares.

Eu sou o homem que entra num posto de gasolina e nunca toca a buzina,
mas espera pacientemente que o empregado termine a leitura do seu
jornal.

Eu sou o homem que, quando entra num estabelecimento comercial, parece
estar pedindo um favor, ansiando por um sorriso ou esperando apenas
ser notado.

Eu sou o homem que entra num banco e aguarda tranquilamente que as
recepcionistas e os caixas terminem de conversar com seus amigos, e
espera.

Eu sou o homem que explica sua desesperada e imediata necessidade de
uma peça, mas não reclama pacientemente enquanto os funcionários
trocam ideias entre si ou, simplesmente abaixam a cabeça e fingem não
me ver.

Você deve estar pensando que sou uma pessoa quieta, paciente, do tipo
que nunca cria problemas.

Engana-se.

Sabe quem eu sou???

EU SOU O CLIENTE QUE NUNCA MAIS VOLTA!!!

Divirto-me vendo milhões sendo gastos todos os anos em anúncios de
toda ordem, para levar-me de novo à sua firma.

Quando fui lá, pela primeira vez, tudo o que deviam ter feito era
apenas a pequena gentileza, tão barata, de me enviar um pouco mais de
CORTESIA".

"CLIENTES PODEM DEMITIR TODOS DE UMA EMPRESA, DO ALTO EXECUTIVO PARA BAIXO, SIMPLESMENTE GASTANDO SEU DINHEIRO EM ALGUM OUTRO LUGAR."

Nota: Wal Mart é a maior rede de varejo do mundo. 

sábado, 17 de dezembro de 2011

A INVEJA


Você tem inveja do seu colega de trabalho? Você é daqueles que costuma vasculhar as folhas de pagamento dos colegas, na ânsia de descobrir “injustiças cometidas” pelo seu chefe?

Você sente inveja quando um colega é promovido ou quando recebe um pequeno aumento salarial? Acredita que você seja um injustiçado, que seu esforço não está sendo visto?

Estão conheça a história de Álvaro, um desses funcionários insatisfeitos com o seu chefe.

 Álvaro trabalhava em uma empresa há 20 anos. Funcionário sério, dedicado, cumpridor de suas obrigações.

Um belo dia, ele foi ao diretor da empresa para fazer uma reclamação. Disse que trabalhava ali há 20 anos com toda dedicação, mas se sentia injustiçado. O Juca, que havia começado há apenas três anos, estava ganhando muito mais do que ele.

O diretor fingiu não ouvir e lhe pediu que fosse até a barraca de frutas da esquina. Ele estava pensando em oferecer frutas como sobremesa ao pessoal, após o almoço daquele dia, e queria que ele verificasse se na barraca havia abacaxi.

Álvaro não entendeu direito, mas obedeceu. Voltando, muito rápido, informou que o moço da barraca tinha abacaxi.

Quando o diretor da empresa lhe perguntou o preço ele disse que não havia perguntado. Como também não sabia responder se o rapaz tinha quantidade suficiente para atender todos os funcionários da empresa. Muito menos se ele tinha outra fruta para substituir o abacaxi, neste caso.

O diretor pediu a Álvaro que se sentasse em sua sala e chamou Juca. Deu a ele a mesma missão que dera para Álvaro:

– Estou querendo dar frutas como sobremesa ao nosso pessoal hoje. Na esquina tem uma barraca. Vá até lá e verifique se eles têm abacaxi.

Oito minutos depois Juca voltou com a seguinte resposta:

– Eles têm abacaxi e em quantidade suficiente para todo o nosso pessoal. Se o senhor preferir, têm também laranja, banana, melão e mamão. O abacaxi está a R$ 1,50 cada, a banana e o mamão a R$ 1,00 o quilo, o melão a R$ 1,20 a unidade e a laranja a R$ 20,00 o cento, já descascada.

– Como falei que a compra seria em grande quantidade, ele dará um desconto de 15%. Deixei reservado. Conforme o senhor decidir, volto lá e confirmo.

Agradecendo pelas informações, o diretor dispensou Juca. Voltou-se para Álvaro e perguntou:

– O que é mesmo que você estava querendo falar comigo antes?

Álvaro se levantou e se encaminhando para a porta, falou:
– Nada sério. Esqueça. Com sua licença.

Muitas pessoas invejam as posições alheias sem perceberem que as pessoas estão onde estão e têm o que têm porque fizeram esforços para isso.

Invejam os que têm muito dinheiro, esquecidos de que trabalharam para conseguir. Precisam dar muito duro para manter a mesma condição.

Invejam os que sobressaem nas artes, no esporte, na profissão. Esquecem-se das horas intermináveis de ensaios para dominar a arte da dramatização, da música, da impostação de voz. Não se recordam dos treinamentos exaustivos de jogadores, nem das horas de lazer que foram usadas para estudos cansativos pelos que ocupam altos cargos nas empresas.

O melhor caminho não é a inveja. É a tomada de decisão por estabelecer um objetivo e persegui-lo, até alcançá-lo, se esforçando sem cessar.

