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sexta-feira, 20 de janeiro de 2012

UBUNTU


Certa vez Martin Luther King disse: “Nossas vidas começam a terminar no dia em que permanecemos em silêncio sobre as coisas que importam.” E uma das coisas importantes é ler e aprender com Lia Diskin, no texto que ora presenteio os meus leitores.

A jornalista e filósofa Lia Diskin, no Festival Mundial da Paz, em Florianópolis, presenteou os presentes com um caso de uma tribo na África chamada Ubuntu.
Ela  contou que um antropólogo estava estudando os usos e costumes da tribo e, quando  terminou seu trabalho, teve que esperar pelo transporte que o levaria até o aeroporto de volta pra casa. Sobrava muito tempo, mas ele não queria catequizar os membros da tribo; então, propôs uma brincadeira pras crianças, que achou ser inofensiva.

Comprou uma porção de doces e guloseimas na cidade, botou tudo num cesto bem bonito com laço de fita, e colocou debaixo de uma árvore. Aí ele  chamou as crianças e combinou que quando ele dissesse "já!", elas deveriam sair correndo até o cesto, e a que chegasse primeiro ganharia todos os doces que estavam lá dentro.

As crianças se posicionaram na linha demarcatória que ele desenhou no chão, e esperaram pelo sinal combinado. Quando ele disse "Já!", instantaneamente todas   as crianças se deram as mãos e saíram correndo em direção à árvore com o cesto. Chegando lá, começaram a distribuir os doces entre si, e a comerem felizes.

O antropólogo foi ao encontro delas e perguntou porque elas tinham ido todas juntas se uma só poderia ficar com tudo que havia no cesto e, assim, ganhar muito mais doces?

Elas simplesmente responderam: "Ubuntu, tio. Como uma de nós  poderia ficar feliz se todas as outras estivessem tristes?"

Ele ficou desconcertado! Meses e meses trabalhando nisso, estudando a tribo, e ainda  não havia compreendido, de verdade, a essência daquele povo. Ou jamais teria proposto uma competição, certo?

Ubuntu significa: "Sou quem sou, porque somos todos nós!"

Atente para o detalhe: porque SOMOS, não pelo que temos...

UBUNTU PARA VOCÊ!

sábado, 14 de janeiro de 2012

QUALQUER EMPRESA PODE IMPLANTAR O KAIZEN?


Alguns leitores me questionam se há empresas especificas para a implantação do Kaizen? Acredito que não, pois a metodologia Kaizen utiliza as questões estratégicas baseadas no tempo. Nesta estratégia, os pontos-chave para a manufatura ou processos produtivos incluem a qualidade (como melhorá-la), os custos (como reduzi-los e controlá-los), e a entrega pontual (como garanti-la). O fracasso de um destes três pontos significa perda de competitividade.

Contudo, pode ser acrescentado que a filosofia da ferramenta está baseada na eliminação de desperdícios com base no bom senso, no uso de soluções baratas que se apoiem na motivação e criatividade dos colaboradores para melhorar a prática de seus processos de trabalho, com foco na busca pela melhoria contínua. Os caracteres japoneses que significam a palavra Kaizen, de origem japonesa, significam Fazer Bem (KA = mudar; aprimorar + ZEN = bem; contínua). No ocidente eles normalmente são traduzidos como “aprimoramento contínuo”.

A ferramenta ficou mundialmente conhecida pela sua aplicação dentro do Sistema Toyota de Produção e foi criada no Japão pelo engenheiro Taichi Ohno, com a finalidade de reduzir os desperdícios gerados nos processos produtivos, buscando a melhoria contínua da qualidade dos produtos e o aumento da produtividade.

Assim, ela pode contribuir para uma organização de diferentes formas, tendo como objetivos principais o aumento de produtividade, a redução de lead-time1, redução do estoque em processo, criação de um fluxo uniforme de produção, redução do tempo de setup, melhorias ergonômicas e segurança, melhoria da qualidade, padronização de operações, dentre outros. A etapa de formação do grupo multifuncional caracteriza o início da aplicação da metodologia. A gerência define uma área na qual serão realizados os trabalhos de Kaizen.

