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domingo, 29 de setembro de 2019

USE O DIAGRAMA DE KANO E ENCANTE SEU CLIENTE


Atender o desejo do cliente é o que 100 a cada 100 empresas procuram em seus produtos, afinal o cliente é quem manda e compra. O cliente, conhecido como consumidor final, é o centro das atenções de qualquer empresa, tudo é feito pensando nele e para atender as necessidades dele. Pensando nisso foi desenvolvido o Diagrama de Kano, também conhecido como Analise de Kano, é um método de desenvolvimento e melhoria de produtos que tem como base a opinião das necessidades do cliente, sejam elas verbalizadas ou não.

O método foi desenvolvido na década de 80 pelo professor e consultor na área de gestão da qualidade, o japonês Noriaki Kano, para ajudar os desenvolvedores de produtos a transformar as informações obtidas pelas pesquisas e centrais de atendimento em melhorias reais, visando buscar uma forma de não apenas satisfazer o cliente, mas também superar as suas expectativas, criando assim um grande entusiasmo do cliente.


Conforme o diagrama de Kano, os quesitos de um produto especificado pelo cliente podem ser classificados em três formas (Esperados, Explícitos e Repentino):
  • Requisitos esperados ou obrigatórios –  são aqueles onde o consumidor espera encontrar no tal produto;
  • Requisitos explícitos – são aqueles que o cliente demonstra, são os requisitos que o cliente diz que deseja no produto;
  • Requisitos repentinos – são aqueles que o cliente não espera, algo que pode surpreendê-lo.
O diagrama de Kano é amplamente difundido e utilizado devido a sua execução que consome pouco tempo da equipe, mas tem uma enorme recompensa quando bem aplicado. Já que ele garante que nenhum Must Be (deve ser) característico seja esquecido e também acaba por avaliar se algum Delighters (encantar) pode ser identificado e fornecido com pouco ou nenhum impacto ou custo em performance.


Mas o diagrama de Kano não deve ser discutido com os clientes, e sim ser usado para ajudar a equipe de desenvolvimento a definir um conceito melhor do valor. Um dos maiores exemplos utilizados para ilustrar o benefício do diagrama é o porta-copos em automóveis, que passou de um objeto desejado pelos clientes, a um diferencial e por fim se tornaram um item de imprescindível e usual.

O método é amplamente utilizado em funções diversas como características físicas e design de um produto, fatores humanos em atendimentos, níveis de desempenhos de serviço, interface e modos de operações e todo tipo de conceito que deva ser apresentado ao público em geral. Hoje esse tipo de serviço é o diferencial em uma empresa e um fator de imensa preocupação. Ele pode ser observado pelo cliente, e acaba servindo como um fator de decisão de compra o tornando fiel a marca, as marcas que mais utilizam esse método são as de produtos de beleza.

Pense nisto e tenha uma ótima semana!

Autor: Rafael Queiroz – https://www.coladaweb.com

segunda-feira, 16 de setembro de 2019

IMPORTÂNCIA DO MARKETING NAS ORGANIZAÇÕES


A partir do momento em que o mercado deixa de ser do vendedor e passa a ser do comprador, pode-se dizer que a crise chegou a muitas empresas mal estruturadas e mal administradas. Para superá-la e transformar problemas em oportunidades, é necessário desenvolver um marketing básico, verdadeiro, adaptado às necessidades tupiniquins. Justamente porque o marketing pode se tornar um dos instrumentos mais importantes para a tomada de decisões, pois fornece informações vitais para tais decisões.

Uma estratégia de marketing adotada para pequenas empresas é diferente daquelas normalmente usadas pelas grandes organizações, pois “uma pequena empresa não pode ser encarada como tendo dimensão menor” do que uma grande empresa, ela realmente tem personalidade própria e peculiar. A peculiaridade existente nas pequenas empresas em relação às grandes está nos recursos humanos, que são considerados como seu maior ativo, porém trata-se de um aspecto contraditório pela deficiência da qualificação dos dirigentes, além de haver carência de informações de tecnologia e de mercado.