Autor desconhecido

sábado, 3 de dezembro de 2011

UM JEITO LÚDICO DE TOMAR DECISÕES

Levante a mão quem não se preocupa, nestes tempos de excesso de informações, com economia de tempo e produtividade na empresa. Nada mais comum do que executivos em busca de fórmulas mágicas que tornem suas equipes capazes de atingir um rendimento melhor. O que poucos percebem é que economizar tempo com atividades operacionais é fácil. Depende basicamente de organização. O difícil é aumentar a chamada produtividade intelectual - aquilo que poderia ajudar as pessoas a tomar decisões corretas e objetivas mais rapidamente.

Você já parou para pensar como seria produtivo avaliar uma situação dominando em nossas mentes os sentimentos e impressões de otimismo e pessimismo? Como as reuniões de trabalho seriam mais curtas se os participantes se preocupassem em tomar decisões com base num posicionamento correto e não em suas opiniões pessoais?

É aí que um clássico do mundo empresarial - e não um novo modismo - pode ajudar. Trata-se do livro Six Thinking Hats (traduzido para o português como A Técnica dos Seis Chapéus), do psicólogo americano Edward de Bono, pai do chamado pensamento lateral e um dos maiores especialistas mundiais em criatividade. Bono pesquisou o pensamento humano por mais de 40 anos. De seus estudos tirou sábias conclusões. Entre elas, a de que existem seis posturas básicas a ser consideradas quando ouvimos alguém. Todas essas posturas são igualmente importantes e, se você as considerar num mesmo processo, aumentam suas chances de tomar uma decisão acertada. (Nos trabalhos em equipe, elas podem multiplicar a capacidade de gerar resultados.)

Outra conclusão: as pessoas têm maneiras diferentes de combinar os pensamentos. Segundo Bono, é possível descobrir a maior e menor competência na maneira particular de pensar. O resultado é que podemos aprimorar um tipo de pensamento como vantagem competitiva.

Para lapidar um pensamento, devemos representá-lo como se fosse uma peça teatral. Nosso cérebro responde muito bem a esse tipo de estímulo, tornando-se capacitado para construir e reformular padrões. Para caracterizar a encenação, Bono indica o uso do chapéu como objeto símbolo. A técnica dos seis chapéus do pensamento é um recurso capaz de fazer com que você pense bem melhor, solucione de maneira adequada os seus problemas e economize tempo. Cada chapéu representa uma postura:

O branco é neutro e objetivo. Traduz fatos concretos e números. A pessoa que o utiliza busca dados e faz questionamentos sobre o assunto.

O vermelho sugere fortes emoções e intuição. Representa a visão emocional. Quem o usa é capaz de falar sobre sensações.

O preto é lógico-negativo e sombrio. Com o seu uso, você só enxerga as desvantagens do processo.

O amarelo representa o pensamento lógico-positivo. A pessoa que o coloca busca o lado bom da situação.

O verde sugere abundância e fertilidade. Seu dono é criativo e cheio de novas ideias.

O azul é frio, capaz de coordenação. Expressa capacidade de organização e controle do processo de pensar.

Como usar isso na sua empresa? Seções de brainstorming são um bom espaço para teatralizar a técnica de Bono. Inicie com o chapéu branco (real ou virtual, mas sugiro o real para que a atividade seja lúdica e, assim, mais instrutiva). Conte às pessoas como o 'ser de chapéu branco' pensa, qual sua postura diante de uma ideia ou questionamento. Durante 5 a 10 minutos, anote todas as informações que o grupo conseguir gerar usando o chapéu branco. Estimule sua equipe a produzir o maior número de pensamentos possível. Em seguida, troque para o chapéu vermelho, o amarelo, o preto, o verde e finalize com o azul. Essa é a sequencia de cores sugerida aos iniciantes.

Os resultados são surpreendentemente eficazes. As pessoas aprendem a ter disciplina na forma de pensar, separando o positivo do negativo, fatos e números de emoções. A técnica também vale para encontrar soluções e gerar novas ideias. Os ganhos mostrarão que os clássicos nunca morrem e podem ser de grande valia quando buscamos maior competitividade.

Autor: Jimmy Cygler, CEO da Proxis – Presidente da Resolve! Global Marketing – Professor do MBA da ESPM por 13 anos – Articulista da Exame – Consultor especialista em Empresas Familiares – Autor do livro “Quem mexeu na minha vida?”, da editora Campus – Jimmy@resolvenet.com.br

quarta-feira, 30 de novembro de 2011

SE ARISTÓTELES FOSSE ADMINISTRADOR DA GENERAL MOTORS

No seu famoso texto, Política, Aristóteles interrogou-se sobre a natureza básica da vida humana em sociedade. Porque é que as pessoas vivem juntas? Que se passa quando seres humanos organizam e estruturam as suas atividades com outros seres humanos em vez de tentarem viver as suas vidas sozinhos? Aristóteles estava especialmente interessado em compreender o funcionamento da polis, a cidade-estado grega da sua época; mas, mais genericamente, queria compreender algo universal. Depois de pensar durante muito tempo na polis, concluiu que “A cidade  é uma parceria para viver bem.”