Em seguida são definidos o líder e o co-líder da equipe, em geral colaboradores que tenham conhecimentos técnicos da área, e apresentem características de tendência para a mudança, facilidade para motivar os participantes, facilidade de comunicação e habilidade para resolver conflitos. Os objetivos traçados para o grupo devem visar aumento de produtividade, redução de área ocupada, melhorias ergonômicos, redução do estoque em processo, melhoria na qualidade do produto ou processo, redução no tempo de setup, dentre outros. Outro ponto fundamental para que o Kaizen alcance o sucesso é a utilização do trabalho em equipe. O trabalho em equipe é primordial para o aperfeiçoamento qualitativo por diversas razões.

A complexidade dos trabalhos aumenta a cada momento, se tornando necessárias as equipes interfuncionais, já que trabalhos complexos exigem muita criatividade. Além do mais, o trabalho em equipe evita a divisão, propiciando uma aprendizagem de maior efeito sobre a organização. Também é importante destacar que, quando as pessoas aprendem juntas, se motivam a continuar no desenvolvimento do trabalho. As equipes devem ser constituídas por participantes de visão ampla e que tenham experiência suficiente para desenvolver soluções apropriadas ao problema proposto.

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

10 DICAS PARA EXERCITAR A CRIATIVIDADE E SE MANTER INSPIRADO


Nada pior do que sentarmos em frente ao computador e nada vir a mente não é mesmo?

A falta de criatividade e de inspiração é um verdadeiro pesadelo para muitos profissionais da área de criação.

Sendo assim, veja 10 dicas para exercitar a criatividade e se manter inspirado:

1. Observe

Um dos passos importantes para desenvolver a criatividade é observar. Observar tudo e todos. Observe os detalhes das coisas que te rodeiam, as características das pessoas em sua volta. Quando estiver conversando, preste atenção no que e como a pessoa fala.

2. Analise

Quando se deparar com uma vitrine, uma embalagem de algum produto ou um comercial de TV, analise as características. Depois pense em o que você faria de diferente para mudar aquilo que analisou, seja para dar um aspecto mais interessante, para “despoluir” o visual, ou mesmo para chamar mais atenção do público-alvo.

3. Ouça música

Ouvir uma boa música pode ser a chave para se ter uma boa ideia. Preste atenção em cada acorde de violão, em cada batida da bateria.

Analise a letra, as rimas, o sentido de uma determinada frase. Muitas vezes aquela música que você cansou de ouvir assume um outro significado quando analisada mais de perto.

4. Assista filmes

Não apenas assista, mas perceba os detalhes envolvidos em cada filme.
A iluminação, a fotografia, a trilha sonora, os efeitos especiais.

Há uma infinidade de elementos que estão presentes nos filmes e que muitas vezes passam despercebidos quando só prestamos atenção na história.

5. Durma bem

Ninguém é de aço. Precisamos descansar para recarregarmos as baterias. Por isso uma boa noite de sono é de muita importância para quem trabalha com projetos que envolvam a criatividade.

Estar com a cabeça fresca e descansada é crucial no desenvolvimento de uma ideia.

6. Leia e escreva muito

Seja na internet, livros ou revistas, leia. Mas leia muito.
Tente se manter atualizado com o que acontece no mundo. Evite o “crl+c ctrl+v” quando for mandar um e-mail. Escreva para aquele amigo que não vê a tempos. Escreva para sua namorada, para sua mãe, para seu cachorro.

7. Use a internet a seu favor

Ao mesmo tempo em que a internet é uma benção, ela pode se tornar uma maldição se a usarmos sem critério. Use com qualidade o tempo em que passa na frente do computador. Sites de humor são legais, mas não se permita passar a tarde inteira lendo piadas.

8. Organize suas coisas

Organize a mesa de trabalho de uma forma em que não perca tempo procurando coisas importantes. Tenha sempre em vista folhas de rascunho e um lápis ou caneta.

Se algo que não usa está ocupando espaço na sua mesa, simplesmente guarde em um outro lugar.

O mesmo vale para as pastas e documentos no computador. Organize os conteúdos por pastas, divida seu HD, limpe arquivos desnecessários.

9. Não force a barra

Trabalhar até altas horas da madrugada pode ser às vezes necessário mas com certeza não é a melhor escolha. A não ser que durma à tarde e ache melhor trabalhar à noite.

Caso precise ficar até mais tarde trabalhando em um projeto atrasado, já imagine estratégias para evitar essa situação.

10. Tenha paixão pelo que faz

Um bom profissional da área de criação gosta daquilo que faz. Muitas vezes trata seus projetos como filhos, mostrando-os para parentes e amigos. Nada mais recompensador do que ver um projeto finalizado depois de um bom tempo de esforço e dedicação.

