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sábado, 21 de maio de 2011

POR QUE É QUE EU NÃO PENSEI NISTO?

Conversava com dois amigos sobre a capacidade criativa das pessoas que transformaram o mundo com suas invenções. Acontece que inúmeras invenções foram feitas por pessoas que nada tinham de cientistas ou inventores, eram simplesmente criativas e engenhosas. Outras, simplesmente, descobriram um novo uso para um produto. Isso nos leva a concluir que a criação e a inovação estão ao alcance de qualquer um.

Também comentava sobre a necessidade das empresas darem espaço para as criatividades de seus colaboradores.

Para ilustrar o assunto, escolhi um produto bastante conhecido e transcrevi dos casos de sucesso publicado por Allyn Freeman e Bob Golden em Why Didn’t I Think of That?, o Liquid Paper. Dizem os autores:

Em 1951, Bette Nesmith, de 27 anos, apresentou-se para o seu novo emprego como secretária num banco com o coração palpitante de ansiedade. Ela aprendera a escrever em máquinas manuais. Agora iria trabalhar com uma máquina elétrica e observava, horrorizada, como o menor toque no teclado produzia imediatamente erros que não se apagavam com uma vulgar borracha. Receosa de perder o emprego, colocou tinta branca num frasco de verniz que levou para pintar os erros que ia inadvertidamente cometendo.

Após ter deixado o banco, o seu novo chefe olhava com desaprovação o seu método. Mas outras secretárias repararam no frasco e pediram-lhe que lhes arranjasse um. Encorajada por amigos e um fornecedor do escritório, comercializou o produto, com o nome Liquid Paper. Na sua cozinha, enchia manualmente frascos, com a ajuda do filho e dos amigos deste.

O grande desenvolvimento deu-se em 1958, graças à publicação na revista Office de um artigo sobr
e os produtos do mês, em que o “fluido de correção de papel era referido no meio de 50 produtos. Ainda assim, 500 leitores solicitaram mais informação.

Em 1964, Nesmith casou-se com Bob Graham, que se tornou o seu braço direito e ajudou a subir a produção para cinco mil frascos mensais, a quantidade necessária para dar resposta a todos os pedidos. Em 1966 a Liquid Paper mudou-se para uma fábrica moderna e o líquido milagroso estava onde quer que se
venda material de escritório.
 
Quando as receitas alcançaram o patamar do milhão de dólares, em 1968, Nesmith profissionalizou a área do marketing, das vendas e financeira. A sede mudou-se para um novo edifício, onde uma linha totalmente automatizada enchia 60 frascos por minuto. Muitas empresas começaram a interessar-se pelo negócio, até que a Gillette pagou 48 milhões de dólares pela Liquid Paper, em 1979, quando esta vendia 38 milhões de dólares.
 
Nesmith morreu no ano seguinte, com 56 anos, deixando uma fortuna de 50 milhões de dólares, a repartir pelo filho e por fundações filantrópicas.

Pense nisso!

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