Meditemos sobre estas palavras durante alguns instantes. Por vezes não pensamos na cidade como um simples aglomerado de edifícios e pessoas? Talvez até a consideremos nada mais do que, basicamente, ruas e governo. Ou talvez vejamos a cidade como uma mera aglomeração de indivíduos, famílias e grupos que trabalham, amam, compram, vendem, roubam, matam, falam, gritam e... não. Há algo mais.

Aristóteles descobriu uma harmonia ideal entre a grande diversidade em todas as cidades, definindo-a como “uma parceria para viver bem”. Viu a cidade filosoficamente como uma colaboração, uma parceria criada com um objetivo, o objetivo de viver bem. Desenvolvimento humano. Excelência humana. Este é o objetivo fundamental da existência de cidades.

Uma cidade é, obviamente, um agrupamento organizado de pessoas, se bem que complexo, uma estrutura para a vida e o trabalho humanos. Isso parece-vos familiar? Onde é que encontramos pela primeira vez um grupo organizado de pessoas? Qual é a nossa primeira estrutura natural para viver e trabalhar? Evidentemente, é a família. Assim sendo, como é que devemos pensar nas nossas famílias? Acredito que uma perspectiva devidamente aristotélica diria que a família também é uma parceria para viver bem.

Bem, nesse caso o que dizer dos vizinhos? Também são uma parceria para viver bem? Porque não? Mas paremos de pensar nisto por instantes. Recordam-se da pergunta do meu filho Matt, “O Roo sabe que é um cão?” Acredito que nesta conjuntura da história humana cada um de nós tem de perguntar: “A minha família sabe que é uma parceria para viver bem?” “Os meus vizinhos sabem que são uma parceria para viver bem?” “A minha cidade considera-se uma parceria para viver bem?” Onde constatarmos que a resposta é não, podemos ter a certeza de que teremos problemas.

Agora, estamos preparados para voltar à nossa pergunta, “O que é o negócio?” Tal como uma família, vizinhos e até uma cidade, um negócio deveria ser encarado como uma parceria para viver bem. As relações de negócios de qualquer tipo deviam ser sempre consideradas parcerias para viver bem.

Um negócio não é antes de mais um edifício, ou um grupo de edifícios, com todo o equipamento que contêm, e não é essencialmente um conjunto de estruturas ou processos estruturais para providenciar um produto ou serviço. É uma parceria de pessoas que criam de muitas formas uma vida melhor para outras, bem como para si mesmas.

Assim, as estruturas dos negócios são algumas das nossas ferramentas mais básicas para uma vida com arte. É esta a beleza do negócio. A beleza do que ele pode ser e do que deveria ser. E é esta a arte do negócio: a arte de criar estruturas dentro das quais possam prosperar parcerias, parcerias para viver bem.

Se Aristóteles fosse administrador da General Motors, todos os funcionários da empresa pensariam nela como uma enorme parceria, englobando miríades de parcerias mais pequenas, com o objetivo de viver bem. Se fosse proprietário da mercearia da esquina, incutiria em todos os empregados a mesma forma de pensar. E se vos desse conselhos, creio que esta ideia seria fulcral: imaginem-se sempre a associarem-se a outras pessoas em parcerias para viver bem. Esta verdade extremamente genérica acerca da beleza profunda do negócio pode proporcionar-nos uma perspectiva importante em muitas decisões específicas que temos de tomar. Devíamos perguntar sempre a nós mesmos se o que pensamos fazer aumentará ou diminuirá esta função crucial do negócio no âmbito do nosso domínio ou influência. Estamos construindo parcerias para viver bem?

Ao desenvolver, manter, aperfeiçoar, ampliar e melhorar estruturas empresariais, seja em que escala for, proporcionamos às pessoas meios para descobrir, desenvolver e utilizar os seus talentos inatos. Ajudamos as pessoas que trabalham connosco a crescer. Até podemos ajudá-las a tornarem-se estrelas, e superestrelas, os Michael Jordan das vendas e das exportações, da contabilidade e do apoio ao cliente. E também podemos ajudar todos os que beneficiam das nossas atividades - os nossos fornecedores, os nossos clientes e as nossas comunidades - a crescer.
O que é, então, o negócio? O negócio é a arte do crescimento. O crescimento é a essência da vida. E assim surge rapidamente a nossa resposta. O negócio é a arte da vida.

