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domingo, 13 de novembro de 2011

SEXUALIDADE E PRODUTIVIDADE

O mundo corporativo cada vez mais se empenha em promover treinamentos nas áreas de motivação, vendas, liderança, gestão. O objetivo é de melhor preparar seus colaboradores e com isso aumentar a produção e também as vendas. Que tais treinamentos são úteis e necessários à formação de uma boa equipe não restam dúvidas. Todavia, com um olhar focado em minha especialidade, a Sexualidade Humana, pergunto: - “Será que um colaborador exemplar, um gerente ‘nota dez’, ou um excelente líder de empresa, consegue evitar queda nos resultados quando enfrenta dificuldades no campo afetivo/sexual?”

Todos os dias no consultório, me deparo com pessoas que apresentam intenso sofrimento psíquico e emocional. Referindo-se ao trabalho, o que ouço desde a dona de casa ao presidente da grande empresa, passando pelo advogado, pelo médico, pelo gerente, pelo profissional do RH, até o pessoal da linha de produção, é: – “Por causa desse problema, não tô conseguindo trabalhar direito”...  -“Penso nisso o dia todo”... -“Não consigo me concentrar, por isso já faltei várias vezes”

Como apresentar bons resultados na empresa quando fantasmas como ejaculação precoce, disfunção erétil (impotência), falta de desejo, falta de orgasmo, entre outras disfunções sexuais dominam a mente? Como conviver com o medo de perder o parceiro, de ser traído, medo da separação... e ainda apresentar rendimento satisfatório no trabalho? Como explicar ao seu líder a real causa do problema? E o constrangimento? Muitas vezes, a pessoa fica tão perdida que é necessário afastamento. Resultado: prejuízo para o colaborador, prejuízo para a empresa!

Já atendi pessoas que, antes de chegarem até mim, haviam procurado especialistas de outras áreas simplesmente porque não sabiam que tipo especialista buscar para resolver “esse” tipo de problema. Uma vez, atendi um importante funcionário de uma grande empresa petrolífera. Na mesma semana em que teve, consecutivamente, três falhas de ereção, calculou erroneamente um projeto, quatro vezes. Mera coincidência?

A sexualidade está diretamente ligada à qualidade de vida e não pode ser deixada de lado. Quando um colaborador ou uma colaboradora apresenta algum tipo de disfunção sexual, sua vida se paralisa, sua autoestima cai, seu humor com os colegas se modifica e para a depressão, muitas vezes, é só uma questão de tempo.

Emoção gera motivação! Como é o seu dia de trabalho depois de uma boa “transa”? A vida sexual e afetiva interfere diretamente na emoção das pessoas e, consequentemente, na motivação para trabalho.  O que há por atrás de números e máquinas? Um dirigente que visa real aumento de produtividade precisa lembrar-se que, desde a produção até o consumo, estão... pessoas! Elas fazem a diferença entre sucesso e fracasso! Não se pode atribuir mais valor ao operacional que ao pessoal!

Investir em projetos de esclarecimento sobre a importância do sexo na vida das pessoas, apresentar dúvidas comuns, apontar causas e esclarecer sobre as possibilidades de tratamentos para as principais queixas sexuais é muito importante! Com questões sexuais resolvidas e com a vida pessoal suficientemente boa, é muito mais fácil se concentrar, assimilar cursos, treinamentos, workshops... Aí sim, dá para voltar a pensar em objetivos, metas, missão, gestão, ou seja, produtividade!
  
O trabalho é importante e necessário à vida das pessoas. A sexualidade, anteriormente à descoberta do prazer, já estava diretamente relacionada à preservação da espécie humana. Assim, por mais competente que seu colaborador seja, se ele não estiver afetiva e sexualmente feliz, seu instinto falará mais alto. Ele se esforçará para voltar a ser competente - no sexo – em primeiro lugar! Depois que o problema estiver resolvido vai voltar a pensar no trabalho! Conclusão: Sexualidade e produtividade caminham juntas! O desequilíbrio da primeira influencia diretamente no resultado da segunda!  Empresário, você produz mais quando sua vida sexual vai bem? Então, o que te faz acreditar que com os colaboradores de sua empresa é diferente? Pense nisso.

Abraços! Até a próxima!

Autora: Elisangela Pereira – Palestrante Comportamental - Psicóloga pela Universidade Federal de Juiz de Fora/MG; Especialista em Sexualidade Humana pela Universidade Estácio de Sá do Rio de Janeiro; Membro da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana (SBRASH); Formação em Psicoterapia de Família e Casal; extensão em Coaching Pratictioner e Psicoterapia de Crise – http://www.institutoprogredir.com.br/

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