A franqueza
está relacionada à capacidade que uma pessoa possui de dizer a verdade. Verdade
essa que pode ser baseada em fatos, dados incontestáveis ou apenas nos
critérios individuais de quem se baseia nesta verdade. Neste caso, a verdade
pode não ser tão verdadeira. Mas, digamos que sim. Franqueza envolve mais de
uma pessoa, quem é franco e quem é destinatários, o receptor dessa relação. Tanto
quem emite quanto quem recebe qualquer informação é afetado pelos sentimentos
internos que esta gera. Ao expressar algo a pessoa manifesta suas emoções, ao
receber esse conjunto de conteúdo e emoções o ouvinte acessa as próprias emoções,
provocadas por suas reações internas ao que ouviu e ao que o que foi dito
representa.
O conteúdo da
informação é o que se pode chamar de sinceridade. Já a forma como essa verdade
é dita, representa a franqueza. Ou seja, os impactos da franqueza estão mais na
forma do que no conteúdo. A questão é: como fazer para ser franco sem parecer
arrogante e massacrar a relação?
O
comportamento socialmente correto tem sido vítima de disfarces da verdade e de
falsa franqueza. Muitas vezes a pessoa, para ser gentil, diz uma coisa
diferente do que está pensando, do que seria a verdade, deixa de ser franca
para ser gentil. Isso pode ser danoso, pois ao preservar a relação a opinião
dada pode levar a resultados indesejáveis.
Por outro
lado, ao ser franco e direto, há o risco de magoar a pessoa e depois a si
mesmo, preserva-se a verdade, mas desestabiliza-se a relação. Imagine isso numa
organização, você está numa reunião em que o objetivo é discutir um dado
projeto. Você percebe os pontos fracos do projeto e antecipa os cenários
futuros, em que grandes prejuízos serão amargados. O que fazer? Falar francamente
sobre estes pontos fracos e relacioná-los aos possíveis prejuízos ou
parabenizar o autor pela proposta apresentada?
Aí é que
entram a análise das duas coisas que mencionei antes, a verdade e a franqueza.
O que você percebeu é verdade baseando-se em dados técnicos, estudos do
mercado, do projeto ou em suas opiniões pessoais? Em seus sentimentos em
relação ao autor do projeto ou em possíveis “perdas” que este projeto trará a
você, em detrimento da ascensão do outro, caso seja logrado de êxito?
Dependendo das respostas você fica calado ou prossegue. Claro, baseando-se em
suas crenças e valores e nos da organização.
Se os dados
atestam que o que você dirá é verdade, então, antes de ser franco, pense em
mais duas coisas: A necessidade. Sua opinião, neste contexto é, realmente,
necessária ao objetivo proposto? Se sim, passe ao segundo item, o traquejo
social.
Em Programação
Neurolinguística – PNL há um pressuposto que diz que todas as ações têm uma
intenção positiva. E isso é verdade, de acordo com o dito popular que afirma
que de bem intencionados o inferno está cheio. O traquejo social dará à sua
franqueza uma áurea de nobreza e boas intenções, e evitará que você queime no
fogo do inferno da mágoa e da culpa.
Traquejo
social é se importar com mais duas outras coisas: os sentimentos do outro após
receber sua opinião e os resultados que isso trará na sua relação com essa
pessoa, seus sentimentos. Desse modo, pense nas intenções do outro e nas suas
próprias intenções, no contexto presente e futuro. Não existem receitas
mágicas, mas se você conhece a técnica do Rapport, da PNL, pode utilizá-la para
construir e refinar o seu traquejo social.
Caso você
queira aprofundar nesse processo, participe de um bom curso de PNL e veja como
os cenários se ampliam à medida que você fala com franqueza, mantém sua
sinceridade e, mesmo assim, constrói e preserva excelentes relacionamentos
pessoais e profissionais.
Como diz um provérbio alemão: "A arrogância vem antes da
queda."
Pense nisto!
Autor:
Aguilar Pinheiro -
Consultor de empresas e coach, especialista em
mudanças comportamentais, trainer em Programação Neurolinguística - PNL,
certificado pelo International Association for Neuro - Linguistic Programming –
IANLP (EUA), é Diretor de Aprendizagem da Associação Brasileira de
Administração Profissional e Aprendizagem organizacional – contato@asbrapa.com.br
Um comentário:
Sim, Professor! A verdade para os ocidentais, pode ter três versões: Emunah, a chamada verdade religiosa; Véritas, vinda do Latim, escritas ou provadas pelas notícias, História, processos, registros e Leis e; Aletheia, minha predileta. A primeira, segundo os cristãos, está ao meu ver, descrita com perfeição na primeira carta de Paulo aos Coríntios, capítulo 13, e ele põe como a perfeição acima do saber, profecia e ciência; Véritas nos é mostrado pela nossa própria história de vida e totalmente relativa e pessoal ou protegida por um grupo social, mais com o avanço do tempo e; minha predileta, pois não importa onde, quando e porque, ela é, mesmo que não tenhamos capacidade de compreensão, tal é facto. O amor, para mim, é assim, incompreensível de tal modo que só pode ser expresso pelos atos, sinceros, solidários, compreensivo, paciente. Ou seja, o amor enquanto verbal é Véritas, enquanto Emunah é sentimento, mas como Aletheia, é provado pelas ações que temos diante do que amamos. Assim eu penso, assim almejo. Portanto, professor, dotado deste amor verdadeiro sob todos os pontos de vistas, amplamente óptico, é a maneira sublime de sermos francos e verdadeiros. Com modéstia e gentileza,podemos ser francos e verdadeiros.Quem pode que o faça!!!
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