Autor: Tom Morris – Autor do livro Se Aristóteles fosse administrador da general motors : a nova alma do negócio. 1ª ed. Alfragide : Dom Quixote, 2009. 318 p. – Biblioteca Pública Regional da Madeira, Portugal. Foi professor de Filosofia na Universidade de Notre Dame nos Estados Unidos durante quinze anos. É um dos oradores motivacionais mais populares e requisitados dos EUA. É autor de vários livros e presidente  do "Morris Institute for Human Values" em Wilmington, Carolina do Norte. 

segunda-feira, 28 de novembro de 2011

INSUCESSO E RECOMEÇO

O insucesso faz parte da vida de quem se dispõe a fazer acontecer e realizar. Quem diz que nunca teve insucessos ou não cometeu erros, está mentindo ou nunca realizou atividades relevantes. Abandone o universo das lamentações, por mais que, às vezes, seja conveniente reclamar. Defina agora o teu novo caminho  e recomece a construção. Reconstruir não significa edificar o mesmo tipo de projeto, pode haver reedificação de uma nova obra. Muitas vezes, temos que varrer completamente o terreno para poder continuar nosso trabalho.

Os dias, meses ou anos dedicados à antiga construção deram a cada um de nós um tipo diferente de competência e habilidade. Avalie as lições, aprenda de fato os ensinamentos e continue a tua obra. Alguns, ao final da tempestade, sabem apenas apontar para os prejuízos, abandonando convenientemente o olhar atento da planta que agora consegue nascer e se desenvolver, pois como já diziam Almir Sater e Renato Teixeira: “É preciso amor para poder pulsar. É preciso a paz para poder sorrir. É preciso a chuva pra florir”.

Apure teu olhar para as oportunidades de novas conquistas, encontre a conexão com as coisas fundamentais que te motivam e siga seu caminho, refazendo as energias, traçando as novas estratégias para a realização dos novos planos e coloque-os em execução. Lembre-se de buscar o discernimento entre teimosia e perseverança. Para isso é de muito valor o MBS – Manual do Bom senso. Muito falado, mas infelizmente pouco usado. Costumo dizer que devido a minha formação e experiência médica, percebo que a maioria dos erros médicos estão mais relacionados à falta de bom senso do que à falta de conhecimento.

Continuamente sou questionado em minhas palestras e treinamentos sobre o que a pessoa deve fazer, se deve ou não continuar tentando. Respondo prontamente “não, ela não deve continuar tentando. Ela deve sim continuar realizando”. Se ainda não obteve o resultado desejado, avalie, estude, aprimore e decida qual o melhor caminho a seguir. Se dará certo? Pode ser que sim ou pode ser que não. A única certeza é que duvidando da sua capacidade de realização, com certeza você está contribuindo e muito para o seu insucesso. Realmente não gosto de falar de fracasso, pois para mim só existe fracasso quando desistimos ou não aprendemos nada. Você pode então responder que o preço dessa lição foi muito alto, pagou muito caro. Sendo assim, cuide com mais carinho dessa lição, pois ela deve ser muito importante e preciosa. Ontem, em uma conserva com meu querido amigo Ozires Silva, fundador da Embraer, ouvi um comentário muito especial: “Quando se trata de duas pessoas, o melhor caminho nunca será uma reta, pois dessa forma haverá colisão. Acabamos por dar voltas até chegar aonde queremos e desejamos estar. Não raro, um obstáculo na estrada vem acompanhado de uma placa de sinalização indicando desvio e, assim uma nova opção de caminho. Muitas vezes, certos atalhos nos levam de encontro a certos compromissos que não cumpriríamos caso insistíssemos na trajetória anterior e, nessas horas temos a sensação de que de fato existe algo maior, algo superior”.

Digo mais:

Quando você absorve o insucesso de hoje já começa a trabalhar pelo êxito de amanhã. Chamamos isso de resiliência.

A melhor forma de recuperar o tempo perdido é não perder mais tempo.

Abandone o olhar dos escombros e desenvolva a visão do novo projeto.

Sem visão não há esperança e sem esperança não há poder de realização.

Comece agora a tua nova jornada com empenho, dedicação e amor.

Autor:  Dr. Jô FurlanMédico; professor e pesquisador na área de Neurociência do Comportamento; Autor da Teoria da Inteligência Comportamental Humana – “Inteligência do Sucesso” e da Teoria da Liderança Comportamental; Conferencista internacional;Especialista em Desenvolvimento Comportamental; Autor do Programa Internacional de Desenvolvimento de Liderança Comportamental. Foi Professor Convidado do Curso de Especialização em Medicina Comportamental da Universidade Federal de São Paulo.

sexta-feira, 25 de novembro de 2011

A QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO

A qualidade de vida no trabalho é uma ferramenta da Administração que demonstra a preocupação da busca pela satisfação do funcionário no ambiente laboral. Esta ferramenta reflete a evolução da alta administração e resulta em vários pontos positivos tanto para a empresa quanto para as relações humanas.

Uma das maiores preocupações é promover o bem estar dentro da organização, realizando trabalhos que desperte a motivação dos funcionários para com a organização.

E este trabalho vai muito além da promoção da qualidade de vida no trabalho, projetos com esta finalidade aumenta a produtividade, pois os colaboradores trabalham com maior empenho e aumenta o interesse dos envolvidos visto que é trabalhada com o fator motivação, isto sem falar na satisfação.

