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domingo, 9 de setembro de 2012

MOBILIZAÇÃO DE LIDERANÇAS


Nunca é demais lembrar! O que vamos afirmar neste artigo é fruto de nossas atividades profissionais, como coach de negócio de lideranças empresariais em busca do sucesso para suas organizações.

Sobre as lideranças nas organizações

Sejam elas líderes-coaches (vigilantes ou operacionais), fazem aquilo que sabem e gostam de fazer. Esta é uma barreira para mobilização de lideranças pelo desempenho superior e sua gestão.

Precisamos sempre o mais cedo possível conhecer algumas crenças das lideranças que têm alto impacto no resultado do trabalho das estações de trabalho. Essas crenças representam o que as lideranças pensam que sabem.
Pergunte a qualquer líder empresarial o que é desempenho que você vai ter uma surpresa. Virão tantas respostas diferentes quantos são os líderes que você perguntar.

Outras dúvidas que as lideranças têm são do tipo: desempenho e sua gestão são problemas de quem? Desempenho e sua gestão dependem do nível de conhecimento das pessoas? Dependem do tempo à disposição dos seres humanos? Dependem do ambiente onde as pessoas vivem?

Existe quem defenda que os dinossauros desapareceram porque, como animais, não sobreviveram às ameaças do meio onde viviam. Dizem que o homem vai pelo mesmo caminho.

O líder de ontem era um tomador de decisão, e um profissional alocador de recursos que perguntava sobre a melhor maneira de explorar as habilidades de um funcionário em proveito da organização. Os funcionários eram vistos como ferramentas e recursos para consecução das metas da organização.

A melhor maneira hoje (best practice) deve acomodar, de alguma forma, mudanças importantes que estão ocorrendo diariamente e oferecer algumas respostas às questões realmente difíceis que surgem a partir de um mercado cada dia mais competitivo.

É, sem dúvida, essencial uma atitude empreendedora da liderança se os indivíduos e organizações desejarem florescer no novo mundo dos negócios.
Vivemos numa época em que memória, conhecimento e aprendizado organizacionais dos integrantes de uma força de trabalho estão se tornando mais valiosos e disputados.

Os consumidores estão pressionando por bens e serviços que agreguem cada vez mais valor e continuam a exigir atendimento cada vez mais personalizado.
Mesmo o escritório onde muitos de nós trabalhamos está se redefinindo em novos lugares, permitindo-nos trabalhar a qualquer hora do dia à medida que a tecnologia possibilita flexibilizar nosso estilo de trabalho.

O número de executivos que trabalham em casa cresce vertiginosamente e dispor de escritórios suntuosos é custo.

Muitos mundos chegam todos os dias ao conhecimento dos executivos que sonham em se transformar em líderes através de um esforço planejado de desenvolvimento de uma carreira coroada de sucesso. Um desses mundos é o mundo profissional que remete a atual carreira do executivo para além de hoje, penetrando bastante no passado e no futuro, dentro de um mundo de trabalho, no qual muitas das regras básicas estão num estado fluído.

No centro disso encontramos o presente imediato, o mundo de hoje, repleto de colegas em várias equipes, gerentes, subordinados diretos, associados, fornecedores e clientes.

A configuração específica dos relacionamentos de um executivo hoje inclui agentes do tipo governo, sindicato, bancos, acionistas, mercado de ações, entre outros.
Existe outro mundo ainda, muitas vezes esquecido pelos próprios executivos, que é o mundo onde eles não estão fazendo negócios, não estão trabalhando. É um mundo matrimonial, familiar, social e econômico. Afinal, existe vida além do trabalho na carreira do executivo.

No mundo atual dos agentes livres, tanto os líderes como os seguidores conseguem escolher entre participar ou não plenamente do relacionamento.
Cada um deve fornecer um caminho para o sucesso do outro. Um seguidor segue de forma semelhante a uma pessoa que busca uma orientação do coach, porque esse procedimento ajuda o seguidor a alcançar seu destino.