Autor:  Valmir Mizio ­– Possui graduação em Design Gráfico pela UNIT - Universidade Tiradentes (Aracaju-2004) e especialização em Marketing e Propaganda pela ESM - Escola Superior de Marketing (Recife-2006). Atualmente é Professor dos cursos de Design Gráfico e Publicidade & Propaganda da UNIT (Aracaju/SE), Gerente de Novos Negócios da Trilha Propaganda e Consultoria de Branding (Gestão de Marcas) – valmirmizio@msn.com

domingo, 8 de janeiro de 2012

O QUEBRADOR DE PEDRAS


Era uma vez um simples quebrador de pedras que estava insatisfeito
consigo mesmo e com sua posição na vida.

Um dia ele passou em frente a uma rica casa de um comerciante. Através
do portal aberto, ele viu muitos objetos valiosos e luxuosos e importantes figuras que frequentavam a mansão.

“Quão poderoso é este mercador!” pensou o quebrador de pedras. Ele
ficou muito invejoso disso e desejou que ele pudesse ser como o comerciante.

Para sua grande surpresa ele repentinamente tornou-se o comerciante, usufruindo mais luxos e poder do que ele jamais tinha imaginado, embora fosse invejado e detestado por todos aqueles menos poderosos e ricos do que ele. Um dia um alto oficial do governo passou à sua frente na rua, carregado em uma liteira de seda, acompanhado por submissos atendentes e escoltado por soldados, que batiam gongos para afastar a plebe. Todos, não importa quão ricos, tinham que se curvar à
sua passagem.

“Quão poderoso é este oficial!” ele pensou. “Gostaria de poder ser um alto oficial!“

Então ele tornou-se o alto oficial, carregado em sua liteira de seda para qualquer lugar que fosse, temido e odiado pelas pessoas à sua volta. Era um dia de verão quente, e o oficial sentiu-se muito desconfortável na suada liteira de seda. Ele olhou para o Sol. Este fulgia orgulhoso no céu, indiferente pela sua reles presença abaixo.

“Quão poderoso é o Sol!” ele pensou. “Gostaria de ser o Sol!“

Então ele tornou-se o Sol. Brilhando ferozmente, lançando seus raios para a terra sobre tudo e todos, crestando os campos, amaldiçoado pelos fazendeiros e trabalhadores. Mas um dia uma gigantesca nuvem negra ficou entre ele e a terra, e seu calor não mais pôde alcançar o chão e tudo sobre ele.

“Quão poderosa é a nuvem de tempestade!” ele pensou “Gostaria de ser uma nuvem!“

Então ele tornou-se a nuvem, inundando com chuva campos e vilas, causando temor a todos.

Mas repentinamente ele percebeu que estava sendo empurrado para longe com uma força descomunal, e soube que era o vento que fazia isso.

“Quão poderoso é o Vento!” ele pensou. “Gostaria de ser o vento!“

Então ele tornou-se o vento de furacão, soprando as telhas dos telhados das casas, desenraizando árvores, temido e odiado por todas as criaturas na terra. Mas em determinado momento ele encontrou algo que ele não foi capaz de mover nem um milímetro, não importasse o quanto ele soprasse em sua volta, lançando-lhe rajadas de ar. Ele viu que o objeto era uma grande e alta rocha.

“Quão poderosa é a rocha!” ele pensou. “Gostaria de ser uma rocha!“

Então ele tornou-se a rocha. Mais poderoso do que qualquer outra coisa na terra, eterno, inamovível. Mas enquanto ele estava lá, orgulhoso pela sua força, ele ouviu o som de um martelo batendo em um cinzel sobre uma dura superfície, e sentiu a si mesmo sendo despedaçado.

“O que poderia ser mais poderoso do que uma rocha?” pensou surpreso.

Ele olhou para baixo de si e viu a figura de um quebrador de pedras.

Nota: Conto Zen

terça-feira, 3 de janeiro de 2012

CRIE SEU CLUBE DE FIDELIZAÇÃO


Um pão com salsicha, tomate, ketchup, maionese e batata palha – prensado. O lanche é comum, por isso, tornou-se quase uma obrigação para os carrinhos de cachorro-quente criar diferenciais. O Super Dog, em Curitiba, PR, criou sua maneira de ser lembrado dando a cada lanche o nome de uma raça de cachorro, ou seja, o cliente pode saborear um pinscher, um São Bernardo ou um chow-chow. Outra marca registrada são os cachorros-quentes vegetarianos, com salsicha de soja, tofu, tomate seco, entre outros ingredientes.