Com tantos pontos positivos, a qualidade de vida no trabalho, reflete não somente no ambiente interno, ela dissipa até mesmo aos consumidores, partindo do ponto que funcionários satisfeitos, motivados e reconhecidos, cumprem as suas tarefas com mais eficácia e com maior atenção ao público externo.

De acordo com os autores Walton (1973) e Fernandes (1996), a qualidade de vida no trabalho são apresentadas em várias categorias conceituais, conheçam algumas:

  • Compensação justa e adequada: justiça na compensação e na partilha dos ganhos referentes a produtividade;
  • Condições de trabalho: jornada de trabalho adequada, ambiente físico seguro e saudável, ausência de insalubridade;
  • Uso e desenvolvimento de capacidades: autonomia;
  • Oportunidades de crescimento e segurança: possibilidade de carreira, crescimento pessoal, perspectiva de avanço salarial e segurança de emprego;
  • Integração social na organização: ausência de preconceitos, igualdade, mobilidade, relacionamento, senso comunitário;
  • Constitucionalismo: direitos de proteção ao trabalhador, privacidade pessoal, liberdade de expressão, tratamento imparcial, direitos trabalhistas;
  • O trabalho e o espaço total da vida: papel balanceado no trabalho, estabilidade de horários, poucas mudanças geográficas, tempo para lazer da família;
  • Relevância social do trabalho na vida: imagem da empresa, responsabilidade social da empresa, responsabilidade pelos produtos, práticas de emprego.

Promover a Qualidade de Vida no Trabalho é muito mais que uma estratégia da alta administração, é valorizar o ser humano como parte da empresa, sendo este, parte primordial para o sucesso organizacional!

Autora: Paula Sandra - Bacharelando em Administração de Empresas, Funcesi - é oficial administrativo do Sindicato Metabase/Itabira e criadora do projeto ”Café com o Jurídico” – paulasandra@viacomercial.com.br

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

VOCÊ NOS RECOMENDARIA A UM AMIGO?

Egresso da Universidade de Harvard, Fred Reichheld é considerado um dos melhores consultores do mundo quando o assunto é a busca de resultados superiores através de melhorias na lealdade de clientes, funcionários e sócios. Reichheld é autor de diversos livros, entre eles A pergunta definitiva – Você nos recomendaria a um amigo (Ed. Campus Elsevier), de onde empresto o título para desenvolver este artigo.

No último encontro da Comunidade Small Giants Brasil, foi abordado o mandamento Atendimento. E não é possível falarmos sobre atendimento sem mencionarmos esse livro e autor.

Reichheld vê na satisfação do cliente a chave para o crescimento com rentabilidade. Baseado nesse princípio, o autor criou o Net Promoter Score (NPS), ou Índice Net Promoter, que mede o grau de satisfação do cliente através de apenas uma pergunta: “Qual é a probabilidade de você recomendar esta empresa a um amigo ou colega?”. O autor explica que as respostas – notas que vão de 0 a 10 – dividem os clientes em três grupos:

  • Os detratores, que atribuem à empresa notas iguais ou inferiores a 6.
  • Os neutros, que avaliam a organização como 7 ou 8.
  • Os promotores, que visualizam a empresa como 9 ou 10.

10 e 9: Promotores – 8 e 7: Neutros – 6 a 0: Detratores

Para extrair o NPS da empresa, basta diminuir o número de Promotores (P) dos detratores (D). NPS = P – D

Caso a empresa esteja interessada em levantar não só números, mas também pontos fortes e fracos, ele sugere acrescentar mais uma pergunta à principal: “Em segundo lugar, qual é o motivo mais importante para a nota que você atribuiu?”. Com isso, mensure o resultado de cada experiência, visando detectar o que falta para o cliente identificar-se com a marca.

Agrupar os clientes nesses três grupos faz do NPS um esquema simples e intuitivo, capaz de ser entendido por gerentes comerciais e vendedores de qualquer empresa. “O mais importante é que esse esquema pode ser seguido. Os gerentes da linha de frente compreendem a ideia de aumentar o número de promotores e reduzir o de detratores mais rapidamente que entender que precisam ‘aumentar o índice de satisfação do cliente em um desvio padrão”, explica o autor. A partir daí, os esforços da empresa devem ser canalizados para transformar os clientes em promotores, enquanto diminuem os detratores. “Os detratores não aparecem no balanço de uma empresa, mas custam muito mais do que a maioria dos passivos que os métodos tradicionais de contabilidade auferem cuidadosamente. Os clientes que se sentem ignorados ou maltratados encontram maneiras de se 'vingar', pois aumentam os custos com atendimento ao reportarem inúmeros problemas, desmotivam o pessoal da linha de frente com suas queixas e exigências, queixam-se a amigos, parentes, colegas, conhecidos – qualquer um que os ouça, o que muitas vezes inclui jornalistas, autoridades regulatórias e legisladores. Os detratores mancham a imagem da empresa e reduzem sua habilidade de atrair os melhores empregados e clientes”, garante Reichheld.