Um líder lidera de forma semelhante a um treinador que treina para alcançar seu destino de ajudar os outros a alcançarem seus respectivos destinos.
A opção atual dos líderes por gerenciamento de projetos para execução do que estabelece seus planos estratégicos tem sido crescente uma vez que a existência de um gerente de projeto educado e treinado, atuando como empresário e responsável pelos resultados do projeto assegura grande parte do sucesso pretendido pelas lideranças.

Em resumo, consideramos aqui como premissa que gerentes de projeto são seguidores preferenciais de líderes responsáveis pela definição e implementação de estratégias de negócio bem sucedidas.

Estão essas lideranças também mostrando que conflitos existem para serem resolvidos e gerar benefícios para as organizações.

Entretanto, o gerente de projeto por si só é de pouca valia sem uma equipe organizada para alcançar os objetivos de projetos adequadamente planejados apesar dos conflitos que possam surgir.

Portanto, uma equipe educada e treinada e uma lógica simples de gerenciamento de projeto com ênfase nos aspectos comportamentais do ambiente de projetos deve ser pensada e divulgada para servir de rumo para o sucesso pretendido pelas lideranças.

Sobre o que estão fazendo as empresas brasileiras?

Agora só nos resta verificar como se comportam as organizações brasileiras em relação às questões sobre mobilização de lideranças, até agora levantadas. As afirmativas que fazemos, sem medo de errar, são as seguintes:

  • Poucas, menos de 1% das organizações do mundo, estão preparadas para iniciar uma jornada em busca de níveis de desempenho nunca antes alcançados, mobilizando suas lideranças. Esse número, entretanto, é expressivo e nos remete quase sempre às grandes empresas;
  • Quase a totalidade das organizações, que não estão preparadas (médias e pequenas) para mobilizar sua lideranças, buscam resultados que não estão muito bem definidos, e são em sua maioria de curto prazo. Quando iniciam de forma despreparada uma jornada pela melhoria de desempenho mobilizando lideranças, interrompem a jornada, na média, em menos de um ano, por pressão da necessidade de resultado financeiro de curtíssimo prazo; 
  • As organizações que estão preparadas para mobilizar lideranças são, quase que em sua maioria, organizações que: estão obtendo lucro, desfrutam de imagem de sucesso no mercado, e investem tempo na jornada de melhoria de desempenho pela mobilização de lideranças; 
  • Todas as organizações que iniciam a mobilização de lideranças e mantém uma jornada de sucesso, alcançando níveis de desempenho nunca antes alcançados, são conduzidas por líderes unificadores que se comunicam, que recebem, permanentemente: educação e treinamento sobre facilitação do processo de melhoria de desempenho, e seguem um modelo próprio em sua jornada de melhoria. É muito difícil encontrar exceção a essa regra; 
  • A organização, que está tendo sucesso em sua jornada de melhoria de desempenho pela mobilização de lideranças mantém sua força de trabalho educada e informada sobre sua razão de ser, com precisão e exatidão, e sem medo de mudanças de rumo; 
  • Os valores que guiam as organizações de sucesso são valores definidos a partir dos valores definidos pelos integrantes do nível operacional, e apresentados negociadamente à liderança como aqueles que a força de trabalho está disposta a honrar. Não são valores que são discutidos e definidos pelos integrantes da Alta Administração e gerência sênior da organização, e implementados por decreto; 
  • As decisões de mobilização de lideranças nas organizações bem sucedidas são: lentas, planejadas e sistemáticas. São tomadas com seus seguidores dentro de um reconhecido processo negociado de busca de competência coletiva; 
  • Nas organizações que mobilizaram suas lideranças para o sucesso os resultados nunca antes alcançados são sempre uma conseqüência de comprometimento formal com o sucesso pretendido, e atuação integrada de participantes dos três níveis de desempenho da organização: organização, processo e trabalho executor; 
  • As organizações que mobilizaram suas lideranças para o sucesso vivem em cenário de transformação permanente, onde as pessoas falam umas com as outras sem medo de represálias, e são recompensadas e reconhecidas como resultado de desempenho superior alcançado; 
  • As organizações que mobilizaram suas lideranças para o sucesso: (1) Alcançam níveis de desempenho nunca antes alcançados, (2) A jornada pela melhoria está definida no plano que define o projeto do sucesso da liderança no negócio. Este plano é analisado criticamente, no mínimo quatro vezes por ano, pela liderança e sua equipe gestora com a participação da força de trabalho do nível operacional. A partir de um contínuo processo de monitoração e controle estratégico, tem-se uma análise crítica periódica do progresso alcançado, que poderá levar a completa reformulação da estratégia (nós chamamos essa reunião de Dia D!) Uma reunião de análise crítica do desempenho que objetiva alinhar a percepção das pessoas, em relação ao sucesso que pretendem alcançar no futuro. 
Lições aprendidas

