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quarta-feira, 10 de maio de 2017

VOCÊ CONHECE O “CICLO OODA”?

Quantos termos militares você conhece que se tornaram diários? Por exemplo, termos como “lutando contra as ameaças” ou “engajar-se numa guerra de preços”, “fazer uma guerra preventiva” etc.

A guerra e os negócios são muitas vezes comparados e contrastados.

Certamente você já leu livros como A Arte da Guerra, escrita no Século VI, por Sun Tzu ou As 36 Estratégias Chinesas, escrita e reescrita ao lingo e 5.000 anos e pensar como isso pode ser aplicado à estratégia de negócios.

Quando o ex-coronel da Força Aérea dos Estados Unidos, John Boyd desenvolveu seu modelo para tomada de decisões, a sua aplicação potencial de negócios logo se tornou latente.


Boyd desenvolveu seu modelo depois e analisar o sucesso do F-86, avião de combate americano, em comparação com o MIG 15. Embora o MIG tenha sido mais rápido e poderia se transformar no melhor, o avião norte-americano ganhou mais batalhas porque, de acordo com Boyd, o campo de visão do piloto era muito superior.

Este melhor campo de visão deu ao piloto uma clara vantagem competitiva, pois ele poderia avaliar melhor a situação melhor e mais rápida do que o seu oponente. Por conseguinte, ele poderia manobrar rapidamente e ficar fora do inimigo.


Muitas vezes o sucesso nos negócios vem da rapidez de estar um passo à frente da concorrência e, ao mesmo tempo, estar preparada para reagir aos que eles fazem.

Com a comunicação global agindo em tempo real, melhorias rápidas em curso em Tecnologia da Informação e da turbulência econômica, tudo que uma organização precisa, para manter a atualização e revisão e suas estratégias para manter o ritmo ajustado às mudanças é um modelo que lhes permita tomar decisões rápidas e eficientes.

Compreendendo o Ciclo OODA

O Ciclo OODA é um modelo que consigna um ciclo de decisão de quatro pontos que apoia uma tomada de decisão rápida, eficaz e proativa. Estes quatro pontos são:
  1. Observar – recolher as informações atuais através de todas as fontes possíveis e disponíveis.
  2. Orientar – analisar a informação recolhida e utilizá-la para atualizar a sua realidade
  3. Decidir – decidir o curso da ação
  4. Agir – implementar a sua decisão
O ciclo continua através da observação dos resultados das suas ações: verificando se atingiu os resultados que desejava, revendo a sua decisão inicial e avançando para a próxima ação.


Na visão do coronel Boyd, o inimigo (e nós próprios) seria como um sistema que age através de um processo de tomada de decisões com base nas observações do mundo em redor. Para orientar o sistema para ameaças percebidas, o inimigo iria observar as circunstâncias que acontecem e reunir informações externas.

A fase de orientação do ciclo é o passo mais importante, porque se o inimigo percebe as ameaças erradas ou percebe de forma errónea o que se está a passar no ambiente que o rodeia, irá orientar o seu pensamento (e forças) nas direções erradas e, em última instância, fazer decisões incorretas. Boyd diz que este ciclo de tomada de decisões poderá operar a diferentes velocidades para o inimigo e para a sua organização. O objetivo deverá ser completar o seu processo OODA mais rapidamente do que o inimigo e tomar medidas para prolongar o processo do inimigo. Tenta-se conduzir muitos mais ciclos "dentro" do ciclo OODA do inimigo, fazendo com que este não consiga reagir ao que lhe está a acontecer. Contudo, enquanto a rapidez é importante também o é o melhoramento das suas capacidades de análise e da sua habilidade para ver o que está realmente a acontecer.


O coronel Boyd diz que o Ciclo OODA do inimigo pode ser aumentado através de diferentes meios. O objetivo de Boyd é gerar centros "não cooperantes" de gravidade para o inimigo através da ambiguidade, enganos, circunstâncias novas, manobras rápidas e transigentes. Isolando os centros de gravidade do inimigo e desenvolvendo desconfiança e coesão dentro do sistema (tornando-os "não cooperantes"), fará com que a fricção aumente de forma exponencial, a paralisia do sistema irá instalar-se e o inimigo irá entrar em colapso. Ao atacar o processo de pensamento do inimigo/concorrente, a sua moral e o seu processo de tomada de decisões será despedaçado.

O Ciclo OODA não é um sistema estático ou linear de "faz isto, depois aquilo, depois aquilo": precisa de ser um processo contínuo e mais suave. O objetivo deste modelo é aumentar a rapidez com a qual se orienta e reorienta baseada nas informações que recebe. Você quer estar apto a fazer uma transição, direta e suave, entre o que observa, como interpreta essa informação e o que faz com essa informação. Quando consegue fazer esta transição rapidamente, está em posição de ser proativo e pode obter vantagens em oportunidades que a sua concorrência nem sequer ainda ouviu falar. Boyd denominou isto de "operar dentro do Ciclo OODA dos seus oponentes". Aqui, o seu concorrente está a movimentar-se muito devagar e simplesmente a reagir às mudanças do ambiente que o rodeia. Por oposição, você está a trabalhar na ofensiva, fazendo ataques, forçando-o a reagir-lhe.

Em síntese, seja porque está à procura da sua nova grande oportunidade, porque quer dar um passo antes da sua concorrência ou apenas porque quer saber qual o estado atual das coisas, muitas vezes precisa de ser perspicaz e decisivo. O Ciclo OODA dá-lhe uma boa abordagem para manter esta vigilância e para ser proativo, num mundo de constantes e rápidas mudanças. Ao utilizar o Ciclo OODA, pode agilizar a sua tomada de decisão bem como fazer alterações às suas decisões e estratégias de um modo rápido e decisivo.

Pense nisto e tenha uma ótima semana!

Fontes:
Prof.A.Marinsantomar.marins@gmail.com
Portal Gestão - www.portal-gestao.com


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