Faça seu NPS

Passo 1 – Caso você possua uma pesquisa de satisfação em sua empresa, inclua a pergunta “Em uma escala de 0 a 10, que nota você daria para nosso produto/serviço?”.

  • Se a nota for de 0 a 6, questione: “Qual é o motivo dessa nota?”.
  • Caso seja 7 ou 8, peça a seguinte sugestão: “Que dicas você daria para que pudéssemos atingir a nota 10?”.
  • Se for 9 ou 10, pergunte: “Que abordagem você utilizaria para indicar nosso produto/serviço para seu amigo?”.

Passo 2 – Para descobrir o índice de satisfação dos seus clientes, pegue a porcentagem de clientes promotores da pesquisa que você realizou e diminua pela de detratores. O resultado é o índice NPS da sua companhia.

Passo 3 – Como interpretar o índice? O Índice Net Promoter ideal para qualquer companhia, seja ela pequena, média ou grande, é o mais próximo de cem. Mas, se o NPS da sua organização não passou de 50, não se desespere. O importante é melhorar esse índice gradativamente. Como? Escutando as sugestões e dicas dos seus clientes.

Passo 4 – Agora que você tem o índice NPS em mãos, promova ações para corrigir as deficiências ou melhorar as qualidades da empresa.

  • Escolha uma ou duas ideias sugeridas pelos clientes.
  • Envolva sua equipe no desenvolvimento da ideia.
  • Desenvolva métodos para medir o sucesso da iniciativa – o que é muito importante.
  • Coloque-a em ação. Caso o NPS aumente no mês seguinte, isso quer dizer que você vem tomando as medidas necessárias junto ao seu cliente, mas não significa que você pode se acomodar na zona de conforto. Lembre-se de que a análise deve ser constante.
Autor: Júlio Clebsch, Editor da revista Liderança - www.lideraonline.com.br
P.S.: este texto é uma edição da matéria Você nos recomendaria a um amigo?, publicado na revista Liderança deste mês. 

domingo, 13 de novembro de 2011

SEXUALIDADE E PRODUTIVIDADE

O mundo corporativo cada vez mais se empenha em promover treinamentos nas áreas de motivação, vendas, liderança, gestão. O objetivo é de melhor preparar seus colaboradores e com isso aumentar a produção e também as vendas. Que tais treinamentos são úteis e necessários à formação de uma boa equipe não restam dúvidas. Todavia, com um olhar focado em minha especialidade, a Sexualidade Humana, pergunto: - “Será que um colaborador exemplar, um gerente ‘nota dez’, ou um excelente líder de empresa, consegue evitar queda nos resultados quando enfrenta dificuldades no campo afetivo/sexual?”

Todos os dias no consultório, me deparo com pessoas que apresentam intenso sofrimento psíquico e emocional. Referindo-se ao trabalho, o que ouço desde a dona de casa ao presidente da grande empresa, passando pelo advogado, pelo médico, pelo gerente, pelo profissional do RH, até o pessoal da linha de produção, é: – “Por causa desse problema, não tô conseguindo trabalhar direito”...  -“Penso nisso o dia todo”... -“Não consigo me concentrar, por isso já faltei várias vezes”

Como apresentar bons resultados na empresa quando fantasmas como ejaculação precoce, disfunção erétil (impotência), falta de desejo, falta de orgasmo, entre outras disfunções sexuais dominam a mente? Como conviver com o medo de perder o parceiro, de ser traído, medo da separação... e ainda apresentar rendimento satisfatório no trabalho? Como explicar ao seu líder a real causa do problema? E o constrangimento? Muitas vezes, a pessoa fica tão perdida que é necessário afastamento. Resultado: prejuízo para o colaborador, prejuízo para a empresa!

Já atendi pessoas que, antes de chegarem até mim, haviam procurado especialistas de outras áreas simplesmente porque não sabiam que tipo especialista buscar para resolver “esse” tipo de problema. Uma vez, atendi um importante funcionário de uma grande empresa petrolífera. Na mesma semana em que teve, consecutivamente, três falhas de ereção, calculou erroneamente um projeto, quatro vezes. Mera coincidência?

A sexualidade está diretamente ligada à qualidade de vida e não pode ser deixada de lado. Quando um colaborador ou uma colaboradora apresenta algum tipo de disfunção sexual, sua vida se paralisa, sua autoestima cai, seu humor com os colegas se modifica e para a depressão, muitas vezes, é só uma questão de tempo.

Emoção gera motivação! Como é o seu dia de trabalho depois de uma boa “transa”? A vida sexual e afetiva interfere diretamente na emoção das pessoas e, consequentemente, na motivação para trabalho.  O que há por atrás de números e máquinas? Um dirigente que visa real aumento de produtividade precisa lembrar-se que, desde a produção até o consumo, estão... pessoas! Elas fazem a diferença entre sucesso e fracasso! Não se pode atribuir mais valor ao operacional que ao pessoal!