Por isso, o grau de sucesso das pequenas empresas depende em larga escala da habilidade de seus dirigentes em saberem aproveitar as vantagens naturais que essas condições lhes oferecem. As condições que concorrem para criar vantagens naturais das pequenas empresas em relação às grandes são as seguintes:

  • A distância entre produtor e consumidor final: Nas grandes empresas dificilmente os empresários conhecem uma parcela dos consumidores, mesmo ela sendo pequena; ao passo que os pequenos empresários têm a possibilidade de conhecer pessoalmente os seus clientes e negociar diretamente com eles.
  • Cobertura geográfica do mercado: Já que para a pequena empresa fica limitada a sua área de influência, o seu mercado territorialmente fica reduzido, adequado à sua capacidade de atendimento aos clientes. Quanto à distribuição física e financeira, será compensada com a redução nos custos de transporte e de vendas, principalmente de vendas, pois os custos de transporte poderão correr por conta do cliente.
  • Rapidez na tomada de decisões: O pequeno empresário normalmente acumula os cargos importantes da empresa, por isso conhece bem os seus produtos e tem contato com o cliente, o que é altamente positivo para poder negociar com o proprietário.

Considerando que as empresas são mais flexíveis e versáteis e que se o pequeno empresário estiver alerta em relação às reações do mercado e às ações da concorrência, tendo agilidade, poderá decidir mais rapidamente quanto aos preços, prazos de entrega, alterações na produção, atendimento de reclamações, etc. A agilidade em questão deve ser compreendida no aspecto de que o pequeno empresário, em geral, é o proprietário.


Por estar gerindo os seus negócios, o proprietário pode decidir a qualquer momento algum tipo de problema, acertando ou errando, mas isso é possível. Em contrapartida, nas grandes empresas provavelmente processarão algumas consultas à hierarquia superior e conforme a gravidade do problema poderá ser discutida em reunião, o que demandaria maior tempo para uma solução.

Pense nisto e tenha uma ótima semana!

Fonte: Portal Educação - www.portaleducacao.com.br

quarta-feira, 11 de setembro de 2019

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO PARA O SUCESSO DA SUA EMPRESA


Você pode ter um excelente produto ou serviço a oferecer e um enorme mercado em potencial para explorar, mas se não consegue manter a casa arrumada, é bastante provável que, infelizmente, esses fatores não determinem o crescimento do negócio. Nesse cenário, destaca-se o papel da gestão — seja ela financeira, de qualidade, de pessoas ou geral —, que sempre aponta para o caminho mais adequado. Quer saber mais sobre a importância da gestão para o sucesso da sua empresa? Então acompanhe:

Sua relevância

A gestão de uma empresa pode ser definida como o reflexo de seu alto escalão, ou seja, o negócio inevitavelmente ganha a cara e a forma de seus empreendedores, tanto nas questões de cultura organizacional e valores, como na hora de tomar as decisões do dia a dia. Por isso, é por meio do perfil da gestão de uma empresa que se consegue entender melhor quais os rumos ela seguirá.


Quando bem definida e executada, a gestão empresarial desempenha um papel de extrema importância nas empresas, garantindo que processos sejam devidamente definidos para manter a rotina bem organizada, identificar possíveis ameaças e oportunidades, buscar diferenciais de atuação mercadológica, estabelecer metas, investimentos e, claro, a tão desejada liderança.

Nesse cenário, a gestão empresarial também tem o papel de definir os rumos do negócio com base na análise dos dados e das informações geradas. E é por isso que o modelo aplicado faz tanta diferença para os resultados do negócio.

Seus benefícios

Uma boa gestão inevitavelmente gera resultados eficazes em todas as esferas do negócio, a começar pela produtividade dos colaboradores, que é estimulada por meio de uma liderança altamente qualificada. Vale lembrar que o gestor também tem como função acompanhar equipes e identificar adequações — tanto processuais como de função — que favoreçam os resultados do negócio. Ou seja, por meio do acompanhamento das atividades desenvolvidas, a gestão de uma empresa consegue identificar e redefinir papéis e modelos de execução que tendem a prosperar e gerar mais resultados.


Com isso, também é possível adequar, no decorrer do ano, o planejamento estratégico, definindo-o com base nos resultados gerados, o que gera maior competitividade, uma vez que os ajustes são realizados em tempo real, conforme o retorno obtido com as ações implementadas. Isso, por sua vez, minimiza os riscos do negócio e sua vulnerabilidade de mercado.