Para que os clientes retornassem por mais vezes ao Super Dog, foi criado um cartão fidelidade. A cada sanduíche consumido, o cartão é carimbado e, ao fim de dez lanches, um é por conta da casa. De acordo com um dos sócios do carrinho de cachorro-quente, Daniel Chaves Vilela, cerca de 4 a 5 cartões são trocados por noite. “Isso serve de motivação para nós, pois vemos o cliente voltar várias vezes”, comemora.

Outro cuidado tomado para que cada cliente se sinta especial é anotar primeiro o nome e depois o pedido. “Não é legal a gente tratar as pessoas por um número ou falar do pedido do cara da camisa verde ou o outro do carro azul. O nome cria essa aproximação com o cliente”, avalia Daniel.

Benefícios

A doutora em administração de empresas e em marketing pela FGV, especialista em CRM e em marketing de relacionamento, Miriam Bretzke, aponta dois ganhos para a empresa que investe em cartões de fidelização ou em outras formas de retenção de clientes, por mais simples que sejam:

  1. Quando a empresa dá direito ao desconto na compra repetida, o cliente terá um grande motivo para voltar a consumir o produto. Assim, cria-se uma forte barreira contra a saída desses consumidores.

  1. Gera um valor em si mesmo, cria um canal de comunicação com o cliente e um diferencial em relação aos outros, melhorando a percepção do cliente em relação à sua empresa.

Entretanto, é importante identificar características da sua empresa antes de apostar em um clube de fidelização. “Para quem promove compras repetidas em um curto espaço de tempo, como compras diárias, semanais ou mensais, o cartão fidelidade dá certo”, sugere Miriam. Isso funciona muito bem em restaurantes onde o cliente almoça todos os dias ou em salões de beleza e postos de gasolina, que o cliente frequenta semanalmente. Porém, quando o período de recompra é grande, é necessário adaptar ou criar outras formas de retenção.

Regras básicas para fidelização de clientes, segundo Miriam Bretzke:

1.  Desenvolver um ciclo de comunicação com o cliente – Deve existir uma estratégia de comunicação em que as ações para os clientes sejam planejadas, desde o contato inicial, e se finalizem buscando obter uma resposta dentro de um espaço de tempo preestabelecido. Esse período depende do produto, do tipo de cliente e dos objetivos da empresa.

2.  Fazer coisas juntos – Esse é o melhor meio de interação entre empresa e cliente, mas de difícil implementação. São poucas as atividades que a empresa pode realizar com seus clientes. Um dos melhores exemplos se encontra no mercado business-to-business, quando empresa e cliente desenvolvem pesquisas em conjunto.

3.  Ouvir cuidadosamente – Esse aspecto está ligado ao serviço de customer service (atendimento ao cliente) que, ao registrar as reclamações e sugestões, pode ser proativo na solução de problemas. Outra maneira de ouvir cuidadosamente consiste em empregar técnicas de pesquisa, como focus group, para buscar conhecer as necessidades, percepções e desejos dos clientes. Ouvir os fornecedores também é bastante produtivo e cria relacionamentos estáveis.

4.  Pesquisar respeitosamente – A base do aperfeiçoamento de um database marketing está em desenvolver pesquisas sistemáticas junto à base de clientes, mas elas devem ser feitas de tal forma que não irritem o cliente e, sempre que ele se dispuser a cooperar, deve-se recompensá-lo emocionalmente com algum tipo de benefício, como um pequeno brinde, por exemplo.

5.  Descobrir a força da propaganda de resposta direta – A propaganda de resposta direta permite que o cliente se comunique em busca de mais informações ou declare sua opinião sobre a empresa, a própria propaganda ou empreenda a ação incitada. Como o próprio nome indica, o cliente pode se comunicar com a empresa iniciando o relacionamento.

6.  Transformar compradores em adeptos – Segundo os modelos de decisão, um cliente torna-se um adepto do produto após a segunda compra. O processo de adoção é muito importante porque irá auxiliar no planejamento do ciclo de comunicação. Isso quer dizer que o ideal é que o ciclo de comunicação transforme o cliente em adepto e, portanto, considere o tempo de recompra para calcular o período de sua duração.

Autora: Evelise Toporoski – este artigo é uma edição reduzida do original publicado na revista Liderança do mês de novembro. Visite o site (www.lideraonline.com.br) e acesse a matéria na íntegra.