Hoje, as empresas e os profissionais estão sendo
desafiados, a cada momento, a serem criativos. O ambiente de negócios está
mudando muito rápido, e as empresas tem que ser ágeis em acompanhar ou se
antecipar às mudanças. Mas não basta mudar. Tem que mudar inovativamente. É aí
que a criatividade é convidada a entrar em cena. O excesso de raciocínio lógico/cartesiano
nas organizações, e a sisudez conseqüente, tem matado a capacidade criativa das
pessoas que a compõem.
Muitos se desculpam afirmando que nem todo mundo é
criativo, ou tem a capacidade de fazer coisas criativamente. Eu afirmo, taxativamente:
todos, os normais, temos a capacidade de criar. Alguns, por uma questão
comportamental, podem não ter a iniciativa necessária para dar atividade ao que
foi criado(cria + atividade = criatividade). Isso é outra questão. Mas criar,
todos nós podemos; e é preciso estimulá-la. As empresas precisam estar
conscientes em criar um ambiente propício ao afloramento das idéias
imaginativas, desprendidas da realidade percebida(vigente), enfim, criativas. E
isso é condição imperativa para o sucesso dos profissionais e empresas no
próximo milênio.

Digo-lhe, com todas as letras: em pouco tempo, isso
vai matar sua empregabilidade, ou sua empresa. Vejo que são muitos os casos de
empresas que não estimulam a criatividade. Um exemplo intrigante para mim, e
que me perdoem os amigos publicitários, é o das agências de propaganda. Não
entendo porque em algumas delas, um único departamento recebe o nome de
criativo, se a criação é cerne do produto de uma agência. Quer dizer que quem
tiver fora deste departamento, finalizadores, atendimentos, mídias, não podem
se considerar como criadores? Posso estar equivocado, mas criatividade deve ser
condição inerente à todo e qualquer colaborador de uma agência. É uma variável
que deve permear toda a organização, e não intitular um único departamento.
Considero isso, além de inibidor e desestimulante, um contra-senso diante
daquela que deve ser a missão de qualquer agência: agir criativamente. Criar
não pode ser encarado como uma função.
É um atributo, assim como o raciocínio lógico /
matemático é em um banco. Ele deve ser uma condição presente em todos os que
fazem uma organização financeira. Não caberia um departamento que produzisse
isso. Em um planejamento estratégico, definimos o negócio de um departamento
perguntando o que o departamento gera, produz, entrega. No caso do “departamento
de criação” de uma agência a resposta é peças publicitárias, campanhas
criativas. O produto final não é a criatividade, e sim a peça publicitária ou a
campanha, que devem ser produzidas com criatividade. Saindo do exemplo e
finalizando a reflexão sobre a questão principal do artigo, além do ambiente propício,
agir criativamente exige uma atitude interior por parte do profissional. Pare
de pensar como adulto. Pense como criança.
Aja como adulto. Quando pensar não busque, de
imediato, racionalizar seu pensamento. Racionalize a ação. Ou seja, como uma
criança suba em um muro e pense que é o Super-Homem ou a Mulher Maravilha. Mas,
como adulto, desça logo em seguida. Afinal, você sabe que se pular, poder
nenhum lhe fará sustentar no ar. E terá valido à pena? Sim. De cima do muro
você descortinou um outro horizonte. Talvez a solução que sua empresa estava
precisando. Ah! Não custa nada pedir à Deus, o criador, que lhe ilumine.
Bom trabalho!.
Autor:
Paulo
Angelim –
Consultor de Marketing
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