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terça-feira, 5 de novembro de 2013

O QUE É MERITOCRACIA?

A palavra meritocracia vem do latim mereo que significa obter, merecer e pode ser definida como forma de atuação baseada no mérito, na qual as posições hierárquicas e outras recompensas são conquistadas pelos colaboradores que atingem os resultados esperados e apresentam no dia a dia de trabalho as competências de liderança, técnicas e estratégicas estabelecidas previamente pelas organizações.

São muitas as empresas que hoje aplicam critérios meritocráticos em seus sistemas de reconhecimento, recompensa e gestão de carreira, ou seja, que têm como objetivo valorizar e reter os colaboradores que realmente fazem a diferença nos negócios, que garantem os resultados e o crescimento constante da organização.

A globalização influenciou, e muito, na difusão da cultura meritocrática nas organizações aqui no Brasil. As primeiras empresas a estabelecerem uma gestão de desempenho de pessoas e equipes baseado em metas quantitativas e qualitativas, foram as multinacionais de grande porte, que há mais ou menos 10 anos praticam esse modelo de gestão. A partir daí, as demais empresas foram constatando os benefícios da prática dessa gestão de desempenho que tinha como objetivo, valorizar e estimular não só o desenvolvimento dos colaboradores e das equipes, como também o desenvolvimento e maturação de uma cultura meritocrática e a replicaram internamente em suas estruturas de gestão de pessoas.

Atualmente, são vários os mecanismos que as empresas usam para reconhecer e recompensar esses colaboradores (nível executivo a operacional) que atingem os resultados qualitativos e quantitativos: ascensão na hierarquia, aumento do salário fixo, impacto na remuneração variável, viagens, treinamentos, bolsas de estudo, entre outros.

Metas meritocráticas servem para nos estimular a alcançar os resultados esperados e com isso geram ação, mas também geram expectativa e a possibilidade de frustrações e comparações. As políticas de RH das empresas que estabelecem esse modelo de gestão de desempenho devem ser construídas levando em conta todos os tipos de conseqüências de uma cultura de meritocracia.

Questões de cada geração

Já que este espaço é para falar das diferenças entre as quatro gerações que hoje atuam no mercado de trabalho, é obvio que o tema meritocracia é recebido melhor por algumas pessoas que outras. Alguns são mais seguidores de regras e outros mais questionadores destas regras. Então a partir de tudo isso, aproveito para sugerir aqui alguns pontos de reflexão.

Se uma empresa trabalha aplica esse modelo de gestão é porque deve ter um método claro de desdobramento de metas, ou seja, é importante analisar sempre friamente seus resultados. O que você está considerando na sua autoavaliação é o mesmo que a empresa considerará? Como você tem sido visto pela sua equipe e clientes? Quais feedbacks têm recebido de todos envolvidos no dia-a-dia do seu trabalho? Este é, sem dúvida, um indicador que pode te dar um direcionamento diário de como seu desempenho será analisado e não dá para deixar essa reflexão apenas para o período da divulgação dos resultados.

Quando receber um retorno referente à suas metas não atingidas, questione os porquês de cada decisão. Faça isso em um tom de querer entender os seus pontos de desenvolvimento e não de crítica ou reprovação da decisão. Busque sempre se comparar às metas estabelecidas pela empresa, e não somente as atitudes e metas dos seus pares.

Caso não concorde com algum ponto negativo, busque entender com o seu gestor ou equipe, como poderia ter feito melhor ou diferente para se aproximar dos reais resultados esperados. Aproveite essas conversas para esclarecer suas dúvidas, aprender com a experiência dos demais ao seu redor e se sentir cada vez mais preparado para alcançar os seus objetivos no próximo ano. 

Boa Sorte!


Autora: Sofia Esteves – Presidente e fundadora do grupo DMRH, é psicóloga com pós-graduacão em gestão de pessoas, e professora do curso de MBA da FIA

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