Investir em projetos de esclarecimento sobre a importância do sexo na vida das pessoas, apresentar dúvidas comuns, apontar causas e esclarecer sobre as possibilidades de tratamentos para as principais queixas sexuais é muito importante! Com questões sexuais resolvidas e com a vida pessoal suficientemente boa, é muito mais fácil se concentrar, assimilar cursos, treinamentos, workshops... Aí sim, dá para voltar a pensar em objetivos, metas, missão, gestão, ou seja, produtividade!
  
O trabalho é importante e necessário à vida das pessoas. A sexualidade, anteriormente à descoberta do prazer, já estava diretamente relacionada à preservação da espécie humana. Assim, por mais competente que seu colaborador seja, se ele não estiver afetiva e sexualmente feliz, seu instinto falará mais alto. Ele se esforçará para voltar a ser competente - no sexo – em primeiro lugar! Depois que o problema estiver resolvido vai voltar a pensar no trabalho! Conclusão: Sexualidade e produtividade caminham juntas! O desequilíbrio da primeira influencia diretamente no resultado da segunda!  Empresário, você produz mais quando sua vida sexual vai bem? Então, o que te faz acreditar que com os colaboradores de sua empresa é diferente? Pense nisso.

Abraços! Até a próxima!

Autora: Elisangela Pereira – Palestrante Comportamental - Psicóloga pela Universidade Federal de Juiz de Fora/MG; Especialista em Sexualidade Humana pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro; Membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH); Formação em Psicoterapia de Família e Casal; extensão em Coaching Pratictioner e Psicoterapia de Crise – http://www.institutoprogredir.com.br/

quinta-feira, 10 de novembro de 2011

PORQUE DESISTIR DE ACREDITAR?

A cantora Adriana Calcanhoto interpreta uma linda composição de Edu Lobo e Chico Buarque chamada "Ciranda da Bailarina". Você já ouviu essa canção? Depois de ouvir a música inúmeras vezes passei a refletir no quanto as pessoas são diferentes e algumas, abandonam a ação de confiar em si. Negam tentar algo novo, porque o medo de falhar estará refletindo em fracasso. Nos tópicos a seguir, observe como não desistir de acreditar em você. Perceba que são poucas as coisas que se aprende na vida, sem que se erre pelo menos uma vez.

Superar a zona de conforto - Quando uma pessoa não quer fazer uma atividade, qualquer desculpa serve. O detalhe é que as repetitivas justificativas têm um modo estranho de se transformar em realidade. São pessoas que observam seu reflexo no espelho logo cedo e, ao contrário de um sorriso feliz, em comemorar mais um dia saudável de vida, despejam uma tormenta de energia negativa com reclamações, desavenças e descontentamentos. O que seria de uma bailarina, se as dores musculares justificassem parar de dançar? Superar a zona de conforto é uma importante ação para compreender a diferença entre falhar e ser um fracasso. Admita que talvez, você não tenha feito o melhor possível e para sentir o gostinho de uma vitória, será necessário aplicar um esforço a mais.

Alterar o estereótipo de perfeição - Há no sistema nervoso humano, uma substância conhecida como Neuropeptídeo (NPY), que faz a comunicação entre os neurônios e afetam a maneira como observamos as reações ao nosso redor. Quanto menor a quantidade da substância NPY, mais pessimista se torna o ser humano. A bailarina na canção é um estereótipo de perfeição, sem problemas, dores, tristezas e cicatrizes no coração. Mas quem não os tem? Na vida, algumas pessoas aprendem a mudar pela dor e outras por amor. Não se negue a oportunidade de compreender suas fraquezas e procure perceber, o que parece o fim pode ser o começo de uma grande transformação na sua vida.

Não deixe a cortina do palco da vida fechar - A capacidade de acreditar é abalada com expressões do tipo: "Você não vai conseguir! Outras pessoas já tentaram e não conseguiram! Desista, isso não vai dar certo!" Há obstáculos que depois de superados tornam-se verdadeiras lições, de aprendizagem e estímulos que influenciam nosso comportamento, a maneira de viver e contribuem para uma nova direção. O momento mágico da bailarina é quando a cortina do palco abre e ela demonstra toda competência, brilho e encanto. Não permita cair em armadilhas geradas pelo pessimismo e mau humor. Não deixe a cortina do palco da sua vida ser fechada para as oportunidades que estão a sua volta. Ninguém mais do que você, possui a capacidade encantadora de mudar.

A letra da música "Ciranda da Bailarina" diz: "Sala sem mobília, goteira na vasilha, problema na família, quem não tem, procurando bem, todo mundo tem". Incertezas, receios, adversidades e desconfianças fazem parte do ser humano. O interessante é perceber que algumas pessoas direcionam seus olhares para os erros, outros para a possibilidade de melhorar continuamente. Não permita que as pessoas a sua volta, tenham a capacidade de destruir sua autoestima e, paralisar sua vontade de acreditar na força de superação. Você pode e merece ser feliz. Lembre-se que na vida, não há aviso prévio como no ambiente profissional e o momento de acreditar, mais em você, não é amanhã, mas já.

