Quem já não teve seu momento de timidez, que jogue a primeira pedra. Ele
pode ter aparecido no trabalho, no primeiro dia de aula, ao conhecer alguém ou
em um simples momento do seu dia-a-dia. Tímidos famosos como Richard Gere,
Barbra Streisand, Chico Buarque, Ayrton Senna, Woody Allen ou Charles Chaplin
deram certo na vida; exercem (ou exerceram) um grande fascínio e são
considerados "irresistíveis e charmosos".
No entanto, pesquisas realizadas pelos americanos revelam que 50% das
pessoas entrevistadas consideram a timidez um problema. Dizem que a vida é dura
para os tímidos, pois se preocupam muito com o que os outros acham ou estão
dizendo sobre eles. Todo tímido sente-se ameaçado e tenso em situações que para
outras pessoas podem ser consideradas agradáveis.

A hereditariedade tem um papel importante: se os pais são tímidos, podem
também gerar filhos tímidos. Alguns psicólogos acreditam que o tímido surge de
uma educação muito rígida. Outro fato pode ser a superproteção incapacitando-o
a enfrentar desafios.
É importante dizer que o tímido não é doente, mas ansioso e com
dificuldades de expressar seus sentimentos. Reservado, tem pouquíssimos amigos,
evitando quase sempre freqüentar reuniões sociais, festas ou qualquer evento
com a presença de muitas pessoas.
Segundo Lynne Henderson, psicóloga da Clínica de Tímidos de Palo Alto,
na Califórnia, explica que: "os tímidos devem tentar contrariar a sua
própria natureza, dar o primeiro passo e admitir este desconforto. Parar de
pensar que estão sendo observados por juízes implacáveis de seus atos, roupas e
palavras".
O tímido é portanto alguém que deseja fazer algo, sabe o que quer, mas
acaba por não conseguir, especialmente quando se vê na frente de um grupo. Ele
tem armas para enfrentar os obstáculos da vida, mas falta-lhe a coragem para
apresentar estas armas. Não se iluda: não existe um ex-tímido, mas alguém que
aprendeu a lidar com a sua ansiedade vivendo de uma maneira mais adequada.
Fonte: Monica Buonfiglio / Redação Terra – Brasileira, escritora
com mais de 60 livros editados no Brasil e exterior, foi recordista de vendas
nos anos de 95 e 96. Nesse período, atingiu a marca de seis milhões de
exemplares permanecendo na lista de mais vendidos da revista Veja por 35
semanas consecutivas.
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