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domingo, 6 de outubro de 2013

A VERDADE E A PARÁBOLA

Há poucos dias, ouvia de um velho amigo professor de filosofia falar sobre a verdade. Dizia que a palavra verdade podia ter vários significados como, por exemplo, estar de acordo com os fatos ou a realidade, ou ainda ser fiel às origens ou a um padrão.

Assim, "a verdade" pode significar o que é real ou possivelmente real dentro de um sistema de valores. Esta qualificação implica o imaginário, a realidade e a ficção, questões centrais tanto em antropologia cultural, artes, filosofia e a própria razão. Como não há um consenso entre filósofos e acadêmicos, várias teorias e visões a cerca da verdade existem e continuam sendo debatidas.
Dizia, ainda, que Nietzsche, por exemplo, a verdade é um ponto de vista. Ele não define nem aceita definição da verdade, porque não se pode alcançar uma certeza sobre a definição do oposto da mentira...
Neste ponto é que me lembrei do conto judaico “A Verdade e a Parábola” que bem exemplifica a verdade que estamos vivendo em nosso país. Diz ela:
Um dia, a Verdade decidiu visitar os homens, sem roupas e sem adornos, tão nua como seu próprio nome.

E todos que a viam lhe viravam as costas de vergonha ou de medo, e ninguém lhe dava as boas-vindas.

Assim, a Verdade percorria os confins da Terra, criticada, rejeitada e desprezada.

Uma tarde, muito desconsolada e triste, encontrou a Parábola, que passeava alegremente, trajando um belo vestido e muito elegante.

 Verdade, por que você está tão abatida? — perguntou a Parábola.

 Porque devo ser muito feia e antipática, já que os homens me evitam tanto! — respondeu a amargurada Verdade.

 Que disparate! — Sorriu a Parábola. — Não é por isso que os homens evitam você. Tome. Vista algumas das minhas roupas e veja o que acontece.

Então, a Verdade pôs algumas das lindas vestes da Parábola, e, de repente, por toda parte onde passava era bem-vinda e festejada.

Moral

Os seres humanos não gostam de encarar a Verdade sem adornos. Eles preferem-na disfarçada. 

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