Autor: Dalmir Santana – Mestrando em Administração de Empresas, Pós-graduado em Gestão de Pessoas, Bacharel Comunicação Social e Mágico profissional. Autor do livro "Menos pode ser Mais" (3ª edição, editora Odorizzi), Visite o site:www.dalmir.com.br

sábado, 5 de novembro de 2011

E AGORA: O QUE EU FAÇO PRIMEIRO?

Na busca pela competitividade, pode-se destacar a gestão da qualidade como um fator decisivo na sobrevivência das organizações. Hoje as atividades relacionadas com a qualidade são consideradas essenciais para o sucesso estratégico. A qualidade está associada à percepção de excelência nos serviços, por isso é necessário uma gestão com base em fatos e dados que possam analisar e solucionar os problemas existentes. Dentro do universo da gestão da qualidade, uma das metodologias utilizadas para auxiliar os gestores na identificação dos problemas é o Método de Análise e Solução de Problemas (MASP) e uma das técnicas de priorização utilizadas em diagnósticos estratégicos é a matriz GUT.

A matriz GUT é uma forma de se tratar problemas com o objetivo de priorizá-los. Leva em conta a Gravidade, a Urgência e a Tendência de cada problema. Esta ferramenta tem aplicabilidade quando se dispõe de uma lista de atividades a realizar e ela já está bastante completa. Caso não se tenha uma visão ampla do que se deve realizar ou dos problemas que se deve enfrentar, esta ferramenta perde muito do seu potencial. Ela deve ser usada, preferencialmente, para estabelecer prioridades de agenda, respondendo à pergunta: Por onde devo começar? Se não houver uma priorização adequada das atividades, as mesmas serão orientadas geralmente pela URGÊNCIA e isso pode se constituir numa grave falha de planejamento. Esta ferramenta possibilita que se forme uma visão ampla do que precisa ser realizado e oriente a sua ação. É difícil fazer tudo aquilo que se quer fazer, portanto deve-se escolher aquilo que se pode fazer e sem o método GUT ou outro semelhante seremos arrebatados pelo turbilhão dos afazeres.

GUT é uma ferramenta usada para definir prioridades às diversas alternativas de ação. Esta ferramenta responde racionalmente às questões:

 O que devemos fazer primeiro?
 Por onde devemos começar?

Para responder a tais questões a ferramenta GUT leva em consideração os seguintes critérios e pontuação:

Gravidade

Ou seja, a intensidade, profundidade dos danos que o problema pode causar se não atuar sobre ele, o impacto do problema sobre coisas, pessoas, resultados, processos ou organizações e efeitos que surgirão em longo prazo, caso o problema não seja resolvido.

1.    Dano mínimo
2.    Dano leve
3.    Dano regular
4.    Dano grande
5.    Dano gravíssimo

Urgência

Relação com o tempo para a eclosão dos danos ou resultados indesejáveis se não atuar sobre o problema, ou seja, o tempo disponível ou necessário para resolver o problema.

  1. Longuíssimo prazo (dois ou mais meses)
  2. Longo prazo (um mês)
  3. Prazo médio (uma quinzena)
  4. Curto prazo (uma semana)
  5. Imediatamente (está ocorrendo)
Tendência

O desenvolvimento que o problema terá na ausência de ação; qual o potencial de crescimento do problema, avaliação da tendência de crescimento, redução ou desaparecimento do problema.

  • Desaparece
  • Reduz-se ligeiramente
  • Permanece
  • Aumenta
  • Piora muito
A pontuação de 1 a 5, para cada dimensão da matriz, permite classificar em ordem decrescente de pontos os problemas a serem atacados na melhoria do processo.
Este tipo de análise deve ser feito pelo grupo de melhoria com colaboradores do processo, de forma a estabelecer a melhor priorização dos problemas. Lembrando que deve haver consenso entre os membros do grupo.

Depois de atribuída a pontuação, deve-se multiplicar G x U x T e achar o resultado, priorizando de acordo com os pontos obtidos.

A ferramenta requer o uso de um formulário que consta de 5 colunas:

  • Problema: denominação resumida da atividade, do problema ou desafio a enfrentar.
  • Gravidade: coluna destinada a receber a avaliação e pontuação quanto à gravidade.
  • Urgência: coluna destinada a receber a avaliação e pontuação quanto à urgência da atividade.
  • Tendência: coluna destinada a receber a avaliação e pontuação quanto à tendência do problema.
  • GUT: coluna que contém o produto das avaliações G, U e T.
Recomenda-se que nas colunas Gravidade, Urgência e Tendência se faça a pontuação, mas que a mesma seja justificada. Atuando desta forma, a atribuição da nota é mais transparente.

Autor: João de Araújo Prado Neto - Professor de pós-graduação em gestão industrial farmacêutica na Faculdades Oswaldo Cruz - Quality Assurance Specialist na Apsen
Referência: MEIRELES, M. - Ferramentas Administrativas – MASP. Processos Decisórios.