E para encerrar nossa conversa apresentamos algumas lições aprendidas:

  1. As organizações são criações operacionais de pessoas que nelas se perpetuam. Tratar as pessoas e as organizações como grandes máquinas, como se faz na filosofia de comando-controle é entender pouco da natureza do fenômeno que faz da vida um bem precioso do ser humano. 
2.  Conhecer de perto o que estão fazendo as pessoas das organizações de sucesso ajuda muito no desenvolvimento  da sociedade.

  1. Dentro e fora das organizações públicas ou privadas, as lideranças cometerão erros irreparáveis se não forem competentes e tiverem confiança em suas capacidades de aprender para diagnosticar e intervir na confusão que os seres humanos vivem no mundo, dentro do ciclo vicioso que começa pleno de boas intenções; 
  1. As lideranças repetirão alguns equívocos bem conhecidos que já aconteceram. Para citar um, a guerra é um bom exemplo de decisões equivocadas de líderes mundiais. Onde está o equívoco das lideranças sobre a guerra? 
  1. Na ocupação do solo de cultura diferente da dos invasores está o grande equívoco. 
  1. O que as lideranças não aprenderam ainda sobre as guerras? Desde que o mundo é mundo a história está repleta de exemplos de povos que declararam guerra, conquistaram e ocuparam espaços no solo dos povos conquistados e ao longo do tempo essa posição se tornou insustentável do ponto de vista político e econômico. O tiro sai pela culatra! Sempre que alguém “bate de frente” com a cultura vigente ela perde em 100% dos casos. E isso acontece todos os dias aos nossos olhos na nossa vida comum como seres humanos que buscam se perpetuar de alguma forma através de suas realizações. 
  1. Constatamos, pelas lições aprendidas no século passado, que as principais mudanças visando à medição e melhoria do desempenho e sua gestão para assegurá-la, devem ser, neste início de milênio, formais e estruturadas pela liderança e sua equipe gestora do negócio. 
  1. Somente nas últimas décadas do século XX que várias características do mundo mudaram para exigir tipos de competências comportamentais dos seres humanos que fossem capazes de lidar com ambientes em contínua mudança. 
  1. Entretanto, vale a pena lembrar que em todas as épocas pelo menos um ser humano sempre esteve presente se relacionando com outros, numa relação de ajuda. Numa relação de ajuda, onde todos pretendiam ser reconhecidos como pessoas melhores aos olhos do mundo em que viviam. 
  1. Portanto, temos que trabalhar mais e de forma mais inteligente. Para produzir mais para uma população que cresce sem controle no planeta. Para tanto, ou ajudamos nosso semelhante a ser mais competente comportamentalmente no que ele necessita para produzir mais com menos recursos, e sermos todos competentes coletivamente, ou naufragaremos todos abraçados num mar de crises que leva a escassez de alimentos e guerras, conseqüentes de falta de energia no planeta. 
  1. Temos que encontrar uma taxa de crescimento da vida econômica das pessoas que, no mínimo, não acabe com a vida no planeta. 
Autor: Edgard Pedreira de Cerqueira Neto, PhD, PMP – Principal Executivo da ORPEG. Doutor em Ciências pelo Instituto Militar de Engenharia e Mestre em Ciências pelo Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas o Dr. Edgard é reconhecido como coach de sucesso e especialista em gestão pela melhoria dos resultados dos indicadores do desempenho da gestão dos negócios das organizações edgard@orpeg.com.brhttp://orpeg.com.br/

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