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domingo, 24 de novembro de 2013

UMA LIÇÃO DE EQUILÍBRIO!

Muitos acreditam que ser equilibrado é não deixar se afetar pelos acontecimentos negativos da vida. Especialistas, porém, afirmam que permanecer frio e impassível diante das tragédias e ser imune aos problemas não é sinônimo de equilíbrio. O ideal é responder harmônica e proporcionalmente aos fatos ocorridos. “Quem está equilibrado emocionalmente é capaz de se indignar com algo ultrajante, mas ao mesmo tempo é capaz de se defender quando é desrespeitado, assim como é capaz de ser generoso, ficar feliz, triste e usar o medo como um mecanismo de defesa e não negá-lo. O importante é entrar e sair de cena no momento certo”, explica a psicóloga Tania Theodoro.

Segundo a especialista, as pessoas, normalmente, conseguem identificar
como reagir em cada situação imposta pela vida. O difícil, porém, é perceber e lidar com os acontecimentos quando se perde o equilíbrio. A psicóloga explica que o erro está em não resolver os conflitos emocionais na medida em que eles surgem, deixando tudo acumular até o momento em que o indivíduo explode. “Fugimos de problemas e acabamos nos escondendo em desculpas rotineiras, como, por exemplo, o excesso de trabalho”, afirma.

E são nos momentos explosivos que as pessoas acabam perdendo suas referências, reagem em excesso ou deixam de reagir. Junto com esse processo, o desequilíbrio emocional facilita o surgimento de sintomas como stress, ansiedade generalizada, doenças físicas e emocionais.  É nessa hora que o indivíduo deve refletir sobre a forma como se relaciona com as pessoas do seu círculo social, além de aprender a respeitar as diferenças de cada um e os seus limites. Mas até os mais estourados podem recuperar o equilíbrio emocional. Para isso, o indivíduo precisa cuidar de sua saúde física e psicológica, por meio da prática de atividade física, hobbies e terapia. “Encontrar o nosso equilíbrio é uma jornada pessoal. Quando estamos equilibrados emocionalmente podemos decidir o que realmente queremos”.

Um  bom exemplo sobre o assunto chegou-me às mãos por um ex-aluno de pós-graduação. Conta ele:

Eu acompanhava um amigo à banca de jornal. Meu amigo cumprimentou o jornaleiro amavelmente, mas, como retorno, recebeu um tratamento rude e grosseiro. Pegando o jornal que foi atirado em sua direção, meu amigo sorriu atenciosamente e desejou ao jornaleiro um bom final de semana.

Quando descíamos pela rua, perguntei:

– Ele sempre lhe trata com tanta grosseria?
– Sim, infelizmente é sempre assim.
– E você é sempre tão atencioso e amável com ele?
– Sim, sempre sou.
– Por que você é tão educado, já que ele é tão rude com você?
– Porque não quero que ele decida como eu devo agir. Nós somos nossos "próprios donos". Não devemos nos curvar diante de qualquer vento que sopra, nem estar à mercê do mau humor, da mesquinharia, da impaciência e da raiva dos outros.
- Não são os ambientes que nos transformam e sim nós que transformamos os ambientes.
- Para saber quantos amigos você tem, "dê uma festa".
- Para saber a qualidade deles, "fique doente".

Pense nisto!


Nota: Tania Theodoro – Psicóloga formada PE USP de Ribeirão Pteto, SP.

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