Uma boa gestão também contribui para que as finanças da empresa se mantenham suficientemente organizadas. Assim, as decisões são tomadas considerando-se a redução de custos e a otimização de resultados. Uma vez que a função de um gestor engloba maximizar o retorno dos negócios, controles mais rigorosos são implementados para poupar desperdícios de recursos, tanto financeiros quanto de pessoas.

Seus modelos

O modelo de gestão tende a variar de uma empresa para outra, afinal, cada uma possui objetivos diferentes de trabalho e, consequentemente, processos distintos que conduzam aos resultados esperados. Assim, para executar a gestão com maestria e garantir o crescimento dos negócios, são necessárias habilidades analíticas para que se tome decisões cada vez mais certeiras.


Lembrando que a boa gestão de empresas engloba três pilares: planejamento, processos e pessoas. Por isso, para que sua empresa prospere, é necessário que você, enquanto gestor, consiga aliar esses fatores essenciais aos objetivos do negócio como um todo.

Como fazer uma boa gestão?

Uma boa gestão de sua empresa envolve diversos aspectos. Ela já começa no processo de montagem da empresa. Nenhuma empresa obtém sucesso sem antes fazer um bom planejamento e estudo do mercado já existente, estudar a concorrência. É preciso pensar em fatores como montar a empresa em uma localização que de uma boa visibilidade e chame a atenção do público, além de definir como vai ser a estrutura do espaço físico do estabelecimento. Feito isso é hora de pensar na contratação de bons funcionários, que tenham conhecimento da área de atuação da empresa e sejam devidamente capacitados e treinados.

É impossível ter uma situação financeira estável, sem fazer um rigoroso controle financeiro. É preciso gerenciar todas as receitas e despesas da empresa, analisar possíveis cortes no orçamento, fazer uma constante mensuração dos resultados para ver se a empresa está trilhando o caminho certo, além de saber informações referentes a todos os seus clientes, para saber a situação exata de cada um com a sua empresa, se há pendências financeiras… Fazendo este controle, as chances de ter um cliente inadimplente diminuem consideravelmente.

Todos estes processos podem ser facilitados e otimizados com o uso de um sistema de gestão empresarial, como por exemplo, o eGestor (https://www.egestor.com.br).

Conclusão

Portanto uma boa gestão é vital para o sucesso de uma empresa. Seja em relação a parte financeira, seja em relação a gestão de pessoas, no gerenciamento de seus funcionários. Uma boa gestão pode ser o diferencial entre o fracasso e o sucesso do seu negócio, pois de nada adianta ter uma boa qualidade de produtos e serviços, se não for feito um bom gerenciamento de que estratégias serão usadas para vender estes produtos ou serviços, para qual público será vendido… Todos estes aspectos precisam de uma boa gestão para ser bem estudados e posteriormente gerar os resultados desejados para a sua empresa.

Pense nisto e tenha uma ótima semana!

Fonte: eGestorhttps://www.egestor.com.br

quarta-feira, 4 de setembro de 2019

FATO, CAUSA, AÇÃO (FCA): COMO USAR EM SUA EMPRESA


Utilizar o FCA pode facilitar a resolução dos problemas do cotidiano de empresas e negócios. Essa metodologia fornece o caminho para obtenção de soluções viáveis, direcionando a inteligência do gestor para análise e consideração de postos-chaves.

Nós entendemos a importância dessa metodologia e já publicamos um artigo com mais informações sobre o FCA. Neste post, nosso objetivo é instruir você por meio de um passo a passo para utilizar esse método de forma correta e bem-sucedida em sua gestão.
Quer saber mais sobre o FCA? Confira a seguir!

O que é FCA?

A metodologia de FCA (Fato, Causa e Ação) é um procedimento para tomada de decisão, o qual consiste na consideração de três aspectos:
  • A situação-problema e suas circunstâncias (Fato);
  • A condição que gera a situação-problema (Causa);
  • O comportamento apto a modificar a situação-problema (Ação).

Tal análise é realizada de forma sucessiva. Ou seja, primeiro determina-se o fato, depois a causa e, por fim, a ação. É como se o gerente fosse um bombeiro que acaba de chegar em uma casa em chamas (Fato) e verifica um grande foco de incêndio na cozinha (Causa), decidindo iniciar o uso dos extintores naquele local (Ação).


Como descrever um fato?

A primeira etapa da metodologia FCA consiste na descrição da situação-problema ou, como a própria sigla indica, do fato.

Nessa tarefa, o gerente deve atuar de maneira imparcial. A inclusão de opiniões ou juízos de valor pode distorcer a imagem do problema. Por exemplo, seria um erro minimizar a queda de produtividade de um setor, em virtude do histórico de seus responsáveis, ignorando o que acontece atualmente.


Por outro lado, certas perguntas devem ser evitadas, como aquelas elaboradas com o uso de “por que” e “por qual motivo”, uma vez que este não é o momento de tentar rastrear causas e culpados.

Nesse sentido, boas opções são as questões que fazem uso de “o que”, “quando”, “quanto”, “como” e “onde”. Por exemplo:
O que está acontecendo? R: as vendas caíram.
  • Quando as vendas caíram? R: no último semestre.
  • Quanto as vendas caíram? R: em 30%.
  • Como as vendas caíram? R: gradualmente, cerca de 5% ao mês.
  • Onde as vendas caíram? R: em todas as filiais.
Por fim, o gerente deve sempre checar as informações que descrevem o problema, por meio de elementos objetivos aptos a atestarem a veracidade ou a falsidade dos fatos, bem como sua certeza e convicção a respeito deles.

Como encontrar a causa?

Nessa próxima etapa, o gestor deve incorporar a personagem de um detetive e procurar pistas que levem às causas dos problemas. O que pode ser feito empregando dois diferentes procedimentos:

O método 5 Why

O método 5Why, ou cinco porquês, consiste em realizar uma sucessão de questões, utilizando a expressão “por que”. Seu objetivo é chegar às causas-raiz do problema de forma mais esquematizada. Veja um exemplo:

  • Por que os relatórios não foram entregues no prazo? R: porque o setor responsável atrasou a entrega.
  • Por que ele atrasou a entrega? R: porque seus processos internos são lentos.
  • Por que os processos internos são lentos? R: porque os colaboradores gastam muito tempo coletando as informações.
  • Por que essa demora? R: porque o sistema não é automatizado.
  • Por que não é automatizado? R: porque os softwares utilizados não oferecem essa solução.
Lembre-se: o número de questões é uma sugestão. Ele é baseado na quantidade média de perguntas necessárias para esclarecer as causas de um problema.

A eliminação mental

Comumente, muitas causas são identificadas para um mesmo fato, inclusive há o risco de nem todas serem verdadeiras. Por isso, a lista de razões para existência de um problema deve ser submetida a um experimento mental de eliminação: supõe-se que aquela causa descrita não existe mais e verifica-se quanto à permanência do problema.

Por exemplo, se a falta de tempo foi atribuída como causa para a não execução de uma tarefa, o gerente precisa elaborar uma pergunta simples. Ele precisa se perguntar se, com mais tempo disponível, a tarefa realmente seria entregue?


Se a resposta a essa pergunta for negativa, provavelmente algo mais contribuiu para a ineficiência alegada. Pode ser que o profissional simplesmente não tenha a qualificação necessária e, portanto, não cumpriria o prometido nem mesmo com todo tempo do mundo.

De todo modo, é preciso tomar um cuidado especial com causas concorrentes, aquelas que, em conjunto, geram o problema. Em um exemplo similar ao apresentado, pode ocorrer que tanto a escassez de tempo como a falta de habilidade do colaborador tenham contribuído para o desfecho negativo.

Pois bem, uma vez delimitadas as causas, é hora de partir em busca das soluções. Continue!

Quais são os tipos de solução?

Antes de buscar uma conduta que solucione o problema, é preciso entender muito bem o que se entende por “solução”, para que seja possível identificar as ações como certas ou erradas. Veja três grupos importantes:

A remoção da causa

As soluções desse tipo são adequadas às situações em que o problema e suas causas são atuais, de modo que a extinção daquele exige a remoção desta. É como um antibiótico, que mata as bactérias e, assim, restaura a saúde do corpo.

Um exemplo prático é a falta de treinamento da equipe de vendas. Causa que influencia, permanentemente, nas taxas de sucesso ou conversão do setor e cuja remoção (capacitação adequada) leva à extinção do problema.

Redução ou eliminação dos efeitos

Uma grave crise econômica no país ou a queda generalizada dos preços em um setor, por exemplo, é uma causa em que a remoção não está ao alcance da empresa. Logo, nem sempre é possível chegar ao foco do incêndio.

Em tais casos, a conduta escolhida pelo gestor tentará diminuir ou eliminar os efeitos, como busca por inovações no produto, redução de custos, ferramentas de marketing etc.

A compensação dos efeitos

Uma terceira e última hipótese é de tanto o problema como suas causas não poderem ser eliminados ou diminuídos. Isso ocorre, por exemplo, quando processos judiciais contra a empresa chegam ao fim sem um desfecho favorável.

Nessa hipótese, não existe nenhuma medida que reduza ou elimine o prejuízo, apenas outras compensatórias, como aumentar a produtividade para pagar o débito.

Como encontrar as ações que solucionam o problema?

O primeiro passo para encontrar soluções é a reunião das informações disponíveis até o momento, além da identificação do tipo de solução necessária — a qual será tomada como finalidade ou objetivo da ação, por exemplo, agir para remover as causas, agir para reduzir os efeitos etc.


Esses dados devem ser apresentados à equipe, de modo que seja possível o compartilhamento de ideias e a obtenção de sugestões.

Ao final, existirá uma lista de opções com as ações propostas pelos colaboradores, que devem ser submetidas a três critérios:
  • Adequação: a medida deve estar apta a solucionar o problema, como a água que extingue as chamas;
  • Necessidade: não deve existir nenhuma medida menos onerosa com igual aptidão, como a mesma água em comparação ao uso de extintores em grandes áreas;
  • Proporcionalidade: os ganhos de implementar a medida devem ser maiores do que o custo de sua implementação, como o valor de preservar uma vizinhança inteira das chamas em comparação com o preço dos litros de água consumidos.
Com tal análise, o papel do FCA estará devidamente cumprido e o gerente poderá decidir, de maneira consciente e esclarecida, sobre o próximo passo, bem como elaborar um relatório.

Pense nisto e tenha uma ótima semana!

Fonte: Siteware - https://www.siteware.com.br/

segunda-feira, 2 de setembro de 2019

GEMBA WALK: SAIBA O QUE ELA PODE FAZER PARA VOCÊ!


Como fazer para saber e entender qual a experiência que os seus clientes estão tendo com os seus produtos? Talvez contratar uma pesquisa de mercado? Essa decisão pode até ser útil. O mais provável é que irá receber um longo relatório, com tabelas, gráficos e figuras e, junto, um sumário executivo anexo, em uma apresentação direcionada e discutida em detalhes.

Mas será que isso é o bastante? Essa ação irá permitir um profundo entendimento da real situação?

Para entender melhor o que está acontecendo a maneira mais adequada é se aproximar da realidade e entender toda a situação com os seus próprios olhos. Para isso, você pode ouvir os clientes, melhor ainda, se for possível, ouvir sem o formato artificial de uma “pesquisa”.

 

Outra forma, quando viável, é se passar por cliente, fazendo compras, pedindo informações, tirando dúvidas etc.

Assim, esforçando e se colocando na posição do consumidor e experimentando, você mesmo, poderá ter a experiência de consumo efetivamente entendendo o que acontece com o seu negócio. Entendemos que a Gemba Walk, (forçando um pouco) seja bem parecido com ouvir a voz do cliente.


Esse tipo de prática de gestão é chamado de “ir ao Gemba”. Trata-se de uma expressão japonesa que significa “lugar onde as coisas acontecem”. Esse lugar pode ser nos escritórios, numa linha de produção, nas áreas de manufatura, nos laboratórios de desenvolvimento de produtos dentre outros. “Ir ao Gemba” permite aos líderes conseguirem evoluir seus entendimentos e compreensões dos problemas reais, permitindo assim, saltos de melhoria em todos os campos do negócio.

Pensando nisso, hoje iremos trazer a Gemba Walk até você:

O que é?

A Gemba Walk é o termo usado para descrever a observação pessoal do “lugar onde as coisas acontecem”. O termo original em japonês vem de gembutsu, que significa “coisa real”.
  • O princípio fundamental da ferramenta é a observação pessoal;
  • Agregar valor ao “lugar”, observando onde as coisas são feitas, ao contrário de discutir e “observar” diversas situações de uma sala de reunião;
  • Interagir com as pessoas e processos, num espírito de Kaizen (“mudar para melhor”).
Quando falamos de Kaizen, podemos ser um pouco mal compreendidos. Isso porque nos Estados Unidos, os eventos Kaizen e Kaizen eram normalmente pensados como um empurrão de uma semana para que a mudança acontecesse, era geralmente uma mudança radical no desempenho.


A Gemba Walk também pode ajudar a alcançar uma mudança radical, mas o ideal é a frequência na sua utilização , trazendo melhorias incrementais, o que era o conceito original de Kaizen.

O que não se faz?

A Gemba Walk, não pode se transformar em oportunidade para encontrar defeitos nos outros, enquanto esses estão sendo observados. Também não é um tempo ideal para se fazer cumprir a política da empresa (exceto, possivelmente, para os problemas de segurança ou graves violações).

Se for usada de forma punitiva os colaboradores irão perder o interesse, e rapidamente a resistência às mudanças aumentará. Todo o processo na Gemba Walk deve ter uma abordagem de respeito mútuo e o interesse comum de fazer as coisas de forma eficiente, segura, simples e melhor.


Não é o momento para se resolver problemas e fazendo alterações drásticas, tem que se ter em mente que é um tempo de observação, de entrega e de reflexão.

Isso não significa que ideias de melhorias devam ser ignoradas, ao contrário, mas deve-se estar aberto e observar a “coisa real”, procurando visualizar o que está realmente acontecendo.

Se surgirem ideias ou reclamações, é importante anota-las e garantir que sejam analisadas após a Gemba. Esteja atento para não se concentrar somente nos detalhes esquecendo o todo.

Resolvendo problemas com a Gemba

O hábito de resoluções de problemas em sala de reunião deve-se aos poucos serem minimizadas. É necessário ir para a Gemba para trabalhar diretamente com os envolvidos. Com essa mudança de hábito tenta-se trabalhar os problemas e entender as questões importantes de perto, onde elas efetivamente acontecem.

É a mudança de foco na resolução dos problemas. Um deles é o treinamento dos envolvidos mostrando como eles podem resolver problemas entre si, sem o uso de um evento (motivo) para a resolução.


Quanto mais for observado e quanto mais forem resolvidos os problemas em uma caminhada Gemba, mais bem sucedida e duradoura serão as mudanças.

Temos que nos desapegar de conceitos postos.

Gemba Walk e as aquisições de dados

Um argumento frequente que a Gemba Walk enfrenta, é que ela não pode ser tão precisa quanto a um sistema de aquisição de dados, criado usando o controle de processo estatístico para monitorar e melhorar os processos.

Este argumento contra ocorre quando tentamos resolver os problemas em uma metodologia mais complexa. E são mais frequentes em indivíduos novos nas iniciativas da melhoria contínua. Mas, nada impede a utilização do método em conjunto com todos os dados disponíveis.
Que fique claro que a principal diferença entre a Gemba Walk e os dados gráficos, por exemplo, é que na Gemba não há restrições ou filtros com os dados introduzidos. As únicas restrições ou filtros serão os modelos mentais do praticante (por exemplo, noções preconcebidas) que podem causar viés de observação com base em pressupostos de experiências passadas.

Conclusão

O objetivo de ir a Gemba é entender os problemas com profundidade, tendo condições de ajudar a resolvê-los, apoiando e ensinando. Outra consciência fundamental que se deve ter, é a de que ir a Gemba não pode ser algo “esporádico”. Deve ser parte de uma rotina regular, parte do “trabalho padronizado”.

Deve estar preparado para saber enxergar, saber ouvir e saber fazer a pergunta certa. A atitude de mais perguntar (do que afirmar) irá ajudar a entender por que determinadas situações estão acontecendo e como podemos resolver. Sem procurar culpados ou punir. A ida a Gemba não é para intimidar ou punir, mas para apoiar as pessoas e melhorar processos.

É importante que haja uma sólida gestão visual que coloque de forma muito clara as informações mais básicas sobre o que está acontecendo e o que deveria ocorrer nos locais de trabalho.

Para alguns gestores que passam seus dias “apagando incêndios”, basicamente chamando pessoas em suas salas para “darem explicações”, a ida cotidiana e inteligente ao Gemba pode ser uma boa ideia.

A ida correta ao Gemba representa uma mudança radical no modo de gerenciar. Ela concentra e permite a imersão do gestor no mundo real, no lugar onde as coisas importantes acontecem. Onde se cria ou não valor para o cliente.

Pense nisto e tenha uma ótima semana!

Referências